Catarina Martins continua a dizer que o BE é a força capaz de impedir uma maioria absoluta do PS, e em resposta ao pedido de António Costa - que não quer ter "as mãos atadas" - lembra que o acordo de 2015 "foi para quatro anos".
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Em Setúbal, onde liderou uma arruada que saiu da Praça de Bocage, Catarina Martins respondeu ao pedido contínuo do secretário-geral do PS de uma maioria absoluta, que não deixe os socialistas de "mãos atadas".
"O PS quer muito uma maioria absoluta, mas este é um país que tem má memória das maiorias absolutas. Lembro que nós cumprimos os acordos que fizemos em 2015, e não foi para dois, mas para quatro anos", afirmou.
No último dia de campanha, a líder dos bloquistas seguiu ao lado da cabeça de lista pelo distrito, Joana Mortágua, e ainda de Pedro Filipe Soares, Mariana Mortágua, Luís Fazenda e Fernando Rosas.
"O BE foi sempre a garantia da estabilidade da vida das pessoas naquilo que conta. Foi possível durante quatro anos afastar uma Direita que queria cortar salários e pensões, que queria privatizar o pouco que ainda não tinha sido privatizado. Começámos a fazer uma viragem", considerou Catarina Martins.
Depois da arruada desta tarde, segue-se um jantar-comício no Clube Naval Setubalense. A última ação da campanha decorre no distrito onde o BE elegeu dois deputados em 2015.
A líder do BE recusou comentar o incidente que envolveu António Costa esta sexta-feira à tarde. "Não me cabe a mim fazer qualquer comentário e não o farei. Esta campanha, como um tudo, foi uma campanha esclarecedora sobre propostas, sobre projetos para o país. O BE disse-vos no primeiro dia: estaremos cá para fazer uma campanha não sobre incidentes, mas sobre o que conta, as propostas".