País vizinho envia mais 130 militares e 17 operacionais com helicópteros. Vento vai acalmar, mas as autoridades estão a prever que a situação na quinta-feira se mantenha complexa.
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O incêndio em Águeda, no distrito de Aveiro, está "dominado em todas as frentes" desde a meia-noite e meia, revelou à Lusa o presidente da câmara.
"Há cerca de meia hora foi considerado dominado em todas as frentes", avançou Jorge Almeida.
Também à Lusa, o vice-presidente da Câmara de Sever do Vouga afirmou hoje que o combate ao incêndio evoluiu favoravelmente e que neste momento há apenas uma frente ativa que apresenta "baixa preocupação" e que deverá entrar em fase de resolução.
No distrito de Aveiro lavram quatro grandes incêndios com um perímetro global de 300 quilómetros, dois dos quais já estão em resolução.
Mais de 4900 operacionais, apoiados por 1500 meios terrestres combatiam, por volta da meia-noite, 129 fogos em Portugal continental, de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Os fogos que lavram há vários dias no distrito de Aveiro continuam a ser os que mobilizam mais operacionais e meios. Em Sever do Vouga, mantinham-se ativos dois incêndios.
O resgate de um cão por um bombeiro da corporação de Paredes de Coura durante o combate a um incêndio, na terça-feira à noite, está a ser largamente aplaudido nas redes sociais.
As imagens foram partilhadas na página de Facebook da própria corporação, que reúne inúmeros comentários e partilhas, sobretudo em forma de agradecimento neste período crítico.
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Os incêndios que deflagraram no concelho de Vila Pouca de Aguiar na segunda-feira terão queimado uma área de cerca de 8000 hectares, tendo deixado um idoso desalojado e atingido vários armazéns, disse esta quarta-feira a presidente da câmara.
"Já fizemos um relatório preliminar, temos uma habitação própria totalmente destruída, com uma pessoa desalojada que ficou só com a roupa que tinha no corpo. Já estamos a intervir no sentido de dar resposta a essa pessoa", afirmou Ana Rita Dias. Foram também atingidas cinco casas devolutas, vários armazéns agrícolas, um armazém industrial e muitas propriedades agrícolas.
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O presidente da Câmara Municipal de São Pedro Sul disse hoje acreditar que o incêndio que lavra no concelho desde terça-feira poderá começar a ficar resolvido na quinta-feira, com a chegada de bombeiros e meios espanhóis nas próximas horas.
Em declarações à Lusa pelas 23 horas, Vitor Figueiredo adiantou que o combate ao fogo, que deflagrou em Castro Daire e entrou depois em São Pedro do Sul, no distrito de Viseu, vai ser reforçado na madrugada de quinta-feira com a chegada, pelas 3 horas, de 130 bombeiros espanhóis e 40 viaturas.
"Com este reforço penso que começamos a caminhar amanhã [quinta-feira] para a resolução deste incêndio", afirmou.
A Infraestruturas de Porto (IP) indicou hoje que foi "levantada a suspensão" e autorizada a circulação na Linha do Douro entre as estações Mosteirô e Ermida, em Baião, por já não se encontrarem nas proximidades as chamas que lavram naquele concelho do distrito do Porto.
"Os bombeiros informaram que o incêndio não atingia de momento a infraestrutura ferroviária e autorizaram a circulação, tendo sido levantada a suspensão da circulação de comboios", indicou à Lusa fonte oficial da IP.
O fogo que deflagrou na segunda-feira no planalto de Monforte, em Chaves, encontra-se em fase de resolução desde as 20.45 horas, indicou à Lusa o Comando Sub-Regional do Alto Tâmega e Barroso.
"Entrou em fase de resolução pelas 20.45", indicou fonte do Comando Sub-Regional.
De acordo com a informação disponível na página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), 80 operacionais, apoiados por 27 viaturas, procediam aos trabalhos de rescaldo no local.
A atuação de oito aviões ajudou a acalmar o incêndio que estava a causar mais preocupações em Vila Pouca de Aguiar, onde outros três fogos entraram em resolução, disse hoje o comandante sub-regional do Alto Tâmega.
"Neste momento, a situação está mais calma. Foi muito importante termos aqui a utilização dos canadair que nos vieram dar uma ajuda importante, tínhamos uma frente com muita atividade que podia colocar em risco a vila de Vidago (Chaves)", afirmou Artur Mota.
Os oito aviões, que chegaram a Portugal ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, atuaram depois das 18.30 no incêndio de Sabroso de Aguiar, onde o fogo lavrava com intensidade numa área de pinhal e se encaminhava para a zona de Vidago, já no concelho de Chaves.
No total foram realizadas 24 descargas de água.
Dois dos quatro grandes incêndios que lavram no distrito de Aveiro, com um perímetro global de 300 quilómetros, já estão em resolução e há perspetivas de um terceiro entrar em resolução esta noite, informou a proteção civil.
"Foi um dia bom hoje", observou o segundo comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Mário Silvestre, durante um briefing, realizado pelas 21.30, no centro de comando distrital, em Oliveira de Azeméis.
Mário Silvestre começou por registar a evolução positiva da situação, adiantando que os incêndios de Albergaria-a-Velha e de Oliveira de Azeméis já estão em resolução e os trabalhos na frente de Sever do Vouga "também correm de forma muito favorável".
"Conto durante a noite de hoje, e não muito tarde, dar o incêndio de Sever do Vouga também em resolução, se correr tudo como previsto", afirmou.
Relativamente ao incêndio na zona de Águeda, o comandante explicou que houve "uma rotação do vento" para sul, que "foi bastante positivo para o combate".
Municípios pequenos não conseguem suportar milhões de euros de despesa com profissionais. As exceções são a Lousã, o Sardoal e Coruche. Portugal gasta menos do que a média da União Europeia.
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Quatro estradas nacionais que estavam parcialmente cortadas ao trânsito nos distritos do Porto, Vila Real e Viseu, devido aos incêndios que assolam a região Centro e Norte, já foram reabertas, indicou a GNR.
Num balanço feito cerca das 20.40, a GNR indica que, no distrito do Porto, a estrada nacional 108 (EN108), que estava cortada entre a rotunda da A41 E Melres, no concelho de Gondomar, foi reaberta.
Também no distrito de Vila Real, foi reaberta a estrada nacional 2 (EN2), na zona de Vila Pouca de Aguiar, e a estrada nacional 108 (EN108), na zona do Planalto de Monforte.
No distrito de Viseu, a estrada nacional 231 (EN231), que estava cortada entre Vila Viçosa e Mourelos, em Cinfães, foi reaberta, permanecendo, no entanto, totalmente cortadas ao trânsito as estradas nacionais 228 (EN228), entre Figueira Alva - Fermentel, e entre Pindelo e Ponte Pedrinha, e 225 (EN225), entre Cabril e Pinheiros.
Em Aveiro, permanecem também totalmente cortadas as estradas nacionais 333 (EN333), entre Talhadas e Águeda, e 326-1 (EN326-1), entre Canelas e Alvarenga.
A circulação na Linha do Douro foi suspensa entre Mosteirô e Ermida, em Baião, devido à proximidade do incêndio que lavra naquele concelho do distrito do Porto, indicou a Infraestruturas de Portugal (IP). Fonte oficial da IP referiu que o fogo lavra "nas imediações da via, junto a Juncal".
Pelas 19 horas, o presidente da Câmara de Baião afirmou à Lusa que o incêndio na serra do Marão, no concelho de Baião, deveria entrar em fase de resolução nas próximas horas, tendo as pessoas que foram retiradas das aldeias já começado a regressar às suas casas.
"Se se mantiverem as condições atmosféricas, a expectativa é que o incêndio fique resolvido nas próximas horas", disse Paulo Pereira.
A Confederação Portuguesa de Voluntariado (CPV) elogiou esta quarta-feira o "trabalho extraordinário" de todos os que têm estado "na linha da frente" do combate aos incêndios dos últimos dias e manifestou disponibilidade para colaborar com as entidades competentes.
Numa nota enviada à agência Lusa, o presidente da CPV, Eugénio José da Cruz Fonseca, manifesta, no meio da catástrofe provocada pelos incêndios que tem assolado as regiões centro e norte do país, "o trabalho extraordinário" que alguns dos seus confederados têm desempenhado contra os fogos, "com especial destaque para a Liga dos Bombeiros Portugueses como representante dos soldados da paz de Portugal que têm demonstrado uma incomensurável coragem e dedicação, pondo as suas vidas ao serviço dos outros".
Os Bombeiros de Leça de Balio, em Matosinhos, no distrito do Porto, alertaram hoje para um falso peditório que está a ser feito em nome da associação, salientando que "nada têm a ver" com aquele apelo.
Em declarações à Lusa, fonte da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntário de Leça do Balio (AHBVLB) confirmou que "várias pessoas" entraram em contacto com a associação a questionarem sobre um alegado peditório que estava a ser feito em nome daqueles operacionais.
Numa publicação na rede social Facebook, a AHBVLB alerta para um apelo de donativos em dinheiro, via MBway, que está a circular, referindo que "nunca pediu" ao autor daquele apelo para realizar peditório algum.
"Recebemos vários telefonemas sobre uma recolha de donativos por Mbway em nosso nome que está a ser feita por um Nuno Novo. Nós não sabemos quem é este senhor e não pedimos a ninguém que recolha donativos por nós", referiu a fonte.
O incêndio que lavra desde segunda-feira em Gondomar, no distrito do Porto, está "em fase de conclusão", avançou hoje o presidente da câmara, Marco Martins, adiantando que os trabalhados de rescaldo vão demorar, pelo menos, 24 horas. "Está a entrar em fase de conclusão", avançou, em declarações à Lusa, Marco Martins.
O incêndio que começou domingo em Oliveira de Azeméis entrou, ao fim da tarde, em fase de rescaldo, revelou fonte oficial desse município do distrito de Aveiro. O Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Área Metropolitana do Porto confirmou: "O incêndio está neste momento dominado". Às 20 horas, continuavam em Oliveira de Azeméis, contudo, 472 operacionais, apoiados por 157 veículos.
O grande incêndio que lavrava desde terça-feira no sul do concelho de Paredes, no distrito do Porto, está controlado, com os meios no terreno de prevenção para eventuais reacendimentos, disse fonte da proteção civil municipal.
"Agora, felizmente está tudo mais calmo", afirmou à Lusa pelas 20.15 horas.
O Livre adiou as suas jornadas parlamentares, que estavam previstas para a próxima semana, para os dias 7 e 8 de outubro, devido aos incêndios que afetam vários pontos do país. Em comunicado, o partido anunciou que, "face aos incêndios que assolam o país e à gravidade da situação, as jornadas parlamentares, que estavam agendadas para 23 e 24 de setembro, em Elvas, serão adiadas, previsivelmente para os dias 7 e 8 de outubro".
Uma reativação com alguma intensidade no Alto de Fiães, Alijó, está a ser combatida por 112 operacionais com o apoio de 33 viaturas, disse o segundo comandante sub-regional do Douro da Proteção Civil. O fogo deflagrou pelas 18 horas de terça-feira, esteve em resolução e reativou durante a tarde na zona do Alto de Fiães, freguesia de Vilar de Maçada, no concelho de Alijó. José Requeijo disse à agência Lusa que os operacionais estão a ser posicionados e que o incêndio tem duas frentes ativas, mas "a ceder aos trabalho dos meios terrestres".
As próximas 24 horas "vão continuar a ser muito complexas" no combate aos incêndios que lavram há vários dias nas regiões Norte e Centro de Portugal Continental, alertou o comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Numa conferência de imprensa, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, no concelho de Oeiras (Lisboa), para fazer o ponto de situação às 20 horas do combate aos incêndios que lavram no país, André Fernandes destacou que "em particular a madrugada e o dia de amanhã [quinta-feira] vão continuar a ser muito complexas". De acordo com o responsável, os incêndios "têm ainda muita intensidade e energia".
A Câmara de Gondomar anunciou, esta quarta-feira, a reabertura na quinta-feira das escolas do Agrupamento de Escolas Júlio Dinis, parte das que nos últimos três dias estiveram encerradas devido aos incêndios que lavraram no concelho.
Em comunicado, a autarquia sinaliza o regresso às aulas na Escola Básica (B) de Aguiar (1.º ciclo e pré-escolar) e EB de Ramalde (1.º ciclo).
Na mesma mensagem, o município do distrito do Porto informa que continuarão encerradas as escolas do Agrupamento de Escolas Beira Douro e do Agrupamento de Escolas n.º1 de Gondomar. "As escolas encerradas serão, neste dia, alvo de uma ação de limpeza prévia à sua reabertura", revela a autarquia.
Oito aviões reforçaram ao final da tarde o combate ao incêndio que estava a lavrar em "grande escala" na zona de Sabroso de Aguiar, Vila Pouca de Aguiar, disse a presidente da câmara. "Chegaram agora ao final da tarde e em boa hora porque estávamos a ficar com uma situação incontrolável. Estão a atuar e estamos a ficar um pouco mais descansados", afirmou Ana Rita Dias à agência Lusa.
Este incêndio progride numa zona de pinhal, aproximava-se da aldeia de Freixeda e avançava em direção a Vidago, já no concelho de Chaves.
Setenta e quatro pessoas estão atualmente presas ou detidas em prisões do país à ordem de processos por crimes de incêndios florestais, informou a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP). Em resposta à agência Lusa, a DGRSP especificou que, entre este total, existem no sistema prisional 58 reclusos condenados e 16 outros preventivos a aguardar julgamento.
Às 19 horas desta quarta-feira mantêm-se as três frentes ativas de incêndio em Arouca. Depois dos apelos da presidente da Câmara Municipal, Margarida Belém, os meios operacionais têm vindo a ser reforçados num combate que se prevê longo.
Ao JN, o coordenador da Proteção Civil de Arouca, José Carlos Pinto, informou que se mantêm as três frentes ativas de incêndio (freguesias de Alvarenga, Covêlo de Paivó/Janarde e Canelas/Espiunca). “Os meios de combate estão a fazer o possível e não há, neste momento [19 horas] populações em perigo”. José Carlos Pinto alerta que esta é uma situação que pode mudar a qualquer momento, “tendo em conta a orografia e o tipo de aldeias” existentes no concelho. Ressalva que, havendo condições adversas, as aldeias “podem ficar rodeadas”, pelas chamas. Um cenário que para já não é previsível. Confirma ainda que os meios no tereno “têm vindo a ser reforçados". "Temos no imediato 179 operacionais e há mais 60 em trânsito”, esclareceu.
Sobre a extensão dos passadiços que ardeu, e que segundo a autarquia pode atingir os dois quilómetros, afirma que é, ainda, necessário fazer uma avaliação mais pormenorizada quando a situação no terreno assim o permitir. A extensão de passadiço que ardeu fica situada entre o Vau e o Areinho.
Neste incêndio arderam já mais de sete mil hectares de mata.
O incêndio que começou na segunda-feira em Paços de Ferreira e passou para Santo Tirso "está dominado" e pelas 18.50 horas desta quarta-feira decorriam operações de rescaldo e vigilância, disse fonte dos bombeiros.
À Lusa, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, Pedro Santos, adiantou que todas as pessoas que tinham sido retiradas de casa por precaução já regressaram a casa. "Ainda há cerca de uma hora fizemos o retorno de uma pessoa à sua habitação", adiantou.
No terreno, e segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, estão 84 operacionais, apoiados por 28 viaturas.
O homem, de 55 anos, que foi detido por suspeita de ter ateado um incêndio florestal em Cacia, Aveiro, vai aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva, informou esta quarta-feira a Polícia Judiciária (PJ).
Em declarações à Lusa, a mesma fonte referiu que o suspeito foi presente hoje a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação mais gravosa.
Na terça-feira, a PJ anunciou a detenção, em colaboração com a GNR, do presumível autor do incêndio ocorrido na madrugada de domingo em Cacia.
O XXVII Desfile Nacional do Traje Popular Português que estava previsto para sábado em Viseu foi adiado para 2025 por motivos de segurança, revelou a Câmara. "A Federação do Folclore Português, numa decisão conjunta com o Município de Viseu, decidiu adiar para 2025 o XXVII Desfile Nacional do Traje Popular Português, que aconteceria no dia 21 de setembro, na Feira Franca de Viseu, no Campo de Viriato".
O adiamento teve em conta "o estado de calamidade decretado em muitos municípios, a previsão de chuva para sábado e a incerteza quanto ao desenvolvimento dos incêndios" que deflagram em concelhos vizinhos ao de Viseu".
O incêndio na serra do Marão, concelho de Baião, deverá entrar em fase de resolução nas próximas horas, tendo as pessoas que foram retiradas das aldeias já começado a regressar às suas casas, disse à Lusa o presidente da câmara. "Se se mantiverem as condições atmosféricas, a expectativa é que o incêndio fique resolvido nas próximas horas", disse Paulo Pereira.
O autarca referia-se apenas ao incêndio que atingiu a encosta da Serra do Marão que faz parte do concelho de Baião e que tinha começado no concelho vizinho de Santa Marta de Penaguião (Vila Real).
Paulo Pereira avançou ainda que, das 15 pessoas que tinham sido retiradas das aldeias de Mafômedes e Gavinho, como medida de precaução, duas já regressaram e as restantes, devido à sua idade, deverão ser transportadas para as suas casas nas próximas horas.
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), António Nunes, disse, esta quarta-feira, que "não teria dúvidas" que se demitiria perante um cenário de três bombeiros mortos durante o combate aos incêndios.
"Se nós aceitamos um determinado modelo, temos de tirar as consequências desse modelo. Eu, na minha posição pessoal, se me tivesse acontecido o que está a acontecer, eu ter-me-ia demitido perante a morte de três bombeiros", afirmou.
Quando questionado pelos jornalistas sobre quem se deveria ter demitido, António Nunes disse que "isso agora cada um vai pensar". "Estes bombeiros representam o que mais nobre há, é a vida. E perderam a vida. Perante essa circunstância, nós não podemos ter nenhuma dúvida sobre o que temos de fazer. Se o sistema falhou, alguém tem de tirar essas conclusões. Eu saberia tirá-las", continuou.
O presidente da LBP rejeitou que se estivesse a referir à ministra da Administração Interna. "Eu não estou a falar ao nível político. Eu estou a falar ao nível que é a coordenação técnico-operacional. Os políticos têm o seu próprio espaço para discutir. Estamos a falar do sistema", rematou.
O presidente da Câmara de Sever do Vouga, Pedro Lobo, disse acreditar que o incêndio que lavra neste concelho do distrito de Aveiro só fique resolvido quando chegar a chuva, contrariando as previsões da proteção civil. "Não tenho perspetivas de que [o incêndio] se resolva hoje. Não tenho perspetivas sequer que se resolva amanhã [quinta-feira], se não chover. Só acredito que isto se resolva quando vier a chuva", disse à Lusa o autarca.
Num briefing realizado ao início da tarde sobre os fogos no distrito de Aveiro, o segundo comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil disse que o incêndio em Sever do Vouga estava a evoluir de forma "muito favorável" e poderia "a breve trecho" entrar em fase de resolução. No entanto, o presidente da Câmara diz que o fogo está longe de ficar resolvido, adiantando que, neste momento, há quatro focos de incêndio no concelho, nas freguesias de Talhadas, Sever do Vouga e na União de Freguesias de Silva Escura e Dornelas.
A emblemática escadaria dos Passadiços do Paiva, na freguesia de Canelas, foi completamente consumida pelas chamas que destruíram uma parte significativa desta estrutura em madeira, autêntico ex-líbris de Arouca.
A região do Ave tem todos os incêndios em fase de resolução, nomeadamente os que ainda lavravam, esta quarta-feira, nos concelhos da Póvoa de Lanhoso e de Vieira do Minho, no distrito de Braga, indicou a Proteçao Civil.
Em declarações à agência Lusa, pelas 18.30 horas, o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Ave, Rui Costa, deu conta de que todos os incêndios que estavam hoje ativos na região estão "em fase de resolução", após cinco dias (desde sábado) em que os incêndios não deram tréguas aos operacionais no terreno.
O incêndio que deflagrou na manhã de segunda-feira, na freguesia de Riodouro, concelho de Cabeceiras de Basto, prolongando-se até terça-feira, foi o mais grave nesta região, destruindo duas casas, uma de primeira habitação, e consumiu ainda uma terceira parcialmente.
