O horizonte pode ser uma sucessão de picos a escorregar para um lago azul turquesa, visto de uma colina onde uma casa nos remete para os desenhos animados de uma longínqua infância.
Corpo do artigo
Pode ser o trilho de um teleférico tirado do passado, a acabar numa vila perfeita. Pode ser o dorso de uma vinha em altitude, onde não era suposto haver vinha.
O horizonte pode ser toda a Suíça, percorrida pela rota do Grand Tour, um desenho circular que celebra uma década a encantar quem ousar perceber que o centro da Europa, aqui tão perto, pode ser o lugar mais bonito do Mundo.

O horizonte pode ser, também, mais plano, feito de estepe pontuada por tendas de nómadas até ao infinito. E pode ser visto do alto do peito de Gengis Khan, erguido no centro do país infinito que é a Mongólia.
O horizonte pode ser o Mediterrâneo pintado pelo sol a pôr-se ou o Vale do Zêzere a rasgar a Serra da Estrela visto a partir de um abrigo de luxo que foi sanatório de outros séculos.
O horizonte pode ser, simplesmente, a viagem que nos leva através dos mapas, atrás de postais e de história, atrás de lições como a que se traz da Nuremberga de passado nazi.
O horizonte é o que quisermos colocar nele. A Suíça, a Alemanha, a Mongólia, as Baleares, o centro de Portugal.
Todos estes horizontes podem ser visitados na edição de novembro da Volta ao Mundo, esta sexta-feira, 31 de outubro, nas bancas.
