As companhias aéreas reviram em baixa as previsões de tráfego e lucros para este ano, de cinco mil milhões contra as 5,22 mil milhões previstas anteriormente.
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A Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA) disse mesmo mostrar-se “menos otimista face a ventos contrários”, nomeadamente as guerras tarifárias anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
A organização antevê ainda que o lucro líquido conjunto das companhias atingirá 36 mil milhões de dólares (31,7 mil milhões de euros), ou seja, menos 600 milhões (528 mil milhões de euros) do que o esperado.
Já as receitas da aviação comercial deverão manter-se abaixo do valor de um bilião de dólares (888,1 mil milhões de euros) previsto aquando das projeções anteriores, em dezembro passado, com a IATA a mencionar agora 979 mil milhões (862 mil milhões de euros) como referência a atingir.
“O primeiro semestre de 2025 trouxe uma incerteza significativa aos mercados globais da aviação”, disse o diretor-geral da IATA, Willie Walsh, citado pela agência AFP. “O setor aeroespacial deve ser poupado às guerras comerciais, para evitar que a situação se agrave ainda mais”, defendeu, referindo-se indiretamente a Trump.
Apesar das perspetivas negativas, 2025 deverá ser “um ano melhor para as companhias aéreas do que 2024”, com a rentabilidade das empresas do setor a crescer.
A IATA reúne 350 transportadoras aéreas de todo o Mundo, que representam 80% do tráfego aéreo mundial.