Outros incêndios, como os que atingiram os concelhos da Póvoa de Lanhoso, de Vieira do Minho e de Guimarães, causaram preocupação devido à proximidade de casas, mas os operacionais conseguiram proteger as habitações.
O Governo brasileiro expressou "profundo pesar" pelas vítimas dos incêndios em Portugal, incluindo um brasileiro morto, e apela às "nações parceiras" que redobrem os esforços na luta contra as alterações climáticas. "O Governo brasileiro expressa profundo pesar pelos mortos e feridos e pelas perdas materiais decorrentes dos incêndios florestais que atingem Portugal. Regista com grande tristeza o falecimento de vítima brasileira de acidente relacionado aos incêndios que assolam o país europeu", indicou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em comunicado.
O Governo brasileiro apresentou condolências e solidariedade "ao povo e ao Governo de Portugal, bem como aos profissionais envolvidos no combate aos incêndios" e aos familiares das vítimas.
O presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, confirmou que o incêndio que lavra naquele concelho desde segunda-feira "está dominado" e em resolução, esperando-se que o rescaldo seja feito "nas próximas horas".
"Neste momento o incêndio está dominado, tecnicamente em resolução. Entrará, nas próximas horas, na fase de rescaldo se não houver surpresas entretanto", disse à Lusa pelas 17.50 horas o também presidente da Comissão Distrital da Proteção Civil do Porto. "O incêndio foi cedendo sobretudo devido à inexistência de vento durante o dia e, entretanto, devido ao reforço de meios aéreos", acrescentou.
Marco Martins disse ainda esperar que o rescaldo "durante o dia de amanhã [quinta-feira] possa ficar concluído", caso não haja más surpresas durante a noite. "Vamos ver. Não se podem criar demasiadas expectativas. Vamos estar vigilantes e aguardar", concluiu.
A Unidade Local de Saúde de São João (ULSSJ), no Porto, tem recebido e respondido a utentes preocupados com a qualidade do ar devido aos incêndios, disse esta quarta-feira à Lusa a responsável dos cuidados de saúde primários.
"Contactam-nos por telefone e email, por exemplo, porque estão preocupados e, naturalmente, recorrem a nós [profissionais de saúde dos centros de saúde] para esclarecer dúvidas como o uso ou não de máscara ou levar ou não as crianças à escola", descreveu a diretora clínica dos Cuidados de Saúde Primários da ULSSJ, estrutura hospitalar do Porto, um dos distritos mais afetados pelos incêndios que assolam o país desde domingo.
A Ordem dos Médicos (OM) manifestou "total disponibilidade" para apoiar as populações afetadas pelos incêndios em Portugal continental e as equipas de socorro no terreno, referindo que está "a acompanhar a situação em permanência". "Através do seu Gabinete de Apoio Humanitário (GAHOM), a OM está a acompanhar a situação em permanência e está disponível para apoiar as equipas no terreno, caso seja solicitado", adiantou a Ordem em comunicado. Assim, entidade mostra "a sua total disponibilidade para apoiar, com os meios ao seu alcance e em articulação com as autoridades nacionais e locais, as populações afetadas pelos incêndios".
Cerca de 340 hectares do concelho de Oliveira do Hospital foram destruídos pelas chamas no sábado, faltando ainda contabilizar a área ardida na terça-feira, revelou esta quarta-feira o presidente da Câmara Municipal, José Francisco Rolo.
Em declarações à agência Lusa, o autarca de Oliveira do Hospital explicou que em menos de oito horas foram consumidos cerca de 340 hectares do seu concelho, depois do incêndio de Seia ter atravessado de Paranhos para Seixo da Beira.
"Agora falta contabilizar a área ardida durante o dia de ontem [terça-feira]. Já está a ser feito o levantamento da área ardida e dos danos", informou.
De acordo com José Francisco Rolo, o incêndio que atingiu o concelho na terça-feira ficou resolvido durante a manhã de hoje, vivendo-se agora "um momento estável e controlado". "Não há nenhum incêndio ativo no concelho. Está tudo tranquilo, mas em vigilância e alerta permanente, depois de Oliveira do Hospital ter estado cercada pelas chamas", evidenciou.
O autarca recordou que na terça-feira tiveram "a norte um fogo a cercar Oliveira do Hospital do lado de Nelas e outro na zona das Caldas da Felgueira, também do lado de Nelas". "As chamas também nos cercaram do lado de Oliveira do Conde, concelho de Carregal do Sal, e ainda do lado do concelho de Tábua", acrescentou.
À Lusa, disse ainda que durante a madrugada de hoje, por volta das 1.30 horas, registou-se mais uma ocorrência entre Lagares da Beira e Meruge que, atendendo à hora e ao facto de a zona "estar tranquila", "levanta suspeitas de fogo posto".
"Depois de dias com grande preocupação, com o concelho de Oliveira do Hospital cercado por várias ocorrências de grande dimensão, felizmente conseguimos acorrer com meios. Deixo uma palavra de reconhecimento e apreço ao esforço e organização dos bombeiros e a boa coordenação de meios", concluiu.
A terminar o funeral de João Silva, o bombeiro de São Mamede de Infesta que morreu num incêndio no domingo, ouviu-se o toque "a sirene a chorar". Um momento de muita emoção para todos os familiares e amigos de João Silva. A urna saiu do quartel acompanhada por aplausos. À frente, um dos bombeiros levava o capacete do bombeiro na mão.
O presidente da Câmara de Nelas mostrou-se satisfeito com os apoios anunciados pelo Governo, numa reunião com vários autarcas, mas pediu agilização e desburocratização para que se possam apoiar rapidamente as pessoas. "É importante haver uma maior agilização no tempo dos apoios e evitar a burocracia. Precisamos de dar uma resposta rápida às pessoas, que perderam os seus bens agrícolas e a sua economia familiar", disse à agência Lusa Joaquim Amaral (PSD).
O presidente da Câmara Municipal de Nelas, no distrito de Viseu, um dos mais afetados pelos incêndios, explicou que as pessoas perderam os seus animais, a alimentação para aqueles que sobreviveram e o aprovisionamento da sua economia familiar. "A primeira resposta tem de ser dada a estas pessoas", reforçou.
Joaquim Amaral considerou ainda importante a "desburocratização dos processos e uma confiança nas autarquias". O autarca exemplificou com a existência de olivais e vinhas que arderam e que poderão não estar todos registados, "mas é do conhecimento de todos que existiam". "Mesmo que haja verificação e fiscalização, é preciso garantir o apoio".
O incêndio em Sabroso de Aguiar, Vila Pouca de Aguiar, está a avançar "completamente incontrolável" numa zona de pinhal, com meios insuficientes para o combate, disse o comandante dos bombeiros. "Temos uma reativação forte em Sabroso, uma frente completamente incontrolável e não temos meios disponíveis para reforçar. O único meio de reforço que veio hoje dos bombeiros foram duas viaturas isoladas", afirmou à agência Lusa Hugo Silva.
O comandante referiu que o incêndio progride em direção a norte. "E se isto evoluir assim até ao fim do dia vamos ter o incêndio à porta de Vidago (Chaves)", referiu ainda o responsável.
A rede ferroviária nacional estava a funcionar sem cortes nas linhas pelas 17 horas de hoje, disse à Lusa fonte oficial da Infraestruturas de Portugal (IP), após vários cortes verificados nos últimos dias devido aos incêndios.
De acordo com fonte da IP, os condicionamentos que foram ocorrendo hoje e nos últimos dias, principalmente nas linhas do Douro e Vouga, estavam, pelas 17 horas, debelados.
A mesma fonte sublinhou que, face à evolução dinâmica da realidade do combate aos incêndios no terreno, poderá haver novos cortes na circulação a qualquer momento.
A A41, a A43, a A11 e a A25 estão, esta manhã, cortadas em alguns troços onde as chamas ameaçam as vias, de acordo com o mais recente balanço da GNR (consulte abaixo).
D. Américo Aguiar presidiu à missa da última homenagem a João Silva, o bombeiro da corporação de S. Mamede de Infesta que morreu no domingo, durante o combate às chamas em Oliveira de Azeméis.
“Nós temos uma dívida eterna aos bombeiros portugueses. Infelizmente o João não é o primeiro. A morte e entrega de vida destes bombeiros tem que valer alguma coisa. Queria agradecer a todos os que se esforçam e se entregam", sublinhou D. Américo Aguiar, durante a cerimónia fúnebre do bombeiro João Silva, em Matosinhos.
Todas as autoestradas estavam abertas ao trânsito esta quarta-feira à tarde, permanecendo oito estradas nacionais (EN) fechadas em Aveiro, Porto, Vila Real e Viseu, devido aos incêndios no Norte e Centro do país, segundo a GNR.
De acordo com informação adiantada à Lusa por fonte oficial da GNR, pelas 16.10 horas não havia autoestradas cortadas em Portugal continental, permanecendo cortadas, no distrito de Aveiro, a EN 333, entre Talhadas (Sever do Vouga) e Águeda, e a EN 326-1 entre Canelas e Alvarenga (Arouca).
No distrito do Porto, na EN 108 permanece o corte entre a rotunda da autoestrada A41 e Melres, em Gondomar.
Já em Vila Real, regista-se um corte na EN 2 ao quilómetro 24,4, em Vila Pouca de Aguiar, e na EN 103 corte entre os quilómetros 180 e 182,3, no Planalto de Monforte, em Chaves.
No distrito de Viseu, regista-se o maior número de cortes, com um corte total na EN 228 entre Figueiredo de Alva e Fermontelos e entre Pindelo dos Milagres e Ponte Pedrinha, em São Pedro do Sul e Castro Daire, na EN 231 entre Vila Viçosa e Mourelos, em Cinfães, e na EN 225 entre Cabril e Pinheiros, em Viseu e Tabuaço.
Os incêndios que estão a devastar Portugal também são noticiados na Imprensa internacional. Desde chamas que "tingem a Galiza de fumo e tornam o sol vermelho" a "Portugal nas garras do fogo", vários jornais pelo Mundo descrevem o terror vivido no meio das chamas.
O secretário-geral do PS disponibilizou-se, esta quarta-feira, para "apoiar o Governo naquilo que for necessário" no combate aos incêndios, designadamente alterações legislativas, e considerou que este ainda não é o tempo para se tirarem ilações políticas.
Face ao que já tinha acontecido com a Associação de Futebol do Porto (AF Porto) e a Associação de Futebol de Aveiro (AF Aveiro), também a Associação de Futebol de Viseu (AF Viseu) anunciou a suspensão de todos os jogos distritais que teriam lugar este fim-de-semana.
Luís Montenegro prometeu “ir atrás” dos “criminosos” que têm interesses nos incêndios florestais e, por isso, colocam em causa a “própria vida dos cidadãos”. Mas, afinal, quantos incêndios são de origem criminosa? E quantos criminosos estão na cadeia?
A verdade é que as estatísticas apontam para uma diminuição dos incêndios causados por fogo posto de origem criminosa nos últimos anos. Em 2023, o incendiarismo foi a causa de apenas um terço (31%) das ocorrências investigadas. A maioria (50%) está relacionada com o uso indevido de fogo, segundo o relatório de atividades do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR).
Foto: Artur Machado
Um bombeiro com cerca de 35 anos foi agredido, esta quarta-feira, por um civil com uma forquilha enquanto combatia um incêndio na Senhora do Viso, no concelho de Resende. A agressão aconteceu cerca das 14.45 horas desta quarta-feira, mas desconhece-se a motivação do ataque, explicou ao JN fonte dos Bombeiros Voluntários de Resende. O bombeiro sofreu ferimentos "aparentemente ligeiros" no braço e foi encaminhado para o Hospital de Lamego.
Um colega que esteve ao lado de João no combate às chamas, lembrou o gosto que tinha em ser bombeiro: “O 'trinta' gostava de toda a gente e toda a gente gostava do 'trinta'. O João é motivo de orgulho e morreu a fazer uma das coisas que mais gostava e junto de muitos de quem mais gostava”, disse.
“Nesse sábado eu estive com o João no terreno. No final do dia tive que vir embora e, como é natural, despedi-me. E ele, à semelhança do que era costume, disse 'pronto oficial, até daqui a uns dias'. Meu querido João, disseste-me até um dia destes, eu digo-te até qualquer dia. Obrigada companheiro”, recordou, num cerimónia que encheu.
O quartel dos Bombeiros de São Mamede de Infesta, em Matosinhos, encheu-se esta tarde de bombeiros e populares para o último adeus a João Silva, de 60 anos, numa cerimónia emocionada e marcada pela dor. As sirenes soaram longamente na saída do cortejo fúnebre para o Tanatório de Sendim.
Familiares, amigos e colegas juntam-se para uma última homenagem a João Silva, o bombeiro da corporação de S. Mamede de Infesta que morreu no domingo, durante o combate às chamas em Oliveira de Azeméis.
A cerimónia conta com a presença do presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa chegou há instantes a Matosinhos, onde está a cumprimentar os bombeiros à porta do quartel.
A situação dos incêndios no concelho de Nelas "está bastante mais calma", estando os operacionais atentos ao fogo de Mangualde, que pode dirigir-se para aquele concelho do distrito de Viseu, disse à Lusa o comandante dos bombeiros.
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Nelas, Guilherme Almeida, explicou à Lusa, às 14.30 horas, que "a situação está bastante mais calma". "No entanto, estamos com alguma preocupação com uma frente que está a vir de Mangualde [distrito Viseu] para o nosso concelho e que, se não correr favoravelmente, pode entrar em áreas que ainda não arderam e criar algum problema em áreas habitacionais e aldeias", revelou o comandante.
Nesse sentido, Guilherme Almeida adiantou que já estão máquinas de rasto no terreno, para tentar impedir que o fogo de Mangualde chegue a Nelas. "Esperamos que se consiga resolver antes. Felizmente não há ventos, o que nos é mais favorável", disse.
Em resposta à Lusa, em Nova Iorque, Guterres - que tem na questão ambiental uma das prioridades do seu mandato - frisou que a "crise climática é um fator multiplicador de todas as tragédias que assistimos".
"Tenho estado a acompanhar a situação dos fogos em Portugal com muito atenção", disse o secretário-geral das Nações Unidas numa conferência de imprensa. "É absolutamente evidente que o agravamento dos incêndios em Portugal, o agravamento das cheias na Europa central e oriental, o agravamento das cheias na Nigéria e um conjunto de outros desastres que vemos multiplicar por toda a parte no mundo tem uma relação direta com o agravamento da crise climática. Hoje ninguém tem dúvidas a esse respeito", advogou.
António Guterres recorreu também às redes sociais para abordar os incêndios florestais em Portugal, destacando que "os extremos climáticos estão a deixar um rasto mortal de destruição por toda a Europa". "Os meus pensamentos estão com todos os afetados. Precisamos de Ação Climática que corresponda à escala e urgência da crise", escreveu o ex-primeiro-ministro na rede social X.
Cinco aldeias de duas freguesias de São Pedro do Sul estão isoladas devido ao incêndio que está, cerca das 15.30 horas desta quarta-feira, com cinco frentes ativas, disse à agência Lusa o presidente do município.
O presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, apelou à canalização de meios para combater o incêndio que lavra no município, alertando para o risco de as chamas passarem para os concelhos vizinhos de Anadia, Mortágua e Tondela. "Temos um fogo que sobrou de Sever do Vouga, que entrou no nosso concelho de madrugada, em Lourizela, e que tem um potencial incrível para ser uma coisa brutal", disse à Lusa o autarca, pelas 15.30 horas.
Jorge Almeida disse que, neste momento, há "muitos bombeiros mobilizados para o local", auxiliados por seis aviões canadair e máquinas de rasto, mas teme que isso não seja suficiente. "Esta é a nossa janela de oportunidade para agir. Precisamos indiscutivelmente de estruturação de trabalho, de sermos eficazes (...) O dia só tem mais algumas horas e se houver o vento noturno, como foi costume, os meus prognósticos são péssimos", afirmou o autarca.
O autarca avisou que se foram ultrapassadas "determinadas margens" o fogo "vai parar muito longe e daqui a alguns dias", alertando para o risco de o incêndio galgar as fronteiras do município e passar para os concelhos de Anadia, no distrito de Aveiro, e Mortágua e Tondela, no distrito de Viseu. "É uma mancha florestal incrível. Neste momento tenho alguns focos de incêndio às portas da cidade e estou focado numa coisa que está a mais de 20 quilómetros do centro da cidade", vincou.
A Câmara cancelou todas as atividades previstas na programação da Feira Franca de Viseu até sexta-feira, que inclui o concerto de Mariza Liz, em virtude dos incêndios que assolam aquele distrito, informou a autarquia. A nota de imprensa refere que "na última semana, o país tem sido fustigado pelos incêndios florestais e o distrito de Viseu está a ser particularmente afetado por diversas frentes de fogo, de rápida propagação e difíceis de controlar". Em virtude destes acontecimentos, "o Município de Viseu decidiu cancelar todas as atividades e iniciativas previstas".
Deputados e membros do Governo aplaudiram, esta quarta-feira, de pé, a mensagem de condolências que o presidente da Assembleia da República dirigiu aos familiares e amigos das vítimas dos mais recentes incêndios em Portugal. A breve mensagem de José Pedro Aguiar-Branco foi transmitida logo no início da sessão plenária, em que também estavam presentes os ministros dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, e da Justiça, Rita Alarcão Júdice.
Na sua mensagem, o presidente da Assembleia da República salientou os momentos difíceis que se vivem em Portugal, mas acentuou que "a democracia não pode parar nem nos bons, nem, sobretudo, nos maus momentos". "É por isso que estamos aqui todos a cumprir os nossos trabalhos. Quero uma vez mais - e julgo que o posso fazer em nome de todas e todos os senhores deputados - apresentar as nossas condolências às famílias e amigos de todos aqueles que perderam a vida na defesa dos seus bens e na defesa de todos nós. Estou certo que o seu exemplo não será esquecido", declarou José Pedro Aguiar-Branco.
A seguir, recebeu uma prolongada salva de palmas de deputados de todas as bancadas e dos dois ministros presentes na sessão plenária.
"Não estamos à espera de uma acalmia nas próximas 48 horas, o que é expectável é que possam surgir janelas de oportunidade para poder começar a reverter a situação", disse aos jornalistas o comandante nacional de emergência e proteção civil, André Fernandes, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
No ponto de situação dos incêndios feito às 13 horas, André Fernandes precisou que "a situação meteorológica ainda se mantém bastante desfavorável", significando que ainda "é adversa" e que nas próximas 48 horas "o risco de incêndio não reduza significativamente".
"Mantemos este risco nas próximas 48 horas, mas em particular as próximas 24 horas vão ser muito complexas e difíceis para os bombeiros e população que está a ser afetada" pelos fogos.
Segundo o comandante nacional, os incêndios que atualmente preocupam continuam a ser os fogos do complexo da área metropolitana do Porto e da região de Aveiro, dos concelhos de Gondomar, Amarante, Baião, Vila Pouca de Aguiar e Vila Real.
André Fernandes deu conta de que, na região de Viseu, em especial no concelho de Castro Daire a situação é "muito complicada", tendo o fogo já entrado no concelho de Arouca.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões norte e centro, atingidas pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 75.645 hectares.
As zonas mais afetadas localizam-se nas regiões de Aveiro, Tâmega e Sousa e Viseu Dão Lafões, que totalizam 75.645 hectares de área ardida, 71% da área ardida em todo o território nacional.
De acordo com o sistema Copernicus, que recorre a imagens de satélite, a contabilização do total de área ardida desde domingo chega aos 106.222 hectares, perto do dobro em relação a terça-feira, quando a área ardida ascendia aos 62.646 hectares.
Com as chamas a atravessar de um lado para o outro freguesias do alto concelho de Gondomar, na manhã desta quarta-feira o fogo entrava em fase de rescaldo em Medas. Leia mais AQUI.
Empresas agrícolas e casas destruídas pelas chamas marcaram, esta quarta-feira, as populações atingidas pelos incêndios nas regiões norte de centro de Portugal, num dia em que chegaram mensagens de apoio de Espanha e de Timor-Leste.
Mais de 50 concelhos de Portugal continental estão em risco máximo de incêndio, nos distritos de Faro, Portalegre, Santarém, Castelo Branco, Leiria, Coimbra, Guarda, Braga e Bragança.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabilizava, às 12 horas de hoje, 44 incêndios em curso, que mobilizavam 3151 operacionais, 972 meios terrestres e 19 meios aéreos.
