O chefe do Estado-Maior do Exército, general Pinto Ramalho, lamentou esta segunda-feira "não ver concretizados grandes projectos" para o seu ramo como o dos helicópteros NH90, do COSEX ou das viaturas blindadas Pandur.
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"Fica sempre algo por fazer, aliás, julgo que não haverá chefe de Estado-Maior nenhum que não fique com pena de não ver concretizados os grandes projectos que considerou serem grandes objectivos do seu mandato", afirmou Pinto Ramalho, em jeito de balanço, já que abandona o cargo nos próximos dias.
O chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), que assumiu funções em 2006, confessou ter como "grandes objectivos do mandato a concretização do COSEX, da transferência das Oficinas de Material de Engenharia para junto do que consideramos ser o pólo logístico do Exército" e, "indiscutivelmente, os grandes projectos de reequipamento, reestruturantes do Exército": Helicópteros NH90 e Pandur.
O programa das Pandur tem sofrido desde o seu início vários atrasos e o ministro da Defesa já disse que tanto este como o dos NH90 estarão "congelados" em 2012.
Noutro plano, Pinto Ramalho congratulou-se com "a aquisição de capacidades que estão hoje na fronteira tecnológica do país" no que respeita "à capacidade de defesa biológica e química, intervenção no âmbito do ciberespaço e organização e estabilização das brigadas".
"Fizemos também algo que me parece extremamente importante, que foi tornar o Exército bem conhecido em termos internacionais, através dos contactos que tivemos com outros países, com outros chefes de Estado-Maior, o que nos leva a dizer, fruto do desempenho das nossas Forças Nacionais Destacadas, que somos hoje um Exército que conta", acrescentou.
Luís Pinto Ramalho disse ter sempre seguido como orientação "fazer hoje um Exército melhor do que ontem e criar condições para que o Exército de amanhã seja melhor ainda do que hoje".