Pelo menos 34 unidades turísticas foram destruídas em conflitos armados e pela passagem do ciclone Chido em Cabo Delgado, no norte de Moçambique.
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O número foi avançado por Florindo Novo, chefe do Departamento de Planificação da Direção Provincial de Cultura e Turismo, citado pela comunicação social local.
"Os operadores precisam de algum apoio. No distrito de Mecúfi, por exemplo, a maior parte ainda não tem nenhuma recuperação", referiu.
Segundo o responsável, parte dos operadores das estâncias turísticas afirmaram não ter capacidade para reconstruir os estabelecimentos, pedindo apoio das autoridades moçambicanas.
"Outros têm mandado cartas para informar que não têm possibilidade de reabrir ou de recuperar o que foi danificado, precisam de algum apoio", apontou Florindo Novo.
O governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, pediu a elaboração de um plano de recuperação do setor do turismo naquela província para fazer face às perdas registadas.
"Queremos recomendar um plano de recuperação dos agentes ou estabelecimentos turísticos e similares destruídos pelo terrorismo e pelo ciclone Chido e apresentar ao Conselho Executivo Provincial", disse Tauabo.
A província de Cabo Delgado, situada no norte do país, rica em gás, enfrenta desde 2017 uma rebelião armada, que provocou milhares de mortos e uma crise humanitária, com mais de um milhão de pessoas deslocadas.
Além dos ataques, foi também afetada, na época chuvosa 2024/2025, pelos ciclones Chido, em 14 de dezembro, e Dikeledi, em 13 de janeiro, matando cerca de 170 pessoas e deixando um rasto de destruição.