A UNESCO autorizou o Equador a expandir a Reserva da Biosfera das Galápagos.
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Ao todo, foram acrescentados seis milhões de hectares à zona classificada daquele que é um dos refúgios naturais mais particulares do Mundo devido à sua diversidade única de fauna e flora, nomeadamente tartarugas gigantes.
"Este reconhecimento internacional reforça a liderança do Equador na conservação marinha e no combate às alterações climáticas", declarou Inés Manzano, ministra do Ambiente e Energia do Equador.
A expansão representa um aumento de 41% face à área reconhecida em 2019, resultando de união com a Reserva Marinha Hermandad (RMH), uma área protegida a 60 mil quilómetros quadrados a nordeste das Galápagos.
Feitas as contas, a reserva passou de 14,6 milhões para 20,6 milhões de hectares, ficando reforçada a proteção de ecossistemas oceânicos únicos, incluindo montes submarinos (montanha no fundo do oceano) e corredores migratórios para espécies de grande porte, como tubarões-martelo, tubarões-baleia, raias-manta e atuns tropicais.
Como sublinhou Inés Manzano, "as Galápagos são um laboratório natural de grande valor para o planeta, ficando agora garantida a conectividade ecológica e o bem-estar das comunidades que dependem destes ecossistemas".
O alargamento da área "está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 14, 13, 15 e 17", ou seja, "Proteger a vida marítima, "Ação climática", "Proteger a vida terrestre" e "Parcerias para a implementação dos objetivos".
O arquipélago das Galápagos, composto por treze ilhas de origem vulcânica, situa-se no Oceano Pacífico, a aproximadamente mil quilómetros a oeste da costa continental do Equador.
Foi o primeiro Património Mundial Natural, em 1978, e ficou na História por ter sido o refúgio onde o biólogo britânico Charles Darwin (1809-1882) estudou de forma aprofundada espécies animais e vegetais.