O Supremo Tribunal da Rússia classificou, esta quinta-feira, as Testemunhas de Jeová como crentes de uma organização "extremista" e decidiu que o grupo terá de fechar portas e entregar toda a sua propriedade ao Estado.
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A decisão do Supremo Tribunal de ordenar o encerramento da sede central do grupo, perto de São Petersburgo, e das suas 395 secções surge na sequência de um requerimento do ministério da Justiça russo.
Segundo a agência de notícias Interfax, a advogada do ministério da Justiça, Svetlana Borisova, disse perante o tribunal que as Testemunhas de Jeová colocavam uma "ameaça aos direitos dos cidadãos, à ordem pública e à segurança pública".
ergei Cherepanov, representante da comunidade, garantiu que o grupo religioso vai recorrer da decisão no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
As autoridades russas têm uma visão negativa das Testemunhas de Jeová, considerando que a crença promove o ódio, uma descrição na qual a organização - conhecida pela pregação porta a porta dos textos religiosos - não se revê.
Algumas obras escritas por Testemunhas de Jeová sobre a confissão estão, inclusive, censuradas na Rússia, integrando uma lista de literatura "extremista" proibida no país.
Segundo a agência Reuters, a sede defendeu que a proibição vai afetar todos os seus 2277 grupos na Rússia, onde diz haver 175 mil crentes.