No distrito do Porto, muitos bombeiros tiveram de ser assistidos por exaustão e os que se encontravam no terreno estavam no limite das capacidades.
A presidente da Câmara Municipal de Arouca não esconde o descontentamento sobre a alegada falta de meios humanos no combate às chamas no concelho. Confirma a destruição de parte dos passadiços, mas afirma que, neste momento, a preocupação prende-se “com as pessoas e os seus bens”.
A atuação dos meios aéreos tem sido "muito difícil" na maioria dos incêndios em curso "devido ao fumo intenso e espesso" que se faz sentir, explicou hoje o comandante nacional de emergência e proteção civil.
"Devido ao fumo intenso e espesso que existe na maioria destes incêndios, é muito difícil operar com os meios aéreos, daí estarem 36 meios aéreos em operação", afirmou Ande Fernandes, na conferência de imprensa realizada na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para fazer um ponto de situação dos incêndios que lavram nas regiões do norte e centro de Portugal desde domingo.
O comandante nacional explicou o está a ser feito no âmbito da utilização dos meios aéreos para contornar esta situação.
Segundo André Fernandes, nos diferentes incêndios onde existe maior pressão junto das habitações e infraestruturas está a ser "garantida uma cadência de meios aéreos para auxiliar as operações que estão a ser executadas pelos bombeiros".
O Chega e o PCP consideraram hoje que os incêndios dos últimos dias exigem solidariedade e união com as populações, e que debate sobre as causas e responsabilidades deve ficar para depois.
Em reação, na Assembleia da República, ao Conselho de Ministros extraordinário desta terça-feira sobre os incêndios, o Chega, pelo deputado Pedro Frazão, e o PCP, por António Filipe, salientaram que as medidas anunciadas pelo Governo foram positivas e as necessárias, dado o atual cenário.
Pedro Frazão considerou, porém, que o "Governo tem uma tendência para anunciar em cima do momento, e a quente, algumas medidas para tentar apaziguar a opinião pública", mas disse que o anunciado reforço da investigação dos órgãos de polícia criminal é positivo.
"No entanto, é preciso saber como é que ela [a investigação] é feita. E também aqui sublinhar que não adianta estar a reforçar a investigação de um crime que já foi cometido, se ao mesmo tempo não se fizer a prevenção desse crime. E aqui, na prevenção do crime, está exatamente tratar os incendiários como terroristas e, ao mesmo tempo, fazer toda a reforma florestal que o país necessita", defendeu.
O Chega voltou a defender um agravamento da moldura penal para incendiários, apelando que estes sejam "encarcerados" durante a época de incêndios, mas sublinhou que este é um debate que terá de ser feito posteriormente. Para o partido, não é "altura para fazer a avaliação da resposta do Governo", mas, sim, de solidariedade com a "luta nacional".
António Filipe disse que o PCP não vê "nada de criticável nos anúncios que o Governo fez", tendo em conta a gravidade da situação em vários concelhos do país.
O deputado comunista considerou ainda que o país está novamente confrontado com a "necessidade de refletir muito seriamente sobre as causas desta situação", mas que este não é o momento.
"Esse momento chegará e esse debate deve fazer-se. Agora, na situação em que estamos, o momento ainda é de mobilização de esforços para o combate aos incêndios que continuam a lavrar pelo país, de manifestar toda a nossa solidariedade às populações afetadas e a todos os que estão a combater estes incêndios", acrescentou o deputado.
Sobre as palavras do primeiro-ministro no Conselho de Ministros desta terça-feira, António Filipe sublinhou que, apesar da atual situação motivar reações "muito emotivas", o "combate à criminalidade exige também a necessária serenidade".
"Não é pelo caráter mais violento ou mais ou menos contundente das palavras do primeiro-ministro que a situação se resolve. Nós temos confiança na Polícia Judiciária, nas demais forças de segurança, na GNR, enfim, nas várias forças de segurança chamadas a intervir, confiamos na sua competência", garantiu.
Dois aviões reforçaram, pelas 13.30 horas de hoje, o combate aos incêndios que lavram em Vila Pouca de Aguiar, segundo o comandante sub-regional da Proteção Civil do Alto Tâmega.
Artur Mota disse à agência Lusa que os aviões, uma parelha de alfas de Vila Real, vai atuar num primeiro momento na ocorrência que começou em Sabroso de Aguiar e que lavra numa zona de pinhal e próximo de aldeias, e que poderá seguir depois para Soutelinho do Mezio e Bornes de Aguiar.
O responsável referiu que, durante a tarde, regressarão ao terreno equipas de sapadores que estiveram a descansar, o que poderá elevar o número de operacionais para os 130.
A operar no teatro de operações estão também pelo menos cinco máquinas de rastos.
Neste concelho do distrito de Vila Real há, neste momento, quatro incêndios que avançam em seis frentes distintas.
O incêndio que lavra em Águeda, o mais preocupante no distrito de Aveiro, está "muito violento" e a afetar algumas populações. Dezenas de bombeiros têm estado a ser socorridos na Urgência com problemas oculares.
"Aquilo que nos levanta mais preocupações, neste momento, é o incêndio de Águeda. Está muito violento. O vento durante a noite foi extremamente forte e, portanto, estamos com algumas dificuldades em controlar aquela frente", disse o segundo comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Mário Silvestre.
O responsável, que falava durante uma conferência de imprensa sobre os incêndios no distrito de Aveiro, pelas 12.30 horas, no centro de comando distrital, em Oliveira de Azeméis, referiu que as perspetivas para as próximas horas em Águeda são "complexas", dando como certo que algumas populações "serão afetadas".
"O Serviço de Urgência Básica de Águeda está a dar apoio a dezenas de bombeiros atendidos com prioridade, que procuram ajuda no sentido de ultrapassar, sobretudo, inflamações e irritações oculares, estando a ser disponibilizados colírios e lágrimas artificiais", descreveu hoje a Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro.
No balanço do período entre as 8 e as 12 horas, nos hospitais e unidades de saúde da região, a ULS RA refere ainda que na Urgência do Hospital de Aveiro foram recebidos três doentes com sintomas decorrentes da exposição ao fogo e quatro doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) agudizada.
Na Urgência Pediátrica, "não há episódios relevantes a retratar", esclarece aquela entidade, confirmando que os doentes triados com pulseiras azul e verde continuam a ser encaminhados, para o Centro de Saúde de Aveiro.
O ministro da Coesão Territorial exigiu rigor, em Mangualde, para evitar "fraudes que surgem quando há oportunidade de as pessoas beneficiarem de apoios públicos".
"É um desafio que temos à nossa frente. Vamos procurar ser rápidos, mas usando o rigor suficiente para evitar as fraudes, que muitas vezes surgem, quando há oportunidades de as pessoas beneficiarem de apoios públicos", afirmou Manuel Castro Almeida. Apoios que o governante considerou serem "indispensáveis", já que "o Estado existe para isso mesmo".
Sanjoanense suspende treinos de todos os escalões e modalidades devido à qualidade do ar. A cidade de São João da Madeira está sob uma nuvem negra, por causa dos grandes incêndios que ocorrem em localidades vizinhas.
O concelho de Castro Daire registava, às 13 horas, dois incêndios ativos, um que se expandiu a São Pedro do Sul e Arouca, e um novo na Serra de Montemuro, disse à agência Lusa fonte dos bombeiros. "Neste momento, estamos a combater dois incêndios distintos, o de Soutelo, em Mões, e agora um novo na serra de Montemuro. São incêndios que mantêm várias frentes ativas e com muita intensidade", disse à agência Lusa o comandante dos Bombeiros Voluntários de Farejinhas, Castro Daire.
De acordo com a página da Proteção Civil, o incêndio de Mões conta com mais de 500 bombeiros e 11 meios aéreos, além de 160 viaturas. O fogo na Freguesia de Pinheiro, na serra de Montemuro, estava a ser combatido por 133 bombeiros, dois meios aéreos e 41 viaturas.
Horácio Ribeiro acrescentou ainda que "já há mais meios no terreno, felizmente, muitos mais, mas claramente insuficientes tendo em conta a intensidade das chamas". "A nossa estratégia mantém-se em salvar pessoas e primeiras habitações como prioridade e posso afirmar que não há casas de primeira habitação queimadas. Temos, sim, algumas, parcialmente danificadas", disse.
Segundo o comandante, "não há informação de qualquer pessoa desalojada, embora haja a registar barracões e outras infraestruturas agrícolas ardidas".
O incêndio que lavra em Águeda, no distrito de Aveiro, está "muito violento" e deverá afetar algumas populações.
"Aquilo que nos levanta mais preocupações, neste momento, é o incêndio de Águeda. Está muito violento. O vento durante a noite foi extremamente forte e, portanto, estamos com algumas dificuldades em controlar aquela frente", disse o segundo comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Mário Silvestre, num ponto de situação pelas 12.30 horas.
As perspetivas para as próximas horas neste concelho são "complexas", dando como certo que algumas populações "serão afetadas".
Mário Silvestre disse ainda que as populações foram alertadas para salvaguardar as suas habitações e adotarem comportamentos de prevenção.
"É também o repto que deixamos a todas as populações que possam vir a ser afetadas por incêndios, que tenham o cuidado de fechar portas, janelas, que tapem as frinchas das portas para que o incêndio não entre dentro das casas. Nós temos registos de casas que arderam, no meio de aglomerados urbanos, devido a partículas projetadas", disse o responsável.
Relativamente aos três outros grandes incêndios que lavram no distrito de Aveiro, Mário Silvestre disse que o incêndio de Albergaria-a-Velha entrou na fase de resolução e os incêndios de Sever do Vouga e Oliveira de Azeméis estão a evoluir de forma "muito favorável".
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabiliza cinco mortos nos incêndios nos últimos dois dias, excluindo deste balanço dois civis vítimas de morte súbita. Há ainda 118 feridos, dos quais 10 em estado grave.
O incêndio florestal que lavrou durante quase dois dias em Carregal do Sal, no sul do distrito de Viseu, e que teve origem no fogo de Nelas, foi dominado esta quarta-feira de manhã.
"De noite andámos a fazer combate, a tentar resolver todas as questões que tínhamos e ao início da manhã tivemos a devida recompensa, o incêndio, neste momento, está dominado. Andamos apenas e só a controlar algumas reativações que vão ocorrendo", disse à agência Lusa Filipe Lopes, comandante dos bombeiros de Carregal do Sal.
"Queria ver se a partir de hoje conseguimos começar a fazer rescaldo e a normalizar a situação", acrescentou.
Segundo dados do sistema europeu Copernicus, consultados pela Lusa, o fogo que começou em Nelas e se estendeu a Carregal do Sal e Tábua, queimou mais de oito mil hectares de floresta.
A Câmara de São João da Madeira está a apelar à população para o uso de máscaras sempre que seja necessário permanecer em espaços exteriores. A autarquia diz ainda que devem ser evitadas fontes de combustão dentro de casa, como aparelhos de gás ou lenha, velas ou incenso.
"As chamas foram dominadas pelas 11.10 horas", garantiu o comandante dos Bombeiros Voluntários de Tábua, Rui Leitão, em relação ao incêndio que atingiu o concelho de Tábua desde terça-feira
Para além de um meio aéreo, estavam no terreno 231 bombeiros, apoiados por 70 veículos.
O incêndio neste município do distrito de Coimbra teve origem no fogo que na segunda-feira eclodiu em Nelas e se estendeu a Carregal do Sal, no distrito de Viseu.
A situação dos incêndios na região do Ave está hoje mais calma, segundo a Proteção Civil, que alerta, contudo, para os fogos ainda ativos na Póvoa de Lanhoso e em Vieira do Minho, distrito de Braga, e para possíveis reacendimentos.
Um dos incêndios ainda ativo na Póvoa de Lanhoso deflagrou pelas 16.20 horas de segunda-feira, em Rendufinho, Monte de S. Mamede, e já passou para Parada de Bouro, no concelho vizinho de Vieira do Minho, estando, pelas 12 horas, a ser combatido por 40 operacionais apoiados por 13 viaturas.
O outro incêndio na Póvoa de Lanhoso teve início em Sobradelo da Goma, às 01.06 horas de terça-feira, e já passou para Guilhofrei, em Vieira do Minho, e para o concelho vizinho de Fafe.
A Associação de Futebol do Porto decidiu adiar os jogos de todos os campeonatos distritais que organiza. Em causa está a qualidade do ar, que não é a melhor por causa dos incêndios, para a prática de desporto ao ar livre.
A onda de solidariedade, gerada espontaneamente na sociedade para ajudar os bombeiros que estão a combater os fogos, está a criar problemas de logística às corporações. O presidente da Liga dos Bombeiros, António Nunes, diz que há excedente e apela para que as ajudas sejam canalizadas para quem perdeu as suas casas.
O incêndio que está a lavrar em Arouca está, esta quarta-feira de manhã, com três frentes ativas, de acordo com a autarquia. As escolas estão encerradas e pessoas com mobilidade reduzida de várias freguesias foram retiradas das suas casas.
O incêndio rural, que teve início, ao final da manhã do dia de ontem, no concelho vizinho de Castro Daire (localidade de Moção) e que, ao início da noite, chegou ao concelho de Arouca, entrando pelas freguesias de Alvarenga e Covêlo de Paivó/Janarde, tem atualmente três frentes de fogo ativas (freguesias de Alvarenga, Covêlo de Paivó/Janarde e Canelas/Espiunca). A autarquia ativou, ao início da madrugada de 18 de setembro, o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil.
Gondomar, Tábua, Arouca e Águeda são alguns dos concelhos onde as escolas se encontram encerradas devido aos incêndios florestais, por indicação da Proteção Civil ou dos delegados de saúde locais.
Em Águeda, por exemplo, a situação já está a ser controlada, devido ao abrandamento do vento. Ainda assim, todas as escolas foram encerradas devido à má qualidade do ar. “Há incêndios próximos de habitações e o delegado de saúde determinou o encerramento de todas as escolas, devido à qualidade do ar”, informou o presidente da Câmara, Jorge Almeida.
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Fotos: Avelino Vieira
O panorama entre Canelas e Alvarenga é desolador. As chamas destruíram parte dos passadiços, provocaram a queda de postes elétricos e cabos. Fogo em Arouca começou, esta terça-feira, e continua a lavrar.
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José Paiva, presidente da União de União Freguesias de Medas e Melres, afirmou ao JN que os bombeiros estão numa "operação titânica em Vila Cova, lugar de Medas". O autarca lamenta os meios insuficientes e aponta o vento como o "grande culpado" pelo agravamento da situação. Mostra-se, no entanto, esperançoso na evolução positiva da ocorrência. Entretanto, o vento acalmou . Ontem, apenas combatiam as chamas os bombeiros de Melres, mas esta quarta-feira juntaram-se mais corporações e dois aviões. A população dustribui água pelos bombeiros.
Conceição Oliveira foi "uma hora à cama" e ajuda os bombeiros com "mangueiradas". Descreve o fogo nunca visto no lugar de medas como "o fim do mundo". Sente-se ameaçada pelo incêndio e queixa-se da falta de meios.
Numa nota divulgada na página oficial da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa indica que manteve na terça-feira uma conversa telefónica com o Rei Felipe IV de Espanha.
"O monarca espanhol transmitiu ao presidente da República a sua total solidariedade do povo espanhol face à tragédia provocada pelos incêndios que têm lavrado na região centro de Portugal, tendo ainda manifestado disponibilidade para reforçar os apoios aéreos e outros do Estado espanhol", lê-se na nota.
Até ao momento, dois aviões Canadair espanhóis foram mobilizados no combate aos incêndios em Portugal, ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
Além destas aeronaves, 230 bombeiros espanhóis também chegaram a Portugal para ajudar no combate aos incêndios, segundo indicou na terça-feira fonte oficial do Ministério da Administração Interna à Lusa.
A proteção civil de Baião está hoje a retirar 15 pessoas de duas aldeias da freguesia de Teixeira, onde lavra um incêndio numa das encostas da serra do Marão, disse à Lusa o presidente da câmara.
Segundo Paulo Pereira, as aldeias afetadas são Mafômedes e Gavinho e a medida foi tomada por precaução.
As empresas fornecedoras de combustível Prio, BP, GALP, Cepsa e Repsol estão a providenciar o abastecimento gratuito dos veículos operacionais empenhados nos incêndios rurais na sub-região de Aveiro e na sub-região da Área Metropolitana do Porto. O apoio acontece no âmbito da ação de responsabilidade social destas empresas. A informação foi avançada pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Em Gondomar, a única frente de fogo que está ativa, na localidade de Medas, está a ser combatida por dois meios aéreos, que têm apoiado os operacionais no terreno, confirmou ao JN no local o presidente da autarquia, Marco Martins. Por ser próximo da Central Termoelétrica da Tapada do Outeiro, o local inspira maior preocupação. Se o vento acalmar e não houver reacendimentos, a situação estará "controlada", adiantou o autarca.
Em Melres, populares continuam a combater pequenos focos de incêndio com mangueiras.
Imagens: Pedro Correia
A Comissão Europeia reconheceu esta quarta-feira, exemplificando com os incêndios em Portugal, que é necessário financiamento adequado e uma estratégia inovadora para apoiar com eficácia Estados-membros e regiões afetados por fenómenos meteorológicos extremos, que deixaram de ser uma exceção.
Imagem de satélite dos incêndios florestais em Portugal captada esta quarta-feira pelo Copernicus, programa de observação da terra da União Europeia.
“Os Passadiços do Paiva estão a arder”, confirmou, esta quarta-feira de manhã, a presidente da Câmara de Arouca. “Estão a arder, mas estão encerrados desde segunda-feira”, disse Margarida Belém à RTP, pelas 9.30 horas. “Mas essa não é a nossa preocupação maior, a nossa preocupação maior são as aldeias, é a proteção das pessoas e bens”.
O incêndio em Arouca tem três frentes ativas, embora apresente “um cenário mais calmo do que ontem”, referiu a autarca, apontando a falta de meios que existe no Interior.
“Precisamos de ajuda”, sublinhou Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, esta quarta-feira de manhã, numa declaração aos jornalistas cerca das 10.15 horas. “É o apelo de quem nunca se sentiu tão sozinho”, acrescentou, dando conta de “mais uma bombeira ferida no incêndio em Gondomar. É o 8.º bombeiro ferido em Gondomar em dois dias”.
“O reforço de meios do Algarve, do Alentejo, da Grande Lisboa, de Setúbal, ficaram todos em Albergaria, ficaram todos em Coimbra, mas precisamos que venham para nós. Os bombeiros estão exaustos, os agentes de comando já não conseguem planear”, descreveu Marco Martins, dando ainda conta que durante a noite “vários bombeiros foram retirados por exaustão”.
O autarca lamenta que estejam a operar no incêndio de Gondomar “só dois aviões ligeiros”, reiterando o apelo por um reforço de meios.
Empresas agrícolas e habitações foram destruídas pelas chamas em Mangualde, lamentou hoje o presidente deste município do distrito de Viseu. "A nossa preocupação é a das pessoas que estão sem os seus bens e muitas delas vivem daquilo que deixaram de ter. Há terrenos, empresas agrícolas que foram consumidas pelas chamas, há pessoas que estão sem habitações", afirmou Marco Almeida à Lusa.
O presidente do Município de Mangualde disse ainda que, pelas 10.30 horas, a "situação é mais calma, mas de um momento para o outro a situação piora", já que o incêndio no concelho "continua com várias frentes ativas". "A nossa prioridade neste momento é salvar vidas e salvar as habitações. A seu tempo, iremos fazer o levantamento, juntamente com os presidentes de junta", acrescentou.
O incêndio que atingiu Gibraltar, no concelho da Covilhã, esta quarta-feira de madrugada, consumiu uma zona de pinhal adulto que tinha escapado às chamas no fogo de 2022 na serra da Estrela.
O alerta foi dado às 21.49 horas de terça-feira e o coordenador municipal de proteção civil, Luís Marques, informou que entrou em resolução cerca das 4 horas. Às 10 horas, estavam a ser feitos trabalhos de consolidação.
"É uma zona com muito declive, muita dificuldade, com trabalho apeado e também com trabalho com máquinas e linhas de mangueira, para se fazer um rescaldo em todo o perímetro do incêndio", explicou, em declarações à agência Lusa, Luís Marques.
