Mais de metade das indemnizações requeridas por passageiros insatisfeitos foram rejeitados pelas companhias de aviação alvo de queixa.
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A conclusão é da AirHelp, empresa internacional que monitoriza apoio jurídico a quem tenha tido problemas durante viagens aéreas, que estimou em 52% a percentagem de pedidos negados.
“Embora o mais comum seja a companhia nunca dar uma resposta, as condições climatéricas ou a falta de documentos são algumas das justificações mais comuns utilizadas”, explicou a AirHelp, em comunicado.
A empresa denunciou uma “prática sistemática” de companhias que
“utilizam todo o tipo de justificações para rejeitar” os direitos requeridos.
Em 26% dos casos, foi mesmo denunciada a “ausência total” de resposta, o que deixou os afetados “num limbo administrativo, sem qualquer explicação ou resolução”.
Em segundo lugar, com 21%, ficaram as rejeições baseadas em alegadas condições climatéricas adversas, como tempestades, nevoeiro ou vento forte.
“Em muitos desses casos, não havia provas de mau tempo na rota que justificassem a interrupção do voo”, referiu a AirHelp.
Outro motivo recorrente (13%) foi a não aceitação da documentação fornecida pelo viajante.
“Estes obstáculos, embora subtis, são eficazes para desencorajar os passageiros de apresentarem as suas reclamações”, conclui a AirHelp.
Recorde-se que o Regulamento CE 261/2004, que regula os voos na União Europeia, protege todos os passageiros aéreos com bilhete emitido.
Aplica-se, por exemplo, quando um voo é cancelado ou é recusado o embarque, além de situações como overbooking e atrasos superiores a três horas.
As indemnizações podem chegar aos 600 euros.