Três novas estações da rede de bicicletas partilhadas Gira, com 61 docas, foram inauguradas, esta quinta-feira, na freguesia de Belém, em Lisboa.
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O momento que assinala o início do funcionamento das novas estações decorreu, esta manhã de quinta-feira, na estação da Rua Fernão Mendes Pinto, em Belém, "uma estação muito importante porque vem reforçar as conexões com outros eixos", referiu ao JN o presidente da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), Carlos Silva.
"Cada vez mais o uso das bicicletas partilhadas tem de ser pensado do ponto de vista metropolitano porque as bicicletas Gira não servem só Lisboa, também são usadas por quem vem trabalhar para Lisboa e, nesta perspetiva de ligação intermunicipal, esta estação que vamos inaugurar é estratégica para fazer a transposição do sistema de Oeiras para Lisboa", explicou, acrescentando "que o ideal seria o sistema ser único", mas tal depende de "18 municípios".
"Ter de fazer um transbordo - vir de Oeiras e deixar a bicicleta numa doca em Oeiras e ter de encontrar outra em Lisboa - é um obstáculo a que as pessoas usem meios de transporte suaves. Neste momento, Lisboa está mais avançada no âmbito da sua operação e estamos a fechar esta malha de estações", indica.
A EMEL inaugurou mais três estações da rede Gira em Belém, passando a freguesia a ter oito estações, com 121 docas para as bicicletas. As novas estações há muito aguardadas abriram na Rua Fernão Mendes Pinto / Rua Damião de Góis, com 27 docas, Rua de Belém / Jardim Vasco da Gama, com 12 docas, e Avenida da Índia / Museu Nacional dos Coches, com 22.
"Zonas ainda mal servidas"
A rede Gira passa assim a contar com 177 estações, estando previsto ainda chegar à Ajuda e a Santa Clara (onde ainda não existe Gira) no primeiro semestre de 2025, passando assim a abranger todas as freguesias do concelho, mas "o projeto não terminará aqui", nota Carlos Silva.
Depois de estarem presentes nas 24 freguesias da capital vão continuar a reforçar "áreas do concelho ainda mal servidas, como zonas junto a universidades que é preciso preencher, entre outras".
"É preciso também criar mais ciclovias, com as ciclovias segregadas há mais segurança para os ciclistas. Hoje em dia um dos grandes obstáculos a que mais pessoas usem a bicicleta como modo de transporte é a sensação de insegurança que têm", reconhece.
Até ao final de 2025, haverá 193 estações em todas as 24 freguesias da cidade e um total de 1900 bicicletas ativas, das quais 1800 elétricas.
A Gira ultrapassou ainda em 2024 os 46 milhões de quilómetros, o equivalente a mais de 1.100 voltas ao planeta e revela a importância alcançada por este meio de transporte em Lisboa.