Este fogo "nunca colocou em perigo nenhuma habitação. O que ardeu "foi sobretudo pinhal adulto, uma zona que ficou verde no incêndio de 2022" na serra da Estrela.
Vídeos: Avelino Vieira
Fotos: Salomão Rodrigues
Sao momentos de muita apreensão em Arouca. Em alguns locais da freguesia de Espiunca, os olhares convergem para o cimo do monte, onde as chamas vindas da zona de Canelas ameaçam descer a encosta e colocar em perigo a povoação que, para já, ainda está em segurança
A Estrada Nacional 108 está cortada em Medas, Gondomar. As chamas ameaçam habitações e uma farmácia (Farmácia Mota). Há dois carros de bombeiros na estrada com cerca de uma dezena de operacionais a combater o fogo. A população está a ajudar os bombeiros de corporações como Melres, Valbom e Leixões. O ar está irrespirável.
Na terça-feira, o fogo esteve perto da empresa de distribuição de bebidas Gondocer, em Jovim, Gondomar. A freguesia foi uma das mais fustigadas pelas chamas neste concelho do distrito do Porto. Vídeo de Hugo Santos
O subcomandante regional da Proteção Civil do Alto Tâmega disse hoje que os cerca de 300 operacionais disponíveis vão ser distribuídos pelos fogos que representem mais preocupações a nível de habitações em Chaves e Vila Pouca de Aguiar."O dispositivo não é muito, mas o que há vai ser diluído pelas ocorrências que sejam mais preocupantes em termos das habitações", afirmou Artur Mota.
Desde segunda-feira que este território do norte do distrito de Vila Real está a ser atingido por vários incêndios principalmente no concelho de Vila Pouca de Aguiar, mas também em Chaves. Segundo o comandante, esta manhã havia seis fogos ativos e cerca de 300 operacionais disponíveis.
"Durante a noite alguns dos homens estiveram a descansar e durante a manhã serão posicionados de forma a dar prioridade à defesa das populações e estarem preparados para quando os fogos reativarem", referiu Artur Mota, adiantando que, durante a noite, a situação acalmou devido às condições meteorológicas mais favoráveis, com a descida de temperatura e mais humidade. No entanto, prevê-se um agravamento da situação com a subida da temperatura e os ventos fortes.
O despertar no Lugar de Branzelo, freguesia de Melres, Gondomar, é desolador. “A aldeia está toda queimada”, lamentou ao JN um morador local.
Depois de uma noite de sobressalto em que a população de tudo fez para que as chamas não reduzissem os seus bens a cinzas, as primeiras horas desta quarta-feira deixam a nu um cenário elucidativo dos momentos de terror que ali se viveram “até cerca das duas horas da madrugada”.
“Está tudo queimado, nem os jardins escaparam. Arderam palmeiras, arbustos, tudo. Havia pessoas a combater as chamas juntamente com bombeiros e GNR, toda a gente a tentar combater as chamas para não arderem as nossas casas. Ardeu tudo o que havia para arder junto às nossas casas. Agora é esperar que venha a chuva para limpar isto tudo”, contou.
Apesar da calmaria aparente, os meios continuam posicionados em locais estratégicos da freguesia, atentos a qualquer possível reacendimento mais perigoso.
Ao longo da madrugada desta quarta-feira, os moradores de Ossela, que tinham sido retirados de vários locais desta freguesia do concelho de Oliveira de Azeméis por causa da aproximação das chamas acabaram por regressar às suas casas. Depois de uma noite de sobressalto em que, apurou o JN, a população ofereceu muita resistência para abandonar as habitações, a situação é considerada mais calma ao início desta manhã.
O incêndio que lavra em Águeda, distrito de Aveiro, complicou-se durante a noite, com a alteração do vento e reacendimentos, e ao início da manhã de hoje a situação estava novamente descontrolada, segundo o presidente do município. Em declarações à agência Lusa ao início da manhã, o presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, disse que o incêndio rural se "complicou extraordinariamente" - com a alteração do vento e os reacendimentos, "pequenos focos de incêndio tornaram-se grandes incêndios". "Neste momento temos o incêndio novamente descontrolado", disse o autarca, explicando que o fogo "está muito próximo de núcleos urbanos e da própria cidade".
Em Águeda, foram ativadas cinco zonas de concentração de apoio à população e, segundo a Proteção Civil, estas estruturas realojaram na terça-feira 62 pessoas.
A circulação de comboios na Linha do Vouga foi hoje retomada entre Aveiro e Águeda, continuando suspensa entre Águeda e Sernada, segundo informação divulgada pela CP - Comboios de Portugal, numa atualização publicada no Facebook esta manhã. A CP informa também que, na Linha do Douro, a circulação de comboios foi retomada entre Marco de Canaveses e Régua. "Lamentamos profundamente o incómodo causado e pedimos a vossa compreensão. Atualizaremos sobre qualquer desenvolvimento", lê-se na publicação.
Ao início da noite, previa-se para hoje uma madrugada de incêndios mais tranquila em Águeda, mas o receio do município concretizou-se de tal forma que a serra se transformou numa labareda de ansiedade para Acácio, em busca do seu irmão.
Cerca da meia-noite, o presidente da Câmara de Águeda (no distrito de Aveiro), Jorge Almeida, dirigiu-se aos jornalistas na Cumeada, numa zona residencial e industrial que já tinha observado algumas projeções de fogo, revelando algum otimismo. "Neste momento temos aqui uma profusão de meios que gera alguma tranquilidade, mas é importante que não se falhe. O incêndio vem ali. Há uma outra frente na zona da Maçoida e outra na zona da Veiga", referiu.
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Leia aqui a reportagem do jornalista Jorge Sá Eusébio, agência Lusa
A Câmara de Gondomar mantém a decisão de encerrar esta quarta-feira algumas escolas. À exceção da Escola Secundária de Gondomar, todos os estabelecimentos de ensino do pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico do Agrupamento de Escolas nº 1 de Gondomar vão estar encerrados: Jardim de Infância de Atães, Jardim de Infância de Gens, Jardim de Infância de Jancido, Jardim de Infância de Outeiro, Jardim de Infância da Ribeira, Jardim de Infância de Trás da Serra, Escola Básica de Atães, Escola Básica de Gens, Escola Básica de Jancido, Escola Básica de Jovim e Foz do Sousa, Escola Básica de Outeiro e dois estabelecimentos de ensino do Agrupamento de Escolas Júlio Dinis: Escola Básica de Aguiar (1.º ciclo e pré-escolar) e Escola Básica de Ramalde (1.º ciclo).
O incêndio que deflagrou na terça-feira à noite numa zona de mato e pinheiros na freguesia de Vale de Asnes, em Mirandela, entrou hoje em fase de rescaldo, embora ainda se mantenha um elevado número de meios no local. No terreno mantêm-se 109 operacionais, auxiliados por 38 veículos e três máquinas de rasto, estando a aguardar-se a chegada de um helicóptero para alcançar os locais inacessíveis por via terrestre, disse à Lusa fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil de Trás-os-Montes, em Bragança.
O incêndio que deflagrou na terça-feira em Castro Daire alastrou a Arouca ontem à noite, criando, durante a madrugada, uma situação "gravíssima" e "incontrolável" no concelho vizinho, disseram à agência Lusa fontes municipais. As zonas apontadas como mais críticas são os núcleos habitacionais de Alvarenga, Covêlo de Paivó, Janarde e Ponte de Telhe, onde a ameaça levou a Câmara de Arouca a acionar o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil.
O coordenador municipal da Proteção Civil de Albergaria-a-Velha, João Oliveira, avançou, à agência Lusa, que o incêndio está "praticamente todo fechado" e que mais de 40 casas foram afetadas pelas chamas, com alguns reacendimentos a serem prontamente a ser combatidos pelos bombeiros (mais de 400 operacionais e 120 veículos, de acordo com a página da Autoridade Nacional da Proteção Civil). "A situação está muito mais calma", indicou, avançando também que, no Pavilhão Municipal de Albergaria-a-Velha, que foi transformado em dormitório, "já não está ninguém".
O presidente da Junta de Freguesia de Ossela, José Santos, onde, pela meia-noite, mais de 50 pessoas foram retiradas das suas habitações devido à proximidade das chamas, assegurou à Lusa que os moradores já se encontram em segurança. Alguns pernoitaram na junta de freguesia e outros já encontraram abrigo em casa de familiares, acrescentou José Santos.
Mais de 50 concelhos de nove distritos do continente - Faro, Portalegre, Santarém, Castelo Branco, Leiria, Coimbra, Guarda, Braga e Bragança - estão hoje em perigo máximo de incêndio devido ao tempo quente, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Vários concelhos de todos os distritos de Portugal continental apresentam um perigo muito elevado e elevado.
Cerca de cinco mil operacionais, apoiados por centenas de meios terrestres e 16 meios aéreos, estão, esta manhã, a combater dezenas de incêndios, no norte e centro do país, com destaque para o distrito de Aveiro, onde lavram vários fogos.
O presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, disse, durante a madrugada, à agência Lusa, que a situação do combate aos incêndios que lavram no concelho, em várias frentes, está "camplicada" e que as chamas estão "em várias frentes". De acordo com a GNR, algumas habitações na zona de Branzelo, em Melres, concelho de Gondomar, foram evacuadas e a população retirada devido à proximidade das chamas.
A presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar disse, durante a madrugada, que a "situação está a acalmar", mas que o combate aos incêndios vai depender das condições meteorológicas. Em declarações à Lusa, Ana Rita Dias avançou que os incêndios continuam ativos, apesar de "mais calmos" em Sabroso e Telões, assim como em Vilela, onde requer "mais cautela". Os dois aviões que ao final da tarde de terça-feira reforçaram o combate permitiram que a situação acalmasse, mas não impediram "a mancha que preocupava de alastrar".
Pelo terceiro dia consecutivo, as chamas consomem o norte e o centro do país. Esta quarta-feira de manhã, os incêndios em Águeda, Sever do Vouga, Castro Daire, Tábua, Oliveira de Azeméis e Albergaria-a-Velha continuam a mobilizar largas centenas de meios.
O incêndio que progrediu de Vila Pouca de Aguiar para Vila Real continua a "arder com intensidade" e ameaça casas no centro da aldeia de Vilarinho de Samardã, avançou esta quarta-feira o presidente da Câmara de Vila Real.
"Infelizmente aconteceu o que mais temíamos. O incêndio já está a descer para Vilarinho [de Samardã] em direção ao centro da aldeia. Há um conjunto de casas ameaçadas", afirmou o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos.
À Lusa, o autarca avançou que o incêndio que progrediu de Vila Pouca de Aguiar para Vila Real "arde com intensidade e avança com muita velocidade".
"Infelizmente durante a tarde não foi possível colocar meios aéreos como tinha sido solicitado", referiu, dizendo prever "uma noite muito dura".
Cerca de 6200 operacionais, apoiados por 1900 meios terrestres, continuavam, à meia-noite, a combater mais de uma centena e meia de fogos em Portugal Continental, de acordo com a Proteção Civil.
Às 0 horas de hoje estavam ativos 163 incêndios no território continental, combatidos por 6191 operacionais, segundo informação disponível no site oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Os fogos que lavram há vários dias no distrito de Aveiro continuam hoje a ser os que mobilizam mais operacionais e meios.
Mais de 50 pessoas da freguesia de Ossela, em Oliveira de Azeméis, estão a ser retiradas das suas habitações e levadas para o edifício da junta devido aos incêndios que lavram no concelho, avançou o presidente da junta.
À Lusa, o presidente da Junta de Freguesia de Ossela avançou que dezenas de pessoas das zonas de Chousal, Mosteiro e Gandara estão a ser retiradas e as habitações evacuadas dada a proximidade do fogo.
O autarca afirmou que a situação mudou rapidamente devido ao vento que se faz sentir naquele concelho do distrito de Aveiro e cujas previsões apontam que aumente a partir da 1 hora.
Algumas habitações na zona de Branzelo, em Melres, concelho de Gondomar, estão a ser evacuadas e a população retirada devido aos incêndios que lavram naquele concelho do distrito do Porto, avançou à Lusa o comando-geral da GNR.
A GNR não conseguiu, no entanto, precisar quantas habitações estão a ser esvaziadas.
Ao início da noite, o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, afirmou à Lusa que as zonas de Melres e do Covelo eram as mais preocupantes no concelho.
Ao final da tarde, Marco Martins afirmou também que a participação de meios aéreos, prevista para quarta-feira, no combate aos incêndios que lavram no concelho irá depender do comportamento do vento durante a noite.
"A participação de meios aéreos no combate às chamas na quarta-feira vai depender para onde o vento empurrar o fumo durante a noite", explicou o autarca à margem do balanço sobre a evolução dos incêndios em Gondomar.
Marco Martins referiu ainda a previsão de um comportamento positivo do vento para as próximas horas, afirmando ser "fundamental que houvesse não só em Gondomar, como em Baião, Marco de Canaveses e em Santo Tirso para os meios aéreos poderem atuar [na quarta-feira], porque eles já cá estiveram várias vezes, mas não conseguem atuar porque não têm teto nem condições de segurança".
Um incêndio que deflagrou na terça-feira, pelas 20.50 horas, numa zona de mato na freguesia de Vale de Asnes, em Mirandela, está a ser combatido por mais de 100 operacionais e tem duas frentes ativas.
Segundo o Comando Sub-Regional, o incêndio está a lavrar numa zona de mato e não coloca, para já, populações em risco, apesar do vento ser intenso naquela freguesia do concelho de Mirandela, distrito de Bragança.
O incêndio, que tem duas frentes ativas, está a ser combatido por 116 operacionais, apoiados por 37 viaturas.
O incêndio que lavra desde a manhã de hoje em Coja, no concelho de Arganil, distrito de Coimbra, entrou em resolução às 23 horas, segundo a Proteção Civil.
O fogo chegou a ter três frentes ativas e obrigou à evacuação do Centro de Recolha Animal e das aldeias de Salgueiral e Medas, cuja população, entretanto, já regressou a casa depois de terem sido garantidas as condições de segurança.
A última frente a ceder foi a que ameaçava a zona industrial de Coja.
Um total de 230 bombeiros espanhóis chegam às 3 horas de quarta-feira a Portugal para ajudar no combate aos incêndios florestais, disse à Lusa fonte oficial do Ministério da Administração Interna (MAI).
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As escolas e os jardins-de-infância do Agrupamento de Escolas de Valadares, em Vila Nova de Gaia, vão manter-se encerrados na quarta-feira na sequência da falta de qualidade do ar resultante dos incêndios que lavram na região Norte.
Numa nota publicada no Facebook, o agrupamento diz ter recebido "relatos alarmantes" dos coordenadores dos estabelecimentos de ensino, de alunos com "dores de cabeça e sintomas como falta de ar, o que tem gerado grande inquietação entre os pais e a comunidade escolar".
"A saúde e o bem-estar das nossas crianças são nossa prioridade e a situação atual é insustentável", indica.
O agrupamento acrescenta ainda ter recebido, pelas 15:00, indicação das entidades para "encerrar de imediato todas as escolas", com vista a proteger a saúde das crianças e profissionais, situação que se manterá na quarta-feira.
Questionada pela Lusa, a Câmara de Vila Nova de Gaia disse não ter determinado o encerramento de qualquer escola e discordar dessa medida.
"Apelamos a que sejam diminutas as interações de recreio, mas estamos convictos de que as crianças e os jovens estão bem protegidos na escola, não criando problemas adicionais às famílias e garantindo o devido enquadramento. Apenas se excetuam deste raciocínio se houvesse escolas com incêndios nas imediações, o que não é o caso. As escolas e os agrupamentos agiram no âmbito das suas competências, mas sem qualquer contacto, muito menos aval, da Câmara Municipal", acrescentou.
Também contactada pela Lusa, a Câmara do Porto disse não ter recomendado o encerramento de nenhum equipamento escolar, mas recomendado a permanência das crianças no interior das salas de aula, sem saídas para o recreio e a utilização de máscaras.
As atividades letivas em todas as escolas do município de Carregal do Sal, no sul do distrito de Viseu, vão manter-se encerradas na quarta-feira devido aos incêndios florestais que lavram naquela região, anunciou a autarquia.
Em comunicado publicado na sua página na rede social Facebook, a Câmara Municipal de Carregal do Sal justifica a manutenção do encerramento das escolas "em virtude dos inúmeros incêndios que continuam a deflagrar no concelho".
Na mesma nota, dirigindo-se aos encarregados de educação dos alunos do ensino pré-escolar e dos primeiro e segundo ciclos do ensino básico "que não disponham de suporte familiar para os seus educandos", o município informa que "em casos excecionais" será possibilitada a permanência das crianças e jovens nas instalações da Escola Básica Nuno Álvares.
A aldeia de Adenodeiro exige mais meios e operacionais devido às chamas que ameaçam esta e outras três aldeias de Castro Daire, disse à agência Lusa fonte dos bombeiros, confirmando que o incêndio chegou a São Pedro do Sul.
"Agora [cerca das 20.45] estamos com alguns problemas em Adenodeiro. Estamos focados e mobilizados com mais meios e operacionais em defesa das pessoas e bens", afirmou o comandante dos Bombeiros Voluntários de Farejinhas.
Horácio Ribeiro acrescentou que "a estratégia continua a ser defender pessoas e primeiras habitações, porque não há meios para combater o incêndio em si".
Em Mangualde arderam quatro mil hectares desde o início do fogo. É o maior incêndio de que há memória na região.
A Autoestrada 24 (A24), que reabriu hoje pelas 20 horas depois de encerrada ao trânsito desde segunda-feira, foi novamente encerrada nos troços entre Vila Pouca de Aguiar e Vidago e Fortunho e Vidago, adiantou a GNR.
Fonte do Comando Territorial da GNR de Vila de Real disse à Lusa que o troço da A24 entre Vila Pouca de Aguiar e Vidago foi encerrado pelas 20.50, estando já as autoridades a proceder ao encerramento do segundo troço entre Fortunho e Vidago.
Segundo a GNR, a Estrada Nacional2 (EN2) está também cortada entre Carriça e Samardã.
Um dos dois grandes incêndios que assolam Baião desde segunda-feira está "praticamente extinto" e o segundo abrandou a intensidade nas últimas horas, disse à Lusa o presidente da câmara, Paulo Pereira, lamentando os prejuízos avultados.
"A situação está mais calma, o vento abrandou e as temperaturas baixaram", assinalou o autarca.
O maior dos dois incêndios, que lavrou no sul deste concelho do distrito do Porto, a partir de Gôve, está quase extinto, esperando-se que durante a noite não resista aos meios de combate no terreno, entretanto reforçados, acrescentou.
O incêndio que lavra desde a manhã de hoje em Coja, no concelho de Arganil, distrito de Coimbra, está a dar sinais de cedência ao combate, disse à Lusa o presidente da Câmara.
Segundo Luís Paulo Costa, das três frentes de fogo que durante a tarde deram muito trabalho aos operacionais, uma está em fase de rescaldo e outra está também "razoavelmente controlada".
"Fica apenas um foco perto da zona industrial que inspira mais preocupações", disse o autarca, num balanço efetuado à agência Lusa cerca das 20:30.
A situação de calamidade, hoje decretada pelo Governo em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias, é o nível máximo de intervenção previsto na Lei de Bases da Proteção Civil.
Este nível de intervenção é declarado quando, face à ocorrência a que está associado e à sua previsível intensidade, é reconhecida a necessidade de adotar medidas de caráter excecional destinadas a prevenir, reagir ou repor a normalidade das condições de vida nas áreas atingidas pelos seus efeitos.
A situação de calamidade é aplicada em casos de catástrofes de grande dimensão e é o nível mais elevado de intervenção previsto na Lei de Bases de Proteção Civil, depois da situação de alerta e de contingência.
Segundo a Lei de Bases da Proteção Civil, a situação de calamidade pode estabelecer a mobilização civil de pessoas, por períodos de tempo determinados, e implica a ativação automática dos planos de emergência de proteção civil do respetivo nível territorial.
A declaração da situação de calamidade "legitima o livre acesso dos agentes de proteção civil à propriedade privada, na área abrangida, bem como a utilização de recursos naturais ou energéticos privados, na medida do estritamente necessário para a realização das ações destinadas a repor a normalidade das condições de vida", estipula a lei.
