Não há guias suficientes para fazer face aos visitantes que querem conhecer de perto a montanha do Pico, que registou em 2024 um aumento de 18% de procura.
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A revelação foi feita pela Secretaria Regional do Ambiente do Governo Regional açoriano à agência Lusa.
Apesar de terem sido promovidos 22 cursos de guia de parques naturais dos Açores, em todas as ilhas, e três cursos de guia em particular na montanha do Pico, entre 2015 e 2020, permitindo formar "mais de meia centena de guias de montanha até à data", a tutela referiu que, "por diversas razões, muitos dos guias de montanha formados nesse período não exercem a função de guia no Pico".
Este fator "tem vindo a provocar carência de recursos humanos para que as empresas possam fazer face à procura de visitação, sobretudo durante a época alta", acrescentou.
Dados recolhidos desde 2022 - momento a partir do qual a gestão da Casa da Montanha, no Pico, transitou para a Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática - revelam que a procura no Pico "tem vindo a crescer".
No entanto, no primeiro semestre deste ano verificou-se um decréscimo de 35% nas escaladas, ainda segundo a mesma fonte.
A montanha é muito procurada por turistas na época alta, podendo a subida ser feita com recurso a guias ou de forma autónoma, mediante o cumprimento de determinadas regras que salvaguardam a segurança dos visitantes.
Atualmente, o regulamento de acesso define uma capacidade máxima de carga de 320 visitantes por dia e de 160 em simultâneo, sendo a pernoita na cratera condicionada a 32 pessoas por dia.