Ambientalistas, cientistas, políticos e organizações não-governamentais escreveram uma carta conjunta em que pediram medidas urgentes para proteger o Pantanal brasileiro.
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Os signatários da missiva, dirigida aos líderes mundiais que daqui a menos de um mês vão reunir na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), em Belém do Pará (Brasil), querem "colocar as áreas húmidas no centro da agenda climática global".
De acordo com dados oficiais do Governo brasileiro, em termos de extensão proporcional por biomassa no país, o Pantanal foi o mais afetado pelos incêndios, com 62% da sua área queimada nas últimas quatro décadas.
No ano passado, o enorme tesouro natural foi o bioma brasileiro que mais perdeu superfície de água em relação à média histórica (61%).
Um relatório recente da Fundação para a Justiça Ambiental (EJF) advertiu que as áreas húmidas "são o ecossistema mais ameaçado do Mundo, desaparecendo três vezes mais rápido do que as florestas".
Por essa razão, a EJF exigiu que os líderes mundiais se comprometam "a proteger e restaurar áreas húmidas de água doce, reconhecendo o seu papel crítico em evitar os piores efeitos da crise climática".
Sobre a COP30, a vice-secretária-geral da ONU Amina J. Mohammed apelou aos países que ainda não apresentaram as metas de redução de emissões para 2035 que o façam rapidamente e que garantam "financiamento para o combate às alterações climáticas".
Na COP29, os países mais ricos comprometeram-se a contribuir com 300 mil milhões de dólares (256 mil milhões de euros) anuais, três vezes mais do que o decidido até então - montante que nunca chegou a ser desembolsado.
Dez anos após o Acordo de Paris, os compromissos de financiamento assumidos pelos países mais desenvolvidos ainda não foram plenamente cumpridos.