O trânsito na autoestrada 28 (A28) entre Apúlia (Esposende) e Póvoa de Varzim (Porto) foi restabelecido pelas 20.25, depois de ter estado cortado devido a um incêndio que deflagrou pelas 13.03 em Barqueiros, Barcelos, disse hoje fonte da concessionária.
Segundo a fonte da concessionária daquela autoestrada, o corte foi nos dois sentidos e decorreu desde às 15:20, tendo o trânsito sido desviado por estradas alternativas.
A fonte disse que o fumo está a provocar grandes problemas de visibilidade.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, prometeu mão pesada aos responsáveis pelos fogos. "Não vamos regatear nenhum esforço na ação repressiva. Não podemos perdoar a quem não tem perdão, não podemos perdoar atitudes criminosas que estão na base de muitas ocorrências", disse.
Montenegro não falava dos "criminosos que já estão detidos e vão ser julgados", mas de um combate sem tréguas aos "interesses que sobrevoam" muitas dessas ocorrências. "Não vamos largar aqueles que, em nome do interesses particular, são capazes de pôr em causa os direitos, liberdades, garantias e a vida de nossos concidadãos e empobrecer o próprio país", acrescentou o primeiro-ministro.
"Não vamos largar estes criminosos, este combate que coloca todo um país em causa", acrescentou Montenegro. O primeiro-ministro disse que tem estado em conversações com a ministra da Justiça, Rita Júdice, para abrir um diálogo com a Procuradoria-Geral da República e com as forças de investigação policial para criar um equipa especializada para investigar estes incêndios.
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Os bombeiros conseguiram dominar algumas das frentes dos quatro incêndios que lavram no distrito de Aveiro, mas a situação mantém-se complicada, apesar de as condições serem "mais favoráveis" do que na segunda-feira, informou a proteção civil. "O combate [durante o dia] foi muito profícuo. Conseguimos dominar algumas das frentes que nos causavam mais incómodos, mas continuamos com pontos de abertura muito complexos. Ou seja, zonas onde o incêndio ainda nos poderá vir a dar problemas", disse o segundo comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Mário Silvestre.
O responsável referiu ainda que nenhum destes quatro incêndios, que lavram em Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha, Oliveira de Azeméis e Águeda, se encontra em resolução, adiantando que a frente deste último é a que continua a dar "mais problemas" aos bombeiros. "A principal frente deste incêndio, neste momento, é a frente voltada a Águeda. Estamos a falar à volta de 17 quilómetros de frente. No resto do teatro de operações temos bastantes pontos quentes e algumas frentes muito partidas. O incêndio é muito rendilhado, o que nos causa sempre problemas em termos de colocação de meios", explicou o comandante.
Mário Silvestre disse ainda que ao longo do dia registaram-se reativações, em virtude quer da topografia, quer do vento que se fez sentir momentaneamente em algumas zonas.
Apesar de se esperar uma redução da temperatura durante a noite e madrugada, o que favorece o combate aos incêndios, o comandante realça que "o fator mais preponderante é o vento". "Se tivermos a velocidade do vento que tivemos ontem, temos de ter as coisas muito bem consolidadas e os flancos muito bem fechados para que não tenhamos problemas durante a noite", acrescentou.
O comandante afirmou que, ao longo do dia, tem sido feito um "refrescamento" dos recursos, ou uma "gestão de esforço", retirando alguns grupos quando perdem capacidade e colocando-os em descanso.
Mário Silva disse ainda que, neste momento, não há condições para desmobilizar ninguém, mantendo-se todo o dispositivo no terreno, que no dia de hoje foi composto por 1434 homens, apoiados por 470 veículos, 11 máquinas de rasto e cinco meios aéreos.
O comandante nacional da Proteção Civil anteviu uma "noite complicada" no combate aos incêndios, com previsões de vento forte, adiantando que até ao momento os fogos já obrigaram a realojar 62 pessoas.
"O dia de hoje foi um dia bastante difícil, com um combate muito duro, em que a prioridade foi a salvaguarda da vida das pessoas e dos seus bens e depois, à medida que foi sendo possível, foram-se consolidando trabalhos nalguns dos incêndios que estão ativos. A noite vai ser também um período complicado. É expectável que o vento continue forte do quadrante leste. Apelava a todos que se mantivessem com a calma e a tranquilidade necessárias para passar esta noite que vai ser complicada, que mais uma vez acatem as indicações das autoridades", disse André Fernandes.
O comandante nacional falava no 'briefing' de ponto de situação às 20 horas do combate aos incêndios no território continental, que assolam sobretudo as regiões norte e centro.
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse, depois do Conselho de Ministros extraordinário que presidiu, que há uma "solidariedade estratégica". "Estamos todos juntos, os portugueses, os operacionais, os autarcas, os orgãos de soberana, na mesma causa, uma causa nacional", afirmou.
O chefe de Estado garantiu ainda que concorda com as deliberações do Conselho de Ministros, boa parte dos quais são de "competência exclusiva" do Governo, não exigindo a "participação direta" do presidente da República "por não exigirem iniciativas de leis".
Um homem de 39 anos foi detido na Batalha, distrito de Leiria, suspeito do crime de incêndio florestal e que agiu motivado pelo "fascínio pelo mediatismo" dos fogos, revelou a Polícia Judiciária (PJ).
Em comunicado, a PJ, através do Departamento de Investigação Criminal de Leiria, revelou ter detido o homem "fortemente indiciado pelo crime de incêndio florestal", praticado pelas 23.30 horas de segunda-feira, na freguesa de São Mamede, no concelho da Batalha. "O suspeito, através da utilização de chama direta, usando isqueiro, ateou incêndio em floresta, em zona adjacente a habitações e a uma mancha florestal constituída por mato, pinheiros-bravos e carvalhos, colocando em perigo a integridade física e a vida de pessoas, habitações e mancha florestal de consideráveis dimensões", referiu o comunicado.
Segundo a PJ, "o incêndio não assumiu proporções mais gravosas devido à rápida e eficaz intervenção, essencialmente, de vizinhos que acorreram ao local, numa fase inicial".
Fonte da PJ disse à agência Lusa que o suspeito não tem antecedentes criminais e agiu pelo "fascínio pelo mediatismo dos incêndios".
O arguido vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para eventual aplicação de outras medidas de coação.
No domingo e na segunda-feira, a PJ e a GNR detiveram vários suspeitos de terem provocado incêndios florestais um pouco por todo o país.
O fogo que deflagrou na segunda-feira no planalto de Monforte, em Chaves, ainda lavra com alguma intensidade e avança em várias frentes que tocam diferentes localidades, disse o presidente da câmara.
Nuno Vaz disse que o vento forte representa uma grande dificuldade no combate a este fogo, cujo alerta foi dado às 15 horas de segunda-feira, e que, durante a noite, sem meios aéreos a "função dos bombeiros vai ser apenas defender as habitações".
"Não houve nenhuma casa que estivesse em risco de arder. Agora, ele esteve muito próximo de algumas habitações, particularmente na aldeia de Faiões", referiu o autarca, que salientou que este incêndio "tem várias frentes que tocam diferentes localidades".
Durante a tarde de hoje operaram dois aviões neste fogo e, pelas 20 horas, segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estavam mobilizados 93 operacionais e 30 viaturas.
Esta vai ser, segundo adiantou, uma noite de vigília, expectativa e de muito trabalho para os bombeiros e sapadores florestas que estão no terreno. "As chamas têm alguma dimensão, porque está a arder pinhal, apesar de ser um pinhal ordenado", referiu.
O primeiro-ministro decretou a situação de calamidade em todos os municípios afetados. Segundo Montenegro, isto vai permitir que a equipa multidisciplinar coordenada pelo ministro adjunto e da Coesão Territorial ofereça o "apoio mais imediato e emergente àqueles que não têm alojamento para os próximos dias e àqueles que ficaram sem se alimentar".
O governo está a trabalhar com as CCDR e com o INE para elencar todos os prejuízos que estão a ser causados para que a resposta possa ser o mais rápida possível.
"Sabemos que há pessoas impedidas de trabalhar, empresas inibidade de poder produzir. Sabemos que as portuguesas e os portuguesas e as empresas são elementos de bravura e merecem dos poderes públicos e do governo respostas céleres", continuou. "Deliberámos regimes excecionais para que todos os funcionários da administração pública possam estar disponíveis para ajudar os bombeiros na luta que travam por nós".
Montenegro acrescentou que será acionado o fundo de solidariedade europeu se vierem a confirmar-se o requisitos para isso.
Ao início da manhã desta terça-feira, os moradores de Jovim, em Gondomar, acordaram com as chamas de um incêndio que se alastra desde ontem. Com baldes e mangueiras saíram à rua para combater o fogo, que já cercava as habitações. As horas na freguesia têm sido assustadoras, complicadas e de aflição.
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Cerca de 6200 operacionais, apoiados por 1900 meios terrestres e 38 meios aéreos, combatiam às 18.40 horas desta terça-feira os 172 incêndios ativos em Portugal Continental, de acordo com a Proteção Civil.
Os fogos que lavram há vários dias no distrito de Aveiro são os que mobilizam mais operacionais e meios, segundo informação disponível no site oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
O incêndio que deflagrou no domingo, pelas 15 horas, no concelho de Oliveira de Azeméis, estava a ser combatido às 18.40 horas de hoje por 425 operacionais, apoiados por 155 meios terrestres e sete meios aéreos. Já o incêndio que deflagrou às 7.20 horas de segunda-feira em Albergaria-a-Velha mobilizava às 18.40 horas de hoje 394 operacionais, assistidos por 125 meios terrestres. Não muito longe, em Sever do Vouga, mantinham-se ativos às 18.40 horas de hoje dois incêndios. O fogo que deflagrou às 2.17 horas de domingo estava a ser combatido por 191 operacionais, apoiados por 61 meios terrestres, já o que teve início pelas 15 horas do mesmo dia, mobilizava 293 operacionais, apoiados por 94 meios terrestres.
No distrito de Viseu são três os fogos que mobilizam mais operacionais e meios. O fogo que lavra em Nelas desde as 11.53 horas de segunda-feira era combatido às 18.40 horas de hoje por 325 operacionais, apoiados por 91 meios terrestres e um meio aéreo. Já o incêndio que começou pelas 21.30 horas de segunda-feira em Castro Daire mobilizava às 18.40 horas de hoje 183 operacionais, assistidos por 48 meios terrestres e cinco meios aéreos. O fogo de Penalva do Castelo, que deflagrou às 0.15 horas de segunda-feira, era combatido às 18.40 horas de hoje por 166 operacionais, apoiados por 46 meios terrestres e três meios aéreos.
No distrito de Coimbra, os incêndios que deflagraram em Arganil e Tábua são os que mobilizam mais operacionais e meios. O fogo que começou às 10.39 horas em Tábua era combatido oito horas depois por 234 operacionais, apoiados por 74 meios terrestres e um meio aéreo. Já o que começou às 11.39 horas em Arganil era combatido às 18.40 horas por 217 operacionais, apoiados por 64 meios terrestres e quatro meios aéreos.
Mais a Norte, no distrito do Porto, o incêndio que deflagrou pelas 13 horas de segunda-feira em Gondomar era, às 18.40 horas de hoje, combatido por 218 operacionais, assistidos por 51 meios terrestres. Ainda no Porto, o fogo que começou em Paredes pelas 5.20 horas de hoje, mobilizava às 18.40 horas 121 operacionais, apoiados por 40 meios terrestres.
O fogo que lavra em Vila Pouca de Aguiar, no concelho de Vila Real, desde as 7.36 horas de segunda-feira, era combatido às 18.40 horas por 119 operacionais, apoiados por 36 meios terrestres e dois meios aéreos.
Por sua vez, o primeiro-ministro Luís Montenegro agradeceu a solidariedade estratégia do presidente da República. Montenegro reiterou o pesar pela morte de "três bravos bombeiros" e expressou gratidão "por aqueles que estão ainda no terreno a proteger as pessoas e o património dos portugueses".
"Não vamos baixar os braços e vamos usar toda a nossa capacidade no teatro das operações. A situação de alerta espelha a vontade do governo em não substimar a situação. Vamos dar tudo o que temos e pedir ajuda aos nosso parceiros e amigos para reforçar a segurança das pessoas e do património", assegurou o primeiro-ministro.
A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) manifestou solidariedade para com as vítimas dos incêndios e alerta para a necessidade de tomar medidas para reforçar a prevenção e evitar "tragédias futuras".
Em comunicado, a CAP manifestou a "sua plena e profunda solidariedade" para com as vítimas dos incêndios que deflagram na região norte e centro e "o seu agradecimento e apoio" a todos os que combatem os fogos, desde bombeiros, Proteção Civil, forças de segurança ou sociedade civil.
A confederação diz ainda que "vive com apreensão" estes "trágicos incêndios", que não são "apenas um problema que afeta exclusivamente o mundo rural e o interior", mas "um problema nacional, que também afeta áreas urbanas e industriais".
"O Governo, por isso, além de endereçar respostas concretas a esta situação em particular, tem também, forçosamente, que priorizar a prevenção. Para que situações como a que o país vive atualmente não se repita no futuro", alerta a CAP.
O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, Emílio Torrão, manifestou "o mais profundo pesar" pelo falecimento dos três bombeiros da corporação de Vila Nova de Oliveirinha, em Tábua, a caminho dos incêndios.
"Neste momento de pesar, endereçamos os nossos sentidos pêsames aos familiares, amigos, ao corpo de Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Oliveirinha e a todos os bombeiros e agentes da proteção civil que combatem neste preciso momento e sempre, os incêndios em Portugal", refere uma nota de imprensa da CIM dxa Região de Coimbra.
Emílio Torrão, também presidente da Comissão Sub-Regional de Gestão Integrada de Fogos Rurais da Região de Coimbra e da Câmara de Montemor-o-Velho, sublinhou, no comunicado, que aproveita para "reconhecer publicamente o trabalho desempenhado diariamente por todos os agentes de proteção civil no combate aos incêndios rurais".
A Autoestrada 24 (A24), que se encontrava fechada ao trânsito desde segunda-feira devido ao incêndio que lavra em Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real, foi reaberta durante a tarde, informou a GNR.
Em Vila Real, a via que liga Viseu a Chaves, encontrava-se encerrada entre o nó de Vila Pouca de Aguiar e São Tomé do Castelo.
A Autoestrada 1 (A1), que liga Lisboa ao Porto, foi reaberta ao trânsito na zona de Aveiro, onde lavram vários incêndios, disse à Lusa fonte oficil da GNR às 19.48 horas de hoje.
Dois aviões reforçaram ao final da tarde desta terça-feira o combate aos incêndios que lavram em Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real, disse à agência Lusa a presidente da Câmara.
"Estão a fazer descargas em pontos de incêndio que estariam altos para evitar a propagação para junto das aldeias. Não foi aqui, mas estão a ser úteis da mesma forma nos outros pontos do concelho para que também se consigam concentrar meios e colmatar os incêndios que estão maiores", afirmou Ana Rita Dias.
A autarca falava à agência Lusa, pelas 19 horas, em Vilela da Cabugueira, aldeia onde estão concentrados meios de prevenção por causa do incêndio que deflagrou em Sabroso e Aguiar e queimou pinhal pela encosta acima.
Os incêndios de Cabeceiras de Basto e Póvoa de Lanhoso, distrito de Braga, preocupam a Proteção Civil por haver casas na linha de fogo e pelo risco de propagação a uma mancha florestal contígua de vários hectares.
Num balanço feito à agência Lusa, pelas 18.50 horas, o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Ave contou que o incêndio que deflagrou na noite de segunda-feira nas freguesias de Gondiães e Vilar de Cunhas, em Cabeceiras de Basto, chegou a cercar a aldeia de Samão, obrigando os moradores a refugiarem-se num abrigo previamente definido no âmbito do Programa Aldeias Seguras.
Rui Costa acrescentou que os populares continuam confinados a esse abrigo e que só vão regressar às respetivas habitações quando estiverem reunidas as condições de segurança.
Pelas 19 horas, este incêndio estava a ser combatido por 63 operacionais apoiados por 26 viaturas.
O outro incêndio que preocupa a Proteção Civil na região do Ave é o que lavra desde as 16.20 horas de segunda-feira, e que teve início em Rendufinho, Monte de S. Mamede, estando, pelas 19 horas, a ser combatido por 62 operacionais apoiados por 19 viaturas.
De acordo com o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Ave, o incêndio que já atingiu a Serra de São Mamede, Geraz do Minho e Sobradelo da Goma, à semelhança do fogo em Cabeceiras de Basto, tem casas na linha de fogo e um elevado potencial de desenvolvimento e propagação.
"Estes incêndios são preocupantes por terem casas na linha de fogo, pois trata-se de casas dispersas pelas zonas da mancha florestal, o que complica o combate às chamas. Por outro lado, têm um potencial de desenvolvimento para se propagarem a uma mancha florestal contígua de vários hectares", sublinhou Rui Costa, dando conta da possibilidade de o incêndio da Póvoa de Lanhoso passar para concelhos vizinhos.
A principal preocupação "é a proteçao das habitações" que estão na linha de fogo, disse ainda este responsável da Proteção Civil, antevendo mais uma noite e uma madrugada de combate às chamas e de preocupação para as populações.
O comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Ave disse que há ainda incêndios ativos na região, nos concelhos de Fafe e de Guimarães.
Um total de 277 incêndios rurais deflagraram na segunda-feira em Portugal, o dia com mais fogos este ano, indicou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Segundo a ANEPC, destes 277 incêndios, 40 duraram mais de 90 minutos e transformaram-se em grandes incêndios e 54 passaram para o dia de hoje.
Os 277 fogos foram combatidos, ao longo do dia de segunda-feira, por 6358 operacionais e 1740 viaturas terrestres, avançou a Proteção Civil.
A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN) manifestou pesar pelas vítimas dos incêndios, pedindo um reforço dos meios de combate.
Em comunicado, a CGTP "manifesta o seu pesar pela perda de vidas humanas" e lamenta "a destruição provocada no território, em infraestruturas e habitações" provocada pelos incêndios que deflagram na região norte e centro do país, apelando ainda para que "sejam garantidos todos os meios para o reforço ao combate aos incêndios e a salvaguarda das populações".
"Num quadro em que persiste e se intensifica o abandono do território, com uma crescente desertificação e o desinvestimento na prevenção e limpeza, urge que se tome medidas para uma verdadeira prevenção dos incêndios", acrescenta a central sindical, referindo também que "urge promover uma política que garanta a coesão territorial, mas também a coesão social, a valorização do trabalho e dos trabalhadores, desde logo dos bombeiros e todos os profissionais envolvidos no combate aos incêndios".
Nos últimos 44 anos morreram em serviço 254 bombeiros, incluindo os quatro que morreram nos últimos três dias no combate aos incêndios florestais, segundo a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).
Os dados enviados à Lusa indicam que o ano com o maior número de bombeiros mortos foi em 1985, com 19 óbitos, dos quais 14 ocorreram num incêndio em Armamar, no distrito de Viseu.
Em sentido contrário, a LBP refere que, nas últimas quatro décadas, 2019 foi o único ano de exceção, não tendo contabilizado qualquer morte.
Desde janeiro deste ano até agora já foram registadas cinco mortes, das quais quatro aconteceram entre domingo e hoje.
Três incêndios lavram na tarde desta terça-feira em Amarante, no distrito do Porto, em zonas distintas do concelho, com várias frentes, algumas das quais próximas de zonas residenciais, segundo a proteção civil municipal.
Os dois principais incêndios lavram nas zonas da serra da Aboboreira e de Vila Meã, ambos os casos com áreas residenciais nas proximidades.
Fonte da proteção civil disse à Lusa que os meios de combate são insuficientes e têm estado concentrados junto às zonas com casas e empresas, tendo já acontecido "situações muito complicadas" desde a madrugada de hoje. "O vento está imprevisível e projeta o fogo em várias direções. Isto torna a situação muito difícil", contou.
O incêndio na zona da Aboboreira, que deflagrou às 2.55 horas, compreende as freguesias de Carneiro, Carvalho de Rei, Bustelo, Gouveia e São Simão, sendo combatido às 18.45 horas por 46 bombeiros e 18 viaturas. O incêndio na zona de Vila Meã, cujo alerta foi dado às 10.47 horas, já atingiu as localidades de Travanca, Mancelos, Figueiró e Oliveira, que são densamente povoadas. Oliveira era, às 18.45 horas, a zona mais preocupante. Também ali, segundo a fonte, os bombeiros têm procurado proteger as pessoas e os seus bens, estando no terreno 38 bombeiros, apoiados por 16 viaturas. Um terceiro incêndio, já controlado, na zona da Chapa, Vila Garcia e Aboim, provocou estragos nas antigas instalações de uma empresa e esteve muito próximo de habitações.
