
Nova ponte terá 3,3 quilómetros e custará 13,5 mil milhões de euros.
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O Governo de Itália confirmou a construção de uma ponte entre a ilha da Sicília e a península que forma grande parte da extensão territorial do país.
Com 3,3 quilómetros, será a maior travessia suspensa do Mundo e também a mais cara: 13,5 mil milhões de euros.
A ponte ligará Villa San Giovanni, no estreito de Calábria, sul de Itália, a Torre Faro, pequena localidade situada na Sicília junto ao estreito de Messina.
Além das faixas rodoviárias, terá duas vias férreas no centro com capacidade para três vias cada uma. Ao todo, contará com 40 quilómetros de ligações, além de ficar servida com três novas estações de comboios e um centro de negócios construído nas proximidades.
A decisão de construir a obra foi para a frente mesmo depois de o Tribunal de Contas italiano ter rejeitado a execução do projeto. "Vamos esclarecer ponto por ponto todas as dúvidas levantadas pelo tribunal. Ainda assim, os trabalhos arrancarão em fevereiro do próximo ano", garantiu Giorgia Meloni, primeira-ministra italiana.
O Governo defende que a nova infraestrutura será um "acelerador de desenvolvimento", mas muitas são as vozes a alertarem para "o esbanjamento" de dinheiro público necessário noutros domínios.
A decisão tem sido alvo de grandes críticas em Itália, sobretudo devido aos custos elevados associados que saem na totalidade do erário público.
A primeira vez que foi pensada uma ponte que ligasse a Sicília e o que é hoje a Itália continental surgiu na Roma antiga. Voltou à baila no século XX, sobretudo a partir de 1969 quando o Governo de então, liderado por Mariano Rumor, lançou a discussão sobre o equipamento e acabou por abandonar a ideia devido à contestação.
Mais recentemente, o antigo primeiro-ministro Silvio Berlusconi (1936-2023) ressuscitou o tema mas também não o levou adiante devido ao preço, às preocupações ambientais e aos receios de infiltração da máfia, temores que agora autarcas locais vieram repetir.
