Apesar de toda a turbulência provocada pela imposição de tarifas por decisão do presidente dos EUA, a Airbus não está a prever alterar os planos iniciais e conta entregar 820 aviões comerciais até ao final do ano.
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Se tal se concretizar, a fabricante aeroespacial europeia chegará a dezembro com mais 7% de encomendas concluídas em relação a 2024.
As revelações foram avançadas por Guillaume Faury, presidente executivo da Airbus, que, ainda assim, diz estar a ter em conta o “o impacto e a incerteza” provocados pelas tarifas impostas por Washington.
“Neste momento, tal não pode ser avaliado de forma conclusiva”, sublinhou Faury, citado pela agência Europa Press, lembrando que a Airbus opera numa combinação de países com diferentes ambientes económicos, como os Estados Unidos, a China e a União Europeia.
Apesar da incerteza, a marca não modificou as previsões lançadas no início do ano para todo o ano fiscal, mantendo o objetivo de entregar 820 aparelhos.
Em relação à divisão de Defesa e Espaço, que foi afetada por erros de previsão do programa espacial nos últimos dois anos, Guillaume Faury adiantou que as “revisões técnicas exaustivas” destes blocos foram concluídas.
“Estamos a retomar os nossos contratos e projetos, a recuperar os negócios espaciais e a avaliar opções estratégicas”, afirmou o responsável.
Neste contexto, o fabricante aeronáutico iniciou conversações “preliminares e não vinculativas” com as empresas aeroespaciais europeias Leonardo e Thales. O objetivo, diz a Airbus, “é fortalecer o setor espacial do Velho Continente e reduzir o perfil de risco no futuro”.