O funeral do bombeiro de São Mamede de Infesta que morreu no domingo no combate ao incêndio em Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, vai ter lugar na quarta-feira, informou, esta terça-feira, a corporação.
Amanhã, as escolas de Mangualde vão continuar encerradas devido aos incêndios. Pelas 10.30 horas, o presidente da autarquia local terá uma reunião com o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida.
Neste momento, há em Mangualde uma frente de fogo ativa, que afeta as localidades de Freixiosa e Espinho. A A25 continua fechada em Chãs de Tavares.
Com a falta de meios no terreno, os populares estiveram, ao longo do dia, no terreno a tentar proteger as habitações. Vários cidadãos acabaram por ser retirados de casa, ficando temporariamente em lares e salões de juntas de freguesia. A maioria já regressou.
O incêndio que deflagrou na segunda-feira em Soutelo, Castro Daire, está com "várias frentes ativas" em direção aos municípios vizinhos de São Pedro do Sul e Viseu, com aldeias em risco, disse à agência Lusa fonte dos bombeiros.
"Neste momento [cerca das 17.30 horas], estamos com várias frentes ativas numa boa parte do concelho. Temos frentes ativas em direção ao concelho de São Pedro do Sul e de Viseu", sublinhou o comandante dos Bombeiros Voluntários de Farejinhas, Castro Daire.
Horácio Ribeiro referiu ainda à agência Lusa que, "tendo em conta os parcos meios" existentes e disponíveis, "a única coisa possível de fazer é defender pessoas e primeiras habitações". "Não conseguimos fazer mais nada. Não conseguimos ainda fazer um ataque ao incêndio em si, porque são projeções de 70 a 80 quilómetros hora, com vento muito irregular", afirmou.
O responsável disse ainda que estão, atualmente, "aldeias em risco como é o caso de Moledo, Granja, Folgosa, Alva e Souto de Alva e ainda Ribolhos".
Este fogo, com origem pelas 21.23 horas de segunda-feira, em Soutelo, freguesia de Mões, mobilizava, pelas 17:30, 186 operacionais, apoiados por 48 veículos e seis meios aéreos.
Na mesma ocasião, o Comando Sub-regional Viseu Dão Lafões mobilizava para o fogo que eclodiu pelas 11:53 de segunda-feira no Folhadal, concelho de Nelas, mobilizava 338 operacionais, apoiados por 94 veículos e cinco meios aéreos.
Este incêndio de Nelas alastrou aos concelhos vizinhos de Carregal do sal, distrito de Viseu, e aos municípios de Tábua e Oliveira do Hospital, do distrito de Coimbra,
Continua ativo o incêndio que deflagrou em Miuzela, concelho de Penalva do Castelo (distrito de Viseu), pelas 0.15 horas de segunda-feira, que se propagou ao concelho vizinho de Mangualde, mobilizando 162 operacionais com 46 veículos.
Segundo o Comando Territorial de Viseu da Guarda Nacional Republicana (GNR), estão cortadas ao trânsito, devido aos incêndios, as seguintes vias em Castro Daire: A24, entre Mamouros e Viseu, EN2, entre Mamouros e Ribolhos e EN228, entre Fermontelos e Figueiredo de Alva.
No distrito de Viseu estão ainda cortadas a A25, entre Mangualde e Chãs de Tavares, o Itinerário Complementar 12 (IC12) em Nelas e Carregal do Sal e as EN 16, 231 e 329, em Mangualde, Nelas e Penalva do Castelo.
Os meios de combate ao incêndio que lavra em Aguiar de Sousa, em Paredes, foram reforçados e está ser montado um posto de comando no local para tentar controlar à noite as várias frentes ativas, segundo a proteção civil. "Neste momento [cerca das 17.30 horas], os meios foram reforçados e estão no terreno, coordenados por um posto de comando em Aguiar de Sousa. Esperemos que, durante a noite, com a esperada descida da temperatura, se consiga controlar o incêndio de grande dimensão, disse à Lusa o vereador da proteção civil na Câmara de Paredes, Francisco Leal.
O responsável indicou que, nesta fase, os meios estão colocados no terreno, sobretudo preocupados em proteger as populações próximas das frentes do incêndio, admitindo que a situação continua muito complicada. O vento forte, que projeta as chamas a grandes distâncias em diferentes direções, tem sido o principal obstáculo no combate ao incêndio que deflagrou às 5.21 horas na zona de Sobreira, Paredes, no distrito do Porto.
O incêndio que deflagrou, ao início da tarde, em Barqueiros, Barcelos, numa zona de mato, junto à Zona Industrial de Laundos, na Póvoa de Varzim, está em fase de rescaldo e a A28 já reabriu ao trânsito.
A Ordem dos Enfermeiros emitiu esta terça-feira uma nota de pesar pela morte da bombeira Sónia Cláudia Melo, enfermeira no Hospital da Fundação Aurélio Amaro Diniz, em Oliveira do Hospital.
"A Sónia era um exemplo de dedicação, não só como enfermeira, mas também como cidadã ao serviço da proteção dos outros. A sua coragem e altruísmo são inspiradores para todos nós. O seu legado perdurará na memória de todos que tiveram o privilégio de a conhecer", pode ler-se no comunicado.
A eurodeputada do CDS, Ana Pedro, pediu hoje à Comissão Europeia que ativasse Fundo de Solidariedade da União Europeia (UE) para apoio financeiro face aos danos causados pelos fogos em Portugal, solicitação apoiada por outras bancadas parlamentares.
"Queria aproveitar para anunciar que irei pedir à Comissão Europeia que avalie a extensão dos danos e o impacto também na economia para que Portugal possa aceder ao Fundo de Solidariedade, especialmente no norte onde o fogo tem sido cada vez mais intenso e as chamas cada vez mais difíceis de combater", declarou Ana Pedro, em declarações aos jornalistas portugueses à margem da sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo.
O presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil do Porto, Marco Martins, criticou, em Gondomar, o Governo pela falta de resposta ao pedido de apoio para o combate aos incêndios, apelando a que olhe para o distrito.
Em declarações à Lusa à margem do ponto de situação dos incêndios que lavram em Gondomar, concelho a que preside, Marco Martins deu conta que os meios que estão no terreno estão exaustos e que o reforço que existia foi colocado nos fogos na região Centro.
Questionado se tinha pedido reforço de meios, o autarca respondeu: "já fiz o pedido enquanto presidente distrital da Proteção Civil, aliás estou à espera, nem sei se o Governo ainda existe".
"Ninguém do Governo me contactou até este momento, e isto não tem a ver com política, porque trabalhei com governos do PS e o do PSD de Passos Coelho e sempre tive contactos. Até este momento, não obstante já ter enviado mensagens à ministra [da Administração Interna], ninguém do Governo, secretário de Estado me contactou", acrescentou. Para Marco Martins, "o Governo tem de olhar também para o distrito do Porto".
Os três bombeiros que morreram esta terça-feira em Tábua estavam a combater o fogo. Os dois elementos que sobreviveram estavam dentro da viatura quando a tragédia aconteceu, contou, consternado, o presidente da direção dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Oliveirinha.
O incêndio que lavra em Penafiel, no distrito do Porto, desde segunda-feira e que chegou a pôr casas em risco, na última noite, entrou em fase de rescaldo, disse à Lusa fonte da proteção civil.
Segundo a fonte, o incêndio começou na zona das Termas de São Vicente, atingindo grande intensidade, evoluindo para territórios vizinhos. No terreno encontravam-se ainda, pelas 17.30 horas, 53 bombeiros e 15 viaturas.
Também em Penafiel, na zona de Capela/Lagares, outro incêndio rural preocupa os meios da proteção civil devido à velocidade de propagação, provocada pelos ventos fortes, que está a acontecer em direção ao concelho vizinho de Paredes. Neste caso, porém, não há ainda residências em risco, porque as chamas consomem zonas de mato.
Ainda em Penafiel, noutra extremidade do concelho, deflagrou por volta do meio-dia, em Abragão, um incêndio nas proximidades de habitações.
A proteção civil local queixa-se que os meios de combate são insuficientes para tantas ocorrências em simultâneo.
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) vai condecorar os quatro bombeiros que morreram no combate aos incêndios - um da corporação de São Mamede de Infesta, falecido no passado domingo, e três que morreram esta terça-feira em Tábua - com a medalha de dedicação e altruísmo.
A LBP pediu ainda que as bandeiras da liga fosse colocada a meia haste até aos funerais das vítimas.
O Hotel Rural Vale do Rio, que domingo foi evacuado devido ao incêndio em Oliveira de Azeméis, cancelou todas as reservas até quinta-feira, estando entretanto a recuperar danos causados pelo fumo e a dar dormida a bombeiros.
Essa unidade hoteleira não foi atingida pelo fogo que lavra desde domingo naquele concelho do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto, mas toda a floresta contígua - que era um dos seus pontos-fortes na atração de turistas - está destruída, identificando-se nas estradas em redor ainda colunas de fumo a elevar-se da terra queimada e pontos de fogo nos tocos de árvores mais grossos.
"Estamos a remarcar todas as reservas até quinta-feira, até porque é impossível receber hóspedes. Além de eles terem dificuldade em cá chegar, com tantas estradas cortadas, ainda há muito fumo lá fora e cinza a voar", declarou à agência Lusa a diretora do hotel, Rita Alves.
A mesma responsável disse que a unidade não sofreu estragos físicos, mas realçou que o interior do hotel denuncia efeitos do incêndio: "Cá dentro também cheira a fumo e nem podemos abrir as janelas para arejar porque senão ainda é pior, com a entrada de mais fumo e cinzas também".
Enquanto aguarda que o incêndio seja extinto e que as condições atmosféricas reponham alguma normalidade na paisagem, a equipa do hotel continua a molhar paredes exteriores, telhados e jardins, avançando também com a lavagem de cortinas e pequenas operações de limpeza que possam adiantar sem risco de as ver desperdiçadas por eventuais reacendimentos na zona.
Se no domingo os camiões-cisterna dos bombeiros entraram na propriedade para se abastecerem de água diretamente a partir do rio Caima, agora que o rio já não tem caudal suficiente para isso o hotel procura ajudar de outra forma. "Pusemos alguns quartos à disposição dos bombeiros, que vêm cá dormir umas horas, tomar café e comer fruta", contou Rita Alves.
O resto é esperar pela chuva. "Os bombeiros já nos disseram que, se não começar a chover, estas terras aqui à volta podem continuar a arder durante semanas", lamentou Rita Alves.
Os autarcas de Vila Real e de Vila Pouca de Aguiar reclamaram o apoio dos meios aéreos para combater o incêndio que atravessou os concelhos, estradas e ameaçou casas de várias aldeias.
"Este fogo começou em Vila Pouca de Aguiar, já galgou para o concelho de Vila Real, ultrapassou a autoestrada, estradas nacionais. Nós solicitamos atempadamente meios aéreos, acho que era a forma mais eficiente e eficaz de parar este incêndio. Infelizmente, durante todo este dia, este incêndio não teve qualquer apoio de meios aéreos", afirmou Rui Santos, presidente da Câmara de Vila Real.
Rui Santos realçou que, por mais esforços que os operacionais façam, não conseguem parar a força do fogo, sobretudo por causa do vento e das suas mudanças repentinas. "O vento é forte, intenso e não há qualquer meio aéreo, e eu pedi esses meios aéreos por escrito e, para já, não obtive qualquer resposta", afirmou, mostrando-se preocupado porque, se não for travado nesta zona, o fogo pode prosseguir até ao Parque Natural do Alvão.
A presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Ana Rita Dias, disse que o concelho mantém esta tarde situações complicadas devido aos três fogos que já deflagraram na segunda-feira.
As situações complicadas verificam-se a norte, na zona de Sabroso de Aguiar, na Freiria, já na freguesia de Vila Pouca de Aguiar, no Alvão e em Covelo. "Lamentavelmente acabo de falar com o senhor comandante regional que me diz que o meu território terá a intervenção quando chegar o momento dele. Eu não sei qual é o momento, deve ser quando isto estiver tudo em cinzas e a população toda em pânico. Será o momento da intervenção quando estivermos todos em estado de sítio", afirmou Ana Rita Dias.
A autarca disse não ter recebido qualquer justificação para que não tenham sido acionados meios aéreos para este teatro de operações. "Estávamos a aguardar os meios aéreos há duas horas quando nos disseram que vinham para aqui, mas qual o nosso espanto quando eles realmente vieram para esta zona, mas para foi para Chaves", afirmou.
Depois de passar por Covelo, o incêndio que deflagrou em Vila Pouca de Aguiar aproxima-se da Samardã, Vila Real, onde populares regam e limpam terrenos à volta das casas e recolhem as vacas para o centro da aldeia.
O fogo teve início pelas 18.30 horas de segunda-feira, em Vreia de Jales, concelho de Vila Pouca de Aguiar, mas desceu a montanha, entrou na aldeia de Zimão, passou por Gralheira, Tourencinho e hoje chegou a Covelo, onde foram retiradas três pessoas por precaução.
Em Covelo uma frente de grande dimensão ameaçou a aldeia, bombeiros e população protegeram as casas, mas as projeções arrastadas pelo vento forte levaram o fogo para o outro da Estrada Nacional 2(EN2), já no concelho de Vila Real, onde pelas 15.30 horas se aproximava da aldeia da Samardã.
Nesta localidade, a agência Lusa observou populares a limpar mato de perto das casas, a regar na envolvente das habitações com mangueiras e um produtor a retirar vacas do curral para o centro da aldeia.
São já conhecidas as identidades dos três bombeiros que morreram, ao início da tarde desta terça-feira, quando combatiam um fogo em Tábua, na região de Coimbra. Os três pertenciam à corporação de Vila Nova de Oliveirinha. Sónia Melo tinha 36 anos, Susana Carvalho tinha 44 anos e Paulo Santos tinha 38.
O presidente da Assembleia da República manifestou profunda consternação pelos incêndios no centro e norte do país, expressou condolências pelas sete vítimas mortais, mas, para já, não antecipou qualquer mudança na agenda parlamentar.
José Pedro Aguiar-Branco falava aos jornalistas após ter recebido em audiência na Assembleia da República o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes. "Temos assistido com grande consternação às várias situações que têm ocorrido no país, com consequências de perdas materiais e de vidas humanas", afirmou o presidente da Assembleia da República.
Na freguesia de Ossela, que esta madrugada foi uma das mais afetadas pelo incêndio que lavra desde domingo em Oliveira de Azeméis, pedem "uma medalha" para o jovem serralheiro que andou a apagar mato e assim salvou várias casas. José Santos é o presidente da Junta de Freguesia de Ossela e foi o primeiro a dizer hoje à agência Lusa o que pensava de Fernando Tavares e do seu trator Lamborghini: "O rapaz merece uma medalha de mérito municipal. Andou horas e horas de trator a assapar o mato, salvou a casa dele, a dos pais e a dos avós, e ainda ajudou muitas outras pessoas em volta, ao apagar o fogo nos terrenos mais próximos".
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Oito quintas situadas na encosta do rio Mondego em Oliveira do Hospital estão a ser evacuadas devido ao aproximar das chamas do incêndio que teve início em Nelas, disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara.
Segundo Francisco Rolo, o incêndio que entrou "pouco depois das 14 horas" em Oliveira do Hospital, teve início em Folhadal, concelho de Nelas, distrito de Viseu, e alastrou para Carregal do Sal, também distrito de Viseu, e Tábua, no distrito de Coimbra. "O incêndio atravessou o rio Mondego, pela ponte da Atalhada e agora está a subir a encosta. Estamos a reforçar os meios de combate para evitar que se propague no nosso concelho e estamos a evacuar as quintas da encosta", adiantou o autarca.
Francisco Rolo disse que existem naquela encosta "oito quintas, estão todas a ser evacuadas", o que perfaz "cerca de 20 pessoas, que estão a ser encaminhadas para o ponto de abrigo preparado em Fiais da Beira", na sede da União Fialense. Segundo o autarca, "as pessoas que ali habitam há algum tempo são todas estrangeiras, nomeadamente de origem irlandesa, inglesa e holandesa".
A noite não deu descanso aos moradores de várias localidades do distrito de Aveiro. "Foi um inferno", descreveu, ao JN, António Fortuoso, morador em Fial, no concelho de Albergaria-a-Velha, um dos muitos que passou a noite e a manhã desta terça-feira a apagar reacendimentos e novos focos de incêndio.
Os bombeiros conseguiram controlar as chamas às portas da localidade de Branzelo, em Melres, Gondomar e o fogo está a seguir em direção a Aguiar de Sousa, em Paredes, onde um incêndio causou o pânico esta terça-feira de manhã.
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Um violento incêndio deflagrou, ao início da tarde, em Barqueiros, Barcelos, numa zona de mato, junto à Zona Industrial de Laundos, na Póvoa de Varzim. As chamas estão a deixar muito preocupados os donos das empresas instaladas naquele parque industrial, entre as quais está a gigante espanhola do retalho Mercadona e a conserveira “A Poveira”.
O alerta caiu no quartel dos Bombeiros da Póvoa pouco depois das 13 horas. No local estão 56 operacionais e 19 viaturas das corporações da Póvoa de Varzim e de Barcelinhos. A A28, que liga Viana ao Porto, foi cortada nos dois sentidos entre a Póvoa de Varzim e Esposende.
O vento é, por agora, o maior inimigo dos bombeiros e, naquela zona, há já estradas municipais cortadas à circulação.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que na região norte e centro, atingida pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 47.376 hectares.
As zonas mais afetadas localizam-se na Região de Aveiro, Tâmega e Sousa e Viseu Dão Lafões, que totalizam 47.376 hectares de área ardida, 75% da área ardida em todo o território nacional.
A Associação Académica de Coimbra (AAC) anunciou o lançamento de uma campanha de recolha de bens de primeira necessidade para bombeiros e autoridades que estão na linha da frente do combate aos incêndios.
"A solidariedade e a entreajuda são princípios fundamentais da nossa Academia. Em momentos críticos como este, é essencial que nos unamos em prol daqueles que mais precisam. Apelamos à colaboração de todos para que esta ação tenha o maior impacto possível", afirmou o presidente da Associação Académica de Coimbra, Renato Daniel.
O reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira, determinou o cancelamento da sessão de receção aos novos estudantes da Universidade do Porto, prevista para esta quarta-feira, no Jardim da Cordoaria, por respeito às vítimas dos incêndios que lavram por todo o país e, também, pelo fumo que invade a cidade.
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O comandante nacional de emergência e proteção civil prevê para hoje uma tarde e madrugada com horas "difíceis e complicadas" no combate aos incêndios, considerando a "situação complexa" e "extrema em alguma áreas afetadas pelo fogo".
"Apelo a todos que mantenham a calma durante a tarde de hoje a madrugada vão ser horas difíceis e complicadas no âmbito do combate aos incêndios", disse André Fernandes, na conferência de imprensa realizada na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para fazer um ponto de situação dos fogos que lavram no norte e centro do país.
"Neste momento de grande consternação e luto, o Ministério da Administração Interna quer endereçar sentidas palavras de solidariedade e os mais sinceros sentimentos às três
famílias enlutadas, aos amigos, a toda a corporação de Vila Nova de Oliveirinha e a todos os bombeiros e agentes da proteção civil que combatem neste preciso momento e sempre, os incêndios em Portugal", pode ler-se num comunicado enviado às redações.
Alguns concelhos do país têm, esta terça-feira, parte ou a totalidade das escolas encerradas. A decisão é tomada localmente pela Proteção Civil em articulação com as autoridades de saúde pública.
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O acesso à serra de Santa Luzia, em Viana do Castelo, está condicionado por causa do estado de alerta. A estrada principal que liga a cidade e o santuário está aberta à circulação, mas na área florestal dez pontos de acesso estão interditos, para reforçar a prevenção de incêndios. A aldeia de S. Mamede, isolada no alto da serra, está "em segurança".
O fogo que lavra na serra de Santa Iria está a descer em direção a Melres, em Gondomar. Os bombeiros já estão na linha das casas, preparados para proteger as habitações mais próximas. Uma parte da serra pertence a Sarnada, em Paredes, onde também há vários focos de incêndio.
