O Portal da Queixa registou um total de 3543 reclamações relacionadas com o setor turístico durante os primeiros sete meses do ano.
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De acordo com aquela entidade, uma fatia significativa dos protestos (50,04%) visou sites de reservas de viagens e de companhias aéreas (19.7%).
Seguiram-se os sites de reservas de alojamento (11,40%), marketplaces de viagens, produtos e serviços (6,15%) e agências de viagens (3,58%).
Os hotéis somaram 2.43% das ocorrências, ao passo que os aeroportos chegaram a 1,89%.
"Muitos consumidores apontaram a desinformação e a falta de apoio ao cliente como principais motivos das suas reclamações", explica Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa.
"Tal revela a desorganização e incapacidade de resolução de problemas, colocando em causa a confiança e a reputação do setor", acrescenta.
No que diz respeito a situações concretas, as cobranças indevidas, como débitos não autorizados, estiveram em destaque pela negativa, com 57,24% das denúncias. O Portal da Queixa revelou que assuntos ligados a aumentos ou erros nos preços apresentados aos clientes foram dos mais reportados.
Os voos, em particular o cancelamento ou atraso dos mesmos, estiveram na base de 6,38% dos assuntos apontados.
"Continuamos a assistir à apatia dos reguladores, que são impotentes face às ofertas publicadas na internet, nomeadamente no que diz respeito a reservas em plataformas online, que devem ser combatidas através de ações que incrementem a literacia digital dos consumidores", lamenta Pedro Lourenço.
Geograficamente, 33,53% das denúncias vieram da região de Lisboa, O Porto (16,7%) ficou imediatamente atrás.
Já no que concerne ao género, as mulheres (55,8%) reclamaram mais do que os homens.
A faixa entre os 35 e os 44 anos foi a mais ativa a reclamar os seus direitos (ou a lamentar a falta deles) na hora de viajar.