A próxima Cimeira Europeia da Associação Internacional de Linhas de Cruzeiros (CLIA), que vai decorrer entre 23 e 26 de fevereiro de 2026, terá como o palco o Funchal, na Madeira.
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O encontro de caráter anual debate estratégias gerais, de sustentabilidade e de desenvolvimento regional ligadas aos cruzeiros.
Além de executivos das maiores companhias que operam no setor, estarão ainda presentes decisores políticos e entidades ligadas ao turismo e à economia do mar.
A CLIA justificou a escolha do Funchal por ser "uma porta de entrada estratégica entre a Europa e o Atlântico, num contexto marcado pelo crescimento e pela transformação do setor dos cruzeiros na Bacia Atlântica".
O presidente da CLIA, Bud Darr, sustenta que "a Madeira tem uma posição privilegiada, funcionando como uma ponte que liga o continente europeu à comunidade atlântica mais ampla, o que a torna num local perfeito para acolher esta cimeira".
O evento vai decorrer num contexto de forte crescimento da atividade de cruzeiros no arquipélago madeirense, que recebeu, em 2024, mais de 728 mil passageiros e 272 mil tripulantes, o que representou um aumento anual de 16,7% e 12,3%, respetivamente, em comparação com o ano anterior.
"Os cruzeiros geraram um impacto económico direto de mais de 61 milhões de euros na região, reforçando a crescente importância da Madeira como porto de escala no Atlântico e a sua contribuição positiva para o desenvolvimento regional", lembra a CLIA.
A rede portuária de Portugal, que se estende desde Lisboa e Leixões (no território continental) até às ilhas atlânticas da Madeira e dos Açores, é considerada "um elemento central na conectividade dos cruzeiros na Europa".
Citado no comunicado da CLIA, Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, referiu que o "setor de cruzeiros não é apenas um motor do desenvolvimento local, mas também um contribuinte essencial para as prioridades económicas, turísticas e de sustentabilidade da Europa".