A Proteção Civil identificou os três bombeiros da corporação de Vila Nova de Oliveirinha que morreram, nesta terça-feira, no combate a um incêndio, em Tábua. São eles Sónia Cláudia Melo, Paulo Jorge Santos e Susana Cristina Carvalho.
Diretor do departamento de Ciências Florestais e Arquitetura Paisagista da UTAD, Domingos Lopes, avisa que não chega planificar. "É urgente assumir que o território não são fogos", frisa o engenheiro florestal.
Leia a entrevista completa AQUI
Imagens captadas, entre segunda e terça-feira, por um satélite da NASA mostram uma grande nuvem de fumo que se prolonga dos vários focos de incêndio até ao Oceano Atlântico. O distrito de Aveiro é o mais afetado. Lei mais AQUI.
Uma equipa que se a bordo de um dos dois Canadair espanhóis que estão em Sever do Vouga a combater as chamas partilhou imagens áreas impressionantes do incêndio. "Estamos convosco", escreveram no vídeo partilhado no Instagram.
Só em três dias já morreram sete pessoas, dos quais quatro são bombeiros, nos incêndios que lavram no Norte e Centro. É preciso recuar ao ano de 2020 para termos um registo tão negro de mortalidade por fogos em Portugal. Desde o ano 2000, as chamas já mataram, pelo menos, 262 pessoas entre civis e operacionais.
As seguradoras estão a monitorizar a evolução dos incêndios em Portugal, com empresas como a Fidelidade e a Allianz a ativar medidas de emergência, de acordo com informações recolhidas pela agência Lusa.
A Allianz indicou à Lusa que "acionou de imediato as medidas necessárias para minimizar os impactos desta situação junto dos seus clientes", sendo que estas incluem a "abertura de linhas de emergência para participação de sinistros com disponibilidade 24/7" [24 horas/7 dias] e a "alocação de equipa de gestão de sinistros especializada para este evento, de maneira a garantir a regularização célere dos processos e um acompanhamento próximo face à necessidade do momento".
A seguradora decidiu também avançar com a "ativação de atendimento de urgência no 'contact center', para apoio e esclarecimento a todos os contactos", e a "deslocação aos locais afetados de técnicos dedicados a este acontecimento, para apoio imediato aos clientes".
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, convocou o Conselho de Ministros para reunir extraordinariamente, esta terça-feira às 18 horas, para analisar "toda a situação relativa aos incêndios e às suas consequências".
A reunião vai ser presidida pelo presidente a República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Um minuto de silêncio vai ser hoje cumprido antes do encontro entre o Sporting e o Lille, da Liga dos Campeões de futebol, em memória das vítimas dos incêndios que atingiram Portugal desde domingo, anunciou hoje o clube português.
"Antes do apito inicial do jogo de hoje contra o LOSC Lille, vai ser cumprido, no Estádio José Alvalade, um minuto de silêncio em homenagem às vítimas", lê-se numa mensagem dos 'leões', que defrontam os franceses a partir das 20 horas, em jogo da primeira jornada da 'Champions'.
Veja as imagens AQUI.
Luís Montenegro cancelou hoje toda a sua agenda como primeiro-ministro e adiou o Congresso do PSD, previsto para o próximo fim de semana em Braga.
A informação foi avançada à Lusa por fonte do executivo e acontece depois de o primeiro-ministro já ter cancelado a agenda de segunda-feira e de hoje para acompanhar, em permanência, a evolução do combate aos incêndios.
Numa mensagem partilhada há minutos, o presidente da República diz que "está profundamente consternado" com a morte de três bombeiros em Tábua, "expressando as suas mais sentidas condolências aos familiares, bem como à Corporação dos Bombeiros de Oliveirinha".
O primeiro-ministro expressou também "profunda consternação" pela morte "destes três heróis que deram a vida pela defesa de Portugal e dos Portugueses". "A maior homenagem que lhes podemos prestar é continuar a lutar, como eles fizeram", lê-se na mensagem divulgada pelo gabinete do primeiro-ministro.
O Zoo Santo Inácio, em Vila Nova de Gaia, foi hoje encerrado devido ao fumo provocado pelos incêndios em curso na zona Norte do país, situação que vai ser reavaliada na quarta-feira, foi hoje anunciado.
A decisão foi anunciada nas redes sociais e confirmada à Lusa por fonte do zoológico.
Os incêndios que lavram com intensidade na área Metropolitana do Porto tinham já levado a Câmara de Vila Nova de Gaia a encerrar, na segunda-feira, o Parque Biológico.
A má qualidade do ar fruto dos incêndios em curso na região levaram a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte a recomendar "cuidados especiais" à população, alertando a situação deverá manter-se durante os próximos dias.
A Quinta das Luzes, em Gondomar, está rodeada pelo fogo desde o início desta manhã. Os moradores acordaram com as chamas que já ameaçavam chegar às casas. Com baldes e mangueiras uniram-se no combate ao fogo. Os bombeiros só conseguiram chegar perto das 13 horas. Atualmente, o incêndio está controlado. Enquanto uns combatem o fogo, outros moradores distribuem água e comida aos vizinhos e aos bombeiros.
O Hospital de Aveiro está, esta terça-feira, a receber "um número muito elevado" de utentes com sintomas provocados pelo fumo dos incêndios, nomeadamente crianças. As equipas do serviço de urgência foram reforçadas para dar resposta à procura. Várias regiões estão sob nuvem de fumo e há vários riscos para a saúde.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil lamentou, esta terça-feira, a morte de "três dos seus mais nobres cidadãos", numa referência aos bombeiros da corporação de Vila Nova de Oliveirinha, que morreram no combate a um incêndio em Tábua.
O Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil do Porto foi ativado hoje na sequência da “grave situação” desencadeada pelos incêndios florestais que estão em curso nos concelhos de Baião, Paredes, Santo Tirso e Gondomar, informou hoje a Proteção Civil.
A informação foi avançada pelo presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil e presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, que reuniu hoje aquele organismo de emergência devido à gravidade da situação na Área Metropolitana do Porto.
“Vai ser ativado o Plano Distrital de Proteção Civil devido à situação preocupante em concelhos Baião, Paredes, Santo Tirso e Gondomar. Não há meios, não há meios de reforço já. Os bombeiros estão há mais de 24 horas no terreno, estão esgotados, e os meios aéreos não podem atuar por causa do fumo”, adiantou em declarações à Lusa.
Neste momento, avançou ainda Marco Martins, há várias autoestradas e a Linha do Douro está interrompida desde Marco de Canaveses até à Régua.
Três bombeiros morreram, ao início da tarde desta terça-feira, quando combatiam um fogo em Tábua, na região de Coimbra.
O carro em que os operacionais dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Oliveirinha seguiam avariou na frente de incêndio. Dos cinco tripulantes, dois conseguiram fugir, mas três foram apanhados pelas chamas.
Um dos bombeiros falecidos é irmão do comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Oliveirinha.
O presidente da Câmara de Gondomar disse hoje que "está contida" a propagação para a área urbana do incêndio no concelho que mobiliza, neste momento, 230 operacionais, 52 veículos e um meio aéreo, mas admitiu que em Melres, a situação não está controlada.
Num primeiro balanço, à saída da reunião da Comissão Distrital de Proteção Civil do Porto, entidade a que preside, Marco Martins admitiu que o incêndio, que lavra desde segunda-feira em Gondomar, esteve descontrolado, tendo "descambado completamente" em poucas horas.
"Em Gondomar, a situação descambou completamente no dia de ontem [segunda-feira]. Teve início às 12:30 de ontem [segunda-feira] e às 14:30 já estava completamente descontrolado. Neste momento, naquilo que é a propagação para área urbana, está contido, mas na zona alta, em Melres, a situação está ainda por controlar", avançou.O autarca assegurou ainda que "todos os meios disponíveis" estão no terreno, com a exceção dos meios aéreos que devido ao fumo não podem levantar.
"Nós tivemos já o helicóptero de Baltar (Paredes) de manhã que não conseguiu levantar, os alfas que vieram. Enquanto o fumo não levantar, é impossível", lamentou.
O fecho de escolas na zona alta do concelho, o impedimento de circulação na via rápida e um novo fogo, em Melres, marcam hoje o início do segundo dia de incêndios em Gondomar que obrigaram ainda, ao início da manhã, à retirada vários idosos suas casas em Covelo.
A situação ocorreu no lugar de Serra, num local onde, na altura, não havia bombeiros a combater o incêndio e visou proteger os idosos do avanço das chamas do fogo que na última madrugada chegou por Aguiar de Sousa, no concelho de Paredes, a Branzelo, em Gondomar.
No lugar há cerca de 50 casas rodeadas por um pinhal.
A25 - dois sentidos
A1 - dois sentidos
A13 - Coimbra
IC2 - Nó com A25
A24 - Castro Daire
A43 - Gondomar
Há 65 fogos em curso, com 24 ocorrências significativas, neste momento em Portugal, revela a Proteção Civil.
As zonas com mais incidência:
Alto Tâmega e Sousa
Alto Barroso
Dão Lafões
Coimbra
Antre AM Porto e Aveiro
Os moradores de Jovim estão a queixar-se defalta de água. Relatam que a água foi cortada em algumas zonas já esta segunda-feira e acabaram por ter que recorrer aos tanques que usam para agricultura. Também em Gondomar, na freguesia de Melres, os moradores de Branzelo relatam que o fogo está a aproximar-se das casas e que não há meios de socorro disponíveis para o combate às chamas.
O ministro da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, assegurou hoje que cabe ao Governo ajudar os municípios a resolver os problemas imediatos das populações que foram afetadas pelos incêndios e, posteriormente, os relacionados com infraestruturas.
"O nosso grupo não tem a missão de combater incêndios, isso é tarefa a cargo da Proteção Civil e do Ministério da Administração Interna. Estamos aqui para ajudar a resolver os problemas das pessoas que já foram vítimas de incêndio. Há problemas de natureza imediata, de emergência, temos de garantir que ninguém fica sem comer, sem cama para dormir, sem roupa, sem um tostão no bolso e, depois, problemas de médio prazo, que queremos que seja de curto prazo, para recuperar infraestruturas, casas ardidas, empresas e postos de trabalho", afirmou Castro Almeida.
Os quatro grandes incêndios que lavram hoje no distrito de Aveiro têm um perímetro de aproximadamente 100 quilómetros e consumiram até ao momento uma área de 10 mil hectares de floresta, informou a proteção civil.
A informação foi avançada pelo segundo comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, Mário Silvestre, durante um briefing realizado pelas 10.45 horas, no posto de comando distrital, em Oliveira de Azeméis.
O comandante começou por explicar que a operação de combate aos quatro incêndios em Águeda, Albergaria-a-Velha, Sever do Vouga e Oliveira de Azeméis foi avocada pelo Comando Nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Dois aviões Canadair da frota dos bombeiros italianos estão a caminho de Portugal para ajudar no combate aos incêndios. As aeronaves, operadas pela empresa Avincis em Itália, deverão chegar esta tarde de terça-feira à Base Aérea de Monte Real, em Leiria. Leia mais AQUI.
Noite de pânico para os bombeiros e residentes de Ribeira de Fráguas, Albergaria-a-Velha. A exaustão fez-se sentir, enquanto chamas incessantes cercaram habitações e dificultaram a deslocação.
A população de Branzelo, em Melres, está apreensiva com o aproximar das chamas à aldeia.
Uma equipa de 22 bombeiros Sapadores do Porto foram deslocados para zonas urbano-florestais de Vale de Cambra e Gondomar, para proteger habitações e indústrias, disse à Lusa o comandante Carlos Marques, da Proteção Civil Municipal.
"Neste momento temos fora cinco viaturas e 22 bombeiros, dos quais três viaturas e 14 bombeiros em Gondomar e em Vale de Cambra duas viaturas e oito bombeiros", disse à Lusa o tenente-coronel Carlos Marques.
De acordo com o responsável, em causa está a "proteção dos aglomerados populacionais e também de zonas industriais" no chamado "interface urbano-florestal".
"Nós não fazemos combate a incêndios florestais propriamente ditos, fazemos a defesa dos aglomerados populacionais e zonas industriais", algo que irá acontecer em "Gondomar, na Foz do Sousa, aldeia do Covelo".
Vários idosos foram retirados, cerca 9:15, das suas casas em Covelo, no concelho de Gondomar, pela GNR, devido ao avançar de um incêndio, testemunhou a Lusa no local.
A situação ocorreu no lugar de Serra, num local onde, na altura, não havia bombeiros a combater o incêndio e visou proteger os idosos do avanço das chamas do fogo que na última madrugada chegou por Aguiar de Sousa, no concelho de Paredes, a Branzelo, em Gondomar.
No lugar há cerca de 50 casas rodeadas por um pinhal, estando o combate a ser feito pelos moradores.
"A nossa principal preocupação é defender as habitações", referiu o comandante dos Sapadores à Lusa.
Nos locais de ocorrências, as populações devem "respeitar as autoridades que estão no local".
"Se as autoridades estão a mandar evacuar uma aldeia ou o que quer que seja, as pessoas têm que respeitar e abandonar as suas habitações, porque a sua própria segurança está em primeiro lugar", reforçou.
Os Sapadores do Porto garantem que, apesar da deslocação de meios para outros concelhos, está garantido pessoal para "o socorro ao município do Porto, porque continua a haver ocorrências".
O incêndio que lavrava desde a manhã de segunda-feira e que atingiu três casas na freguesia de Riodouro, em Cabeceiras de Basto, já entrou em conclusão, mas há outro fogo “complicado” a ser combatido neste momento.
O restaurante Tasca da Tita, que celebrava hoje cinco anos, fechou para os clientes, de forma a poder servir uma refeição aos bombeiros e forças de segurança que estão neste momento empenhados no combate às chamas em Gondomar.
O fogo em Jovim, em Gondomar, está a alastrar, esta terça-feira, da zona do Intermarché em direção à marginal do rio Douro. O céu está coberto por um manto de fumo intenso.
No lugar da Vessada, as chamas ameaçam habitações e os moradores estão a tentar proteger as casas com mangueiras. Alguns moradores mais velhos e crianças já foram retirados de casa, por iniciativa de vizinhos.
As escolas do concelho de Baião não abriram esta manhã de terça-feira devido aos incêndios que lavram no concelho e à ativação do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil. Há várias estradas cortadas e pelo menos uma dúzia de casas arderam.
Depois de um momento de maior aflição, os moradores da aldeia da Sarnada, em Paredes, estão agora um pouco mais tranquilos, apesar de em redor verem a aldeia "rodeada de fogo". A maior parte das pessoas concentraram-se no largo da capela da aldeia, "de vigilância para ver como tudo evolui", contou ao JN Paulo Santos, que ao início da manhã dava conta que tinha recebido ordem da GNR para preparar as malas.
"As pessoas estão de mangueiras na mão" e as autoridades cortaram o acesso à zona de cima da aldeia, a zona de Cruzes. Paulo não tem dúvidas de que foi "fogo posto". Conta que acordou às 5 horas da manhã, com um telefonema de um amigo que se encontra a viver na Alemanha e que queria saber como estavam todos. Viu o início do incêndio "numa zona onde não mora ninguém".
Uma casa de primeira habitação, várias arrumações agrícolas e um veículo dos bombeiros foram destruídos pelo fogo que atinge o concelho de Penalva do Castelo desde segunda-feira, disse à agência Lusa o presidente da Câmara.
"Do que já foi possível contabilizar, temos uma casa de primeira habitação que ardeu, de uma família de quatro pessoas, um casal e dois filhos, que, felizmente, tem possibilidade de se alojar noutra habitação", disse Francisco Carvalho.
À agência Lusa, o autarca do Município de Penalva do Castelo disse ainda que "há várias arrumações de alfaias agrícolas que também arderam, mas ainda não é possível contabilizar" o restante.
"Os Bombeiros de Penalva do Castelo também estão desfalcados em meios, porque ardeu um veículo e já hoje ficaram dois avariados", acrescentou.
Francisco Carvalho disse que, "até agora, Penalva do Castelo era um oásis na região" e, desta vez, "está tudo queimado".
Na segunda-feira, "já se tinha contabilizado 240 hectares de área ardida, mas o número, com certeza, já subiu".
Francisco Carvalho disse ainda à agência Lusa que "hoje de manhã foi ativado o plano de emergência de proteção civil".
Este incêndio começou em Miuzela, alastrou ao concelho vizinho de Mangualde e está no alinhamento do concelho de Nelas, disse o presidente da Câmara de Mangualde, que lamentou a existência de quatro aldeias em risco.
Marco Almeida especificou que as localidades de Mourilhe, Mesquitela, Fundões e Cunha Baixa "estão na linha de fogo" e "o esforço que está a ser feito é na proteção dessas localidades".
"Está muito vento e infelizmente os recursos são bem inferiores às necessidades, apesar de ter chegado um reforço do Algarve. Mas os meios aéreos estão com muita dificuldade por causa do fumo e do vento", disse Marco Almeida.
O presidente das Freguesias de Campo e Sobrado negou hoje à Lusa culpas no incêndio de segunda-feira, em Valongo, pelo qual foi constituído arguido pela Polícia Judiciária pelo uso de uma roçadora de disco, proibida quando há alerta vermelho. Leia mais AQUI.
O ar na zona do Grande Porto continua irrespirável, o que fez com que muitos cidadãos tenham recuperado as máscaras cirúrgicas usadas durante a pandemia para se protegerem da má qualidade do ar. Na imagem, transeuntes no centro do Porto.
O Comandante dos Bombeiros de Arcos de Valdevez, Filipe Guimarães, fez ontem um desabafo na sua página de Facebook, sobre o que considera ser o “enorme ‘terrorismo’ dos incêndios florestais”.
“Hoje [ontem] é mais um daqueles dias com um misto de emoções e sentimentos que me deixam envergonhado, triste, desiludido mas principalmente revoltado”, escreveu aquele responsável, numa publicação acompanhada por uma imagem do mapa dos incêndios em Portugal.
“Que país é este? Que criaturas são capazes de espalhar este terror? O que vai na cabeça destas criaturas?”, questionou, informando que, na altura, estavam ativos seis incêndios naquele concelho e adiantando que “a imensa lista de incêndios e consolidações de rescaldo deste ano já ultrapassa as 340 intervenções”.
Na página oficial de Facebook dos Bombeiros de Arcos de Valdevez, foi também feita uma publicação esta terça-feira de manhã, dando conta da atividade da corporação agosto:
177 incêndios florestais, 280 ocorrências de emergência pré hospitalar, 16 acidentes de viação
1965 operacionais envolvidos e 673 alertas.
Sobre o assunto que domina a atualidade, o Comandante Filipe Guimarães, escreve:
“Um cumprimento muito honroso a todos os bombeiros de Portugal e às restantes entidades, que tudo tem feito para combater este enorme “TERRORISMO” dos incêndios florestais”.
Dez incêndios estão a ser combatidos ou em vigilância esta terça-feira de manhã, na região do Alto Minho. Segundo fonte da Proteção Civil, estão no terreno 110 operacionais com 35 veículos.
Em curso estão incêndios em Arcos de Valdevez; em Ponte de Lima, numa zona próxima ao parque industrial de Gemieira; em Sampriz, Ponte da Barca, e em Castro Laboreiro, Melgaço. Estão ainda em fase em conclusão outros quatro incêndios e um em vigilância.
As autoridades estão em alerta máximo face às condições meteorológicas “preocupantes”.
As chamas atingem, na manhã desta terça-feira, a zona de Mourisca do Vouga, Arrancada e A-dos-Ferreiros, no concelho de Águeda, mas apesar de estar perto de habitações e de uma IPSS, o fogo está "controlado". "Não há necessidade de evacuação", esclareceu Edson Santos, vice-presidente da Câmara de Águeda.
Hoje as escolas estão fechadas, uma vez que há dificuldades de deslocação e o "ar está irrespirável em algumas zonas", acrescentou o autarca.
Ontem ao final da noite e durante a madrugada desta terça-feira houve "casas, de primeira habitação e de férias, e barracões que arderam" na zona norte do concelho, referiu ainda Edson Santos, sem conseguir quantificar. "Não há a lamentar feridos graves", havendo apenas registo de "um bombeiro que se magoou, mas sem gravidade", acrescentou.
O Canil Intermunicipal da Associação de Municípios das Terras de Santa Maria, em Oliveira de Azeméis, conseguiu retirar segunda-feira os seus 170 cães para acolhimento temporário noutros locais antes de o fogo chegar a Ossela, onde ameaçou várias casas. Leia mais AQUI
Fogo cresceu com o vento ao longo da madrugada e não deu descanso à população nem aos bombeiros. Noite foi de sobressalto constante em Albergaria, com as chamas a bater à porta das casas.
A Estrada Nacional 108 foi cortada, esta terça-feira de manhã, entre a Rua Rei dos Congros, em Gondomar e a barragem de Crestuma, devido ao incêndio que lavra deste ontem na zona de Jovim e que alastrou à de Ferreirinha.
Paulo Santos, morador na aldeia de Sarnada, em Aguiar de Sousa, está neste momento a guardar em malas os pertences. Recebeu ordem para sair de casa da GNR, juntamente com o filho, a mulher e os sogros. Na aldeia, localizada num vale entre duas serras, a das Flores e de Santa Iria, vivem-se momentos de aflição. "Sou da área do vídeo e da fotografia, estou a pegar em todos os discos para salvaguardar os trabalhos com os meus clientes", afirma ofegante. A GNR ordenou a evacuação da aldeia devido ao agravamento do incêndio em Paredes, que já obrigou a cortar a A41.
Vários idosos foram retirados, cerca 9.15 horas, das suas casas em Covelo, no concelho de Gondomar, pela GNR, devido ao avançar de um incêndio, testemunhou a Lusa no local.
A situação ocorreu no lugar de Serra, num local onde, na altura, não havia bombeiros a combater o incêndio e visou proteger os idosos do avanço das chamas do fogo que na última madrugada chegou por Aguiar de Sousa, no concelho de Paredes, a Branzelo, em Gondomar.
O fecho de escolas na zona alta do concelho, o impedimento de circulação na via rápida e um novo fogo, em Melres, marcam hoje o início do segundo dia de incêndios em Gondomar, disse à Lusa o vice-presidente da câmara.
Segundo Luís Filipe Araújo, a situação mais preocupante é agora a da zona de Branzelo, em Melres, com "uma frente de incêndio que chegou de madrugada proveniente de Aguiar de Sousa [concelho de Paredes] e que se junta à que desde segunda-feira lavra em Jovim".
"Há pequenos reacendimentos em vários pontos, nos casos de São Pedro de Cova e da Foz do Sousa, além de que está vento muito forte e prevemos que assim irá manter-se", acrescentou o autarca.
Todos os estabelecimentos de ensino do Agrupamento de Escolas À Beira Douro (Jardim de Infância (JI) Branzelo, JI Chães, JI Cimo de Vila, JI Vila Cova e JI Zebreiros e Escola Básica (EB) Branzelo, EB Carvalho, EB Chães, EB Cimo de Vila e EB Zebreiros e Escola Básica e Secundária à Beira Douro) vão estar encerrados durante o dia de hoje, terça-feira, dia 17.
- Com exceção da Escola Secundária de Gondomar, todos os estabelecimentos de ensino do pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico do Agrupamento de Escolas n.1 de Gondomar (Jardim de Infância (JI) Atães, JI Gens, JI Jancido, JI Outeiro, JI Ribeira e JI Trás da Serra e Escola Básica (EB) Atães, EB Gens, EB Jancido, EB Jovim e Foz do Sousa e EB Outeiro) vão estar encerrados durante o dia de hoje, terça-feira, dia 17.
- Dois estabelecimentos de ensino do Agrupamento de Escolas Júlio Dinis– Escola Básica (EB) Aguiar (1.º ciclo e pré-escolar) e EB Ramalde (1.º ciclo) – vão continuar encerrados durante o dia
A Polícia judiciária (PJ) e a GNR detiveram nas últimas 48 horas, pelo menos, mais três suspeitos de terem ateado fogos florestais, que consumiram centenas de hectares, em Alvaiázere e Pombal, no distrito de Leiria, e em Condeixa-a-Nova, no distrito de Coimbra. Leia mais AQUI
Há vários pavilhões afetados pelas chamas na Zona Industrial de Talhadas, em Sever do Vouga, disse, esta manhã, o presidente da Câmara, Pedro Lobo. "Foi uma coisa de minutos. O fogo foi ateado numa zona, depois subiu a encosta e penso que as fábricas terão ficado muito danificadas", explicou, assegurando que houve "mão humana" a atear este fogo, cerca das 1.30 horas desta terça-feira.
"Na véspera, já tínhamos tido um fogo provocado por mão humana, tínhamos inclusive descoberto seis barris que continham gasolina. No caso de Talhadas, foi claramente mão humana", sublinhou. A situação é "muito preocupante, há focos de incêndio por todo o concelho", acrescentou Pedro Lobo. Desde que as chamas atingiram, ontem, o concelho, já arderam algumas "casas de primeira habitação", disse, sem quantificar.
Depois de uma segunda-feira de “inferno” em que quatro bombeiros ficaram feridos e uma casa ardeu, a população de Macinhata da Seixa, em Oliveira de Azeméis, vive momentos de alguma tranquilidade. Teme-se que o aumento da velocidade do vento, esta manhã, traga reacendimentos.
O JN apurou que a noite “foi relativamente tranquila” em Oliveira de Azeméis, particularmente na freguesia de Macinhata da Seixa.
As chamas ameaçaram várias casas, mas, com exceção da que ardeu no dia de ontem, nenhuma outra foi atingida.
Nesta terça-feira, a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis fez saber que, ao contrário do que aconteceu ontem, não irá prestar mais informação sobre a situação no terreno. Informação que, adianta a Câmara Municipal, fica a cargo do comando nacional.
Um incêndio de grandes dimensões está ativo desde as cinco horas da madrugada desta terça-feira, em Aguiar de Sousa, no concelho de Paredes, e obrigou já ao corte da A41.
As chamas estão a deflagrar numa zona de monte, próximo de fábricas e habitações, que já tiveram que ser evacuadas devido à dimensão do incêndio.
No combate às chamas estão envolvidos mais de 70 bombeiros, apoiados por 24 veículos.
O agrupamento de escolas D. Pedro I, em Vila Nova de Gaia, vai ordenar que as crianças permaneçam no interior durante os intervalos devido às condições do ar.
O F. C. Porto emitiu, esta terça-feira, uma nota de solidariedade para com todos aqueles afetados pela mais recente vaga de incêndios que tem afetado o país. Os azuis e brancos enaltecem, ainda, a coragem dos bombeiros e referem que estão disponíveis para "auxiliar quem mais necessita".
"O F. C. Porto está solidário com a população afetada pelos incêndios que têm vindo a afetar as zonas Norte e Centro do país, particularmente o distrito de Aveiro e os concelhos de Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga, onde os bombeiros portugueses continuam a demonstrar uma coragem sem limite no combate às chamas que devastam a região", pode ler-se na mensagem.
Perante a dimensão e as consequências deste problema, o emblema portuense demonstra-se apto para prestar auxílio, deixando, por fim, uma palavra especial a quem enfrenta as chamas.
"Num momento tão complicado para tanta gente, o clube tem acompanhado a situação com muita consternação e mostra-se disponível para auxiliar quem mais necessita. Aos heróis no combate às chamas, o F. C. Porto envia uma mensagem de força e um agradecimento pela bravura", terminam.
A Câmara de Sintra estendeu a interdição de acesso à Serra de Sintra até quinta-feira, estendento a situação de alerta no município até ao mesmo dia. Também os monumentos que se encontram nas zonas florestais vão permanecer encerrados, nomeadamente: o Parque e Palácio Nacional da Pena, Castelo dos Mouros, Santuário da Peninha, Convento dos Capuchos, Chalet da Condessa D'Edla, Parque e Palácio de Monserrate e Quinta da Regaleira.
A autarquia explica, em comunicado divulgado esta manhã, que tendo em conta o elevado número de visitantes que o espaço recebe, é fundamental garantir a proteção das pessoas.
Além da interdição de acesso às zonas de floresta a Câmara informa também que não é permitida a realização de trabalhos em espaço rural com equipamentos como motorroçadoras, corta-matos e destroçadores, motosserras ou rebarbadoras.
Ricardo Costa rumava a Lisboa quando foi surpreendido pelo incêndio em Sever do Vouga. Leia mais AQUI.
A Autoridade Nacional de Proteção Civil emitiu várias recomendações sobre o que fazer em caso de incêndio e também como agir para se proteger da exposição ao fumo.
O Comando Nacional da Proteção Civil vai fazer um ponto de situação dos incêndios no país pelas 13 horas. À semelhança do que aconteceu esta segunda-feira, André Fernandes, dará conta dos incêndios que mais preocupam as autoridades e mobilizam meios hoje. Há várias estradas que continuam cortadas no centro do país. A Norte, há focos de incêndio em Gondomar e Paredes, depois de uma noite que não deu tréguas aos bombeiros.
De baldes de água nas mãos, a população de Sarnada, em Paredes, tenta combater as chamas que se aproximam das suas habitações.
A A41 está cortada em vários pontos, incluindo na zona de Gondomar, devido aos incêndios. Nas redes sociais, há imagens de automobilistas a fazer inversão de marcha.
Meios insuficiente, terrestres e aéreos, e o vento forte são as grandes preocupações sentidas hoje no combate aos três incêndios rurais que "estão descontrolados" no concelho de Vila Pouca de Aguiar, disse o comandante dos bombeiros locais.
"Temos três incêndios ativos, todos eles descontrolados, sem meios suficientes, e não há previsão de meios para aqui", afirmou Hugo Silva à agência Lusa, referindo-se a operacionais e a meios aéreos.
Num ponto de situação feito pelas 8.30 horas, o responsável disse que foi pedido um reforço de meios, mas estes "não estão disponíveis".
"E a situação de hoje é muito mais grave do que a de ontem, porque a área ardida é extensa, há frentes a arder livremente sem meios de combate, sem meios para pôr no terreno, e os meios que cá estão já estão cá há mais de 24 horas em trabalho", afirmou.
Hugo Silva frisou ainda que a prioridade dos bombeiros no terreno é o combate "junto às casas".
Os incêndios lavram desde segunda-feira neste concelho de Vila Pouca de Aguiar e foram progredindo ao longo do dia em Bornes de Aguiar, Telões e Vreia de Jales.
O comandante descreveu situações mais preocupantes devido à proximidade do fogo nas aldeias de Vila Meã, onde se verificam muitas reativações, e ainda em Outeiro, Souto, Tourencinho e Zimão.
A PJ deteve, ontem, uma mulher, de 47 anos, pela presumível autoria de seis crimes de incêndio florestal, ocorridos nos dias 12, 13, 15 e 16 deste mês, nas localidades de Sebal e Condeixa-a-Nova.
A suspeita, explica a PJ em comunicado, ateou os incêndios na floresta, em zona com vasta mancha florestal, povoada com mato e pinheiro bravo, confinante com a zona urbana, colocando em perigo a integridade física e a vida de pessoas, de habitações e da mancha florestal com centenas de hectares.
Os incêndios acabaram por não assumir proporções mais gravosas devido à rápida e eficaz intervenção dos populares, dos bombeiros e meios aéreos.
O incêndio que começou às 16 horas de segunda-feira nos arredores da cidade de Coimbra entrou hoje de manhã em fase de resolução, de acordo com a Proteção Civil.
Às 9 horas, a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil dava nota da entrada em resolução daquele incêndio, que, ainda assim, continua sob vigilância, com mais de três centenas de bombeiros, um meio aéreo e 100 viaturas.
Na noite de segunda-feira, o comandante sub-regional da Proteção Civil da Região de Coimbra, Carlos Luís Tavares, mostrou-se otimista e explicou que o incêndio deveria ser controlado durante a noite, o que acabou por acontecer.
No final da tarde de segunda-feira, houve várias habitações em perigo, mas não há registo de danos consideráveis, nem vítimas.
O multiusos de Gondomar, em São Cosme, que ontem serviu para acolher crianças e idosos retirados de escolas e lares, vai ser hoje um "restaurante improvisado" para as centenas de operacionais no terreno, revela o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins.
A estrada Nacional 2 (EN2) reabriu hoje entre Pedras Salgadas e Vila Pouca de Aguiar, concelho onde permanece cortada a Autoestrada 24 até São Tomé do Castelo, devido aos incêndios rurais, segundo a GNR.
O fogo que deflagrou pelas 07:30 de segunda-feira em Bornes de Aguiar obrigou, ao final da tarde, ao corte da EN2 entre as vilas de Vila Pouca de Aguiar e Pedras Salgadas, troço que entretanto reabriu ao trânsito.
Uma idosa de 83 anos que tinha a casa numa zona de fogo em Almeidinha, Mangualde, morreu durante a noite de doença súbita, confirmou hoje à Lusa fonte da Proteção Civil, elevando para quatro o número total de vítimas mortais dos incêndios.
Segundo fonte do Comando Sub-Regional Viseu Dão Lafões, a habitação não ardeu.
A morte desta idosa eleva para quatro o número de mortos nos incêndios rurais que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país e que provocaram ainda 40 feridos.
Na segunda-feira as autoridades tinham anunciado duas mortes no contexto dos incêndios: uma pessoa carbonizada e outra que sofreu um ataque cardíaco.
Na noite de domingo tinha igualmente morrido um bombeiro de doença súbita quando combatia as chamas em Oliveira de Azeméis.
O presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, admitiu pedir às autoridades “o estado de contingência ou até de calamidade", face aos incêndios que assolam este concelho do distrito do Porto.
O autarca, enquanto presidente da Proteção Civil Municipal, já havia ativado o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil (PMEPC) de Baião, às 13 horas de segunda-feira, o que permitiu, por exemplo, a evacuação preventiva de vários locais em situação de risco iminente. O PMEPC permite também uma maior mobilização de meios.
Admite-se que uma dúzia de casas, algumas que poderão ser de primeira habitação, tenham sido destruídas pelo fogo.
A área já consumida pelas chamas já terá ultrapassado os 700 hectares espalhados por freguesias como Santa Leocádia, Grilo, Ancede e Ribadouro, etc.
A1 - Sul/Norte - Entre Aveiro Sul e Albergaria
A25 - Corte total entre Angeja e Reigoso (Viseu) e entre Mangualde e Chãs de Tavares
EN16 - Corte total entre Cacia e Sever do Vouga
EN234 - Corte total entre Canas de Senhorim e Oliveirinha
IC12 - Corte total desde as EN234 até Carregal do Sal
EN16 - Corte total entre Mangualde e Chãs de Tavares
A24 - Corte total entre Castro Daire e nós de Arcas/Mamouros e entre o nó de Samardã e Vila Pouca de Aguiar
EN2 - Corte total entre Covelo e Pedras Salgadas e entre o nó de Carrica e o o nó de Tourencinho
EN103 - Corte total entre Assureira e Águas Frias
A13 - Corte total entre Coimbra e nó da A13-1 em Condeixa
EN17 - Condicionada
A43, em Gondomar, também se encontra cortada nos dois sentidos.
Um incêndio lavra, esta manhã, no concelho de Paredes e está a deixar a população preocupada, já que existem casas nas proximidades. A apreensão da população é sentida particularmente na zona de Sarnada.
A Estrada Nacional 2 (EN2) reabriu entre a Carrica e Vila Pouca de Aguiar, mas permanece cortada até Pedras Salgadas, assim como a Autoestrada 24 até São Tomé do Castelo devido aos incêndios.
O fogo que deflagrou na zona de Vreia de Jales desceu a montanha até às aldeias de Zimão, Gralheira e Tourencinho, obrigando ao corte da EN2, entre Carrica e a vila sede de concelho, troço que, entretanto, reabriu ao trânsito.
Fonte da GNR disse à Lusa que, desde o final da tarde, também se encontram cortados ao trânsito a EN2 entre Vila Pouca de Aguiar e Pedras Salgadas e a Autoestrada 24 (A24), entre os nós de Vila Pouca de Aguiar e de São Tomé do Castelo, já no concelho de Vila Real.
Mais de cinco mil operacionais apoiados por 1600 viaturas estão esta terça-feira, ao início da manhã, a trabalhar e missões de socorro, principalmente no combate aos incêndios que estão ativos no centro e norte do país.
Segundo a Proteção Civil, os incêndios mais significativos são em:
Cabeceiras de Basto
Vila Pouca de Aguiar
Paço de Ferreira
Nelas
Oliveira de Azeméis
Gondomar
Fundão
Castro Daire
Santa Maria da Feira
Penalva do Castelo
Sever do Vouga
Albergaria
Chaves
Arcos de Valdevez
Póvoa de Lanhoso
Mais de uma centena de concelhos sobretudo das regiões Norte e Centro mantêm-se hoje em perigo máximo de incêndio devido ao tempo quente, segundo o IPMA, que colocou oito distritos do continente sob aviso amarelo.
Em perigo máximo de incêndio estão mais de 100 concelhos dos distritos de Faro, Portalegre, Castelo Branco, Santarém, Leiria, Coimbra, Guarda, Aveiro, Viseu, Porto, Bragança, Vila Real, Viana do Castelo e Braga.
Vários concelhos de todos os distritos de Portugal continental apresentam um perigo muito elevado e elevado de incêndio, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Este risco, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo. Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.
A temperatura máxima mais elevada prevista para hoje será alcançada em Santarém com 35 graus, seguida de Évora, Beja, Setúbal, Lisboa com 34, Leiria com 33 e 31 em Coimbra e Braga.
Por causa do calor, o IPMA emitiu aviso amarelo para os distritos do Porto, Setúbal, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga, pelo menos até às 18:00 de hoje.
O aviso amarelo é emitido quando há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
Na segunda-feira, o IPMA indicou em comunicado que o índice meteorológico de perigo de incêndio calculado diariamente, que reflete a severidade meteorológica na propagação dos incêndios rurais, tem apresentado valores extremos, comprovando a adversidade das condições meteorológicas atuais.
Segundo o IPMA, a severidade meteorológica irá manter-se extremamente elevada” hoje e quarta-feira, em grande parte do território, em especial nas regiões do Norte e Centro, onde o PIR [perigo de incêndio rural] continuará a situar-se nas classes mais elevadas de perigo: elevado, muito elevado ou máximo”.
O território do continente tem estado, desde sábado, “sob a influência de um fluxo de leste, que se intensificou” na segunda-feira e que se “manterá intenso” hoje, “nas regiões do Norte e Centro”.
Fogo cresceu com o vento ao longo da madrugada e não deu descanso à população e aos bombeiros. Histórias de quem não quer perder uma guerra desigual.
Sozinha em casa, Idalina Tavares, 70 anos, está fechada à noite a ver televisão. O dia de fogo em Albergaria, concelho onde vive, é notícia de proximidade. E quando nos toca não vemos mais nada. Nem ouvimos. Mesmo que seja o queimar do inferno à porta, em Fradelos, um dos lugares que o fogo engoliu na madrugada desta terça-feira, a primeira noite sem dormir de Albergaria.
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Vários meios dos bombeiros estão no combate às chamas na A43, junto ao nó de Gondomar Este. A estrada D. Miguel, que liga São Pedro da Cova a Jovim, segue cortada.
O incêndio que lavra nos arredores da cidade de Coimbra desde as 16.18 está quase dominado e já não coloca casas em perigo, disse o comandante sub-regional da Proteção Civil da Região de Coimbra.
Num ponto de situação feito à agência Lusa, às 21.45, Carlos Luís Tavares adiantou que o combate ao incêndio estava "a correr de forma muito favorável" e que as chamas estavam "quase dominadas".
"Só se for o vento a criar surpresas", frisou o comandante, salientando que as previsões apontam para um aumento da velocidade do vento.
Nesta fase, também já não existem casas em perigo, como aconteceu ao final da tarde, em que habitações das localidades de Carvalhosas e Lagoas estiveram ameaçadas, com os operacionais nos locais a conseguirem garantir a sua proteção.
Dezenas de carros estão a ser retirados dos stands de automóveis localizados na rotunda que faz a ligação a Foz do Sousa. Largas dezenas de populares estão a acorrer ao local do incêndio, estacionando as viaturas na beira da estrada, como é visível no último vídeo.
Populares juntaram-se aos bombeiros e militares da GNR para ajudar a combater o incêndio que entrou pela aldeia de Zimão, em Vila Pouca de Aguiar, onde esta noite arderam quatro casas, uma habitada, e foram retirados idosos.
"A situação está complicada, já esteve mais. Houve muitas projeções, projeções de centenