O "The Shard", uma controversa e gigantesca estrutura de metal e vidro com 310 metros de altura, construída em Londres, abre aos turistas em fevereiro de 2013.
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O "The Shard" torna-se no edifício mais alto da Europa, mas ainda muito longe Burj Khalifa no Dubai, a torre mais alta do mundo e que atinge 828 metros.
Com uma silhueta a sugerir uma lasca de vidro, imagem de onde deriva o nome em inglês, 95 andares e um miradouro que permite uma vista panorâmica de 360 graus aos visitantes, o "The Shard" tornou-se numa das principais atrações turísticas de Londres.
Construído na margem sul do Tamisa, onde diversos projetos reconverteram totalmente as margens do rio, o arranha-céus foi definido pelo seu arquiteto como "uma pequena cidade vertical" de 12 mil pessoas, com um hotel de cinco estrelas, restaurantes de luxo e 600 mil metros quadrados de escritórios e espaços comerciais.
O arranha-céus abre as portas aos turistas em fevereiro de 2013 e na internet já estão inscritas 17500 pessoas para visitar a torre, cujas fachadas de vidro refletem o caprichoso céu londrino.
O projeto, avaliado em 450 milhões de libras (560 milhões de euros), foi financiado em 95% pelo Qatar e não escapou a críticas.
Enquanto os seus apologistas - com destaque para o antigo presidente da câmara da capital Ken Livingston, que lançou o projeto -- consideram que o "The Shard" "vai definir Londres", os defensores do património, caso da associação English Heritage, consideram que o edifício "foi construído no local errado" e bloqueia a vista da catedral de São Paulo ou do Parlamento.
A própria UNESCO não prescindiu em emitir um parecer, ao considerar que o "The Shard" interfere com a "integridade visual" da Torre de Londres, incluída no seu património mundial.