Hotel de cinco estrelas vai nascer junto às ruínas romanas de Torre de Palma em Monforte

"É um hotel de charme, de cinco estrelas, que pretende diferenciar-se pela qualidade e inovação", adiantou à Lusa o promotor do projeto, Paulo Barradas.

"As obras já começaram e vão ter uma duração de 18 meses. Depois, vamos proceder aos preparativos para a abertura e, no primeiro semestre de 2014, vamos abrir este hotel", previu.

Paulo Barradas explicou que o projeto conta com o apoio do Turismo de Portugal e de capitais próprios.

A unidade, que vai surgir na Herdade da Torre de Palma, com cerca de 15 hectares, vai contar com 19 quartos, e prevê a criação de "15 postos de trabalho".

De acordo com o empresário, existem "várias particularidades" na zona que se pretendem explorar, como a aproximação (300 metros) às ruínas da vila romana de Torre de Palma e toda a sua envolvência histórica e cultural.

"Nós queremos desenvolver atividades em redor da água, da vinha e do vinho, astronomia, gastronomia e também com a vertente equestre. Todo o projeto vai andar à volta de tudo o que se relacionava com a civilização romana", explicou.

Paulo Barradas mostrou-se "confiante" no sucesso do empreendimento, uma vez que "as crises são sempre uma oportunidade para quem faz as coisas com rigor, transparência, com trabalho, para quem tem a capacidade de inovar, trabalhar com qualidade e interpretar o que o cliente procura".

Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Monforte, Miguel Rasquinho, considerou o projeto uma "dádiva caída dos céus", porque vai criar postos de trabalho e permitir a recuperação daquele espaço rural.

"Além da recuperação do espaço, a criação de postos de trabalho num concelho pequeno como Monforte é ouro sobre azul. É o concretizar de um sonho com vários anos, é um dos momentos áureos do meu mandato no que diz respeito à área do turismo", sublinhou.

A vila romana de Torre de Palma foi descoberta em 1947, situando-se a cerca de cinco quilómetros da vila de Monforte.

Esta vila romana teve ocupação desde o século I d.C. até à época visigótica.

Alvo de vários estudos desenvolvidos por historiadores e arqueólogos, destacam-se no espaço um leque de objetos descobertos, tais como o mosaico dos cavalos, o mosaico das musas e uma inscrição dedicada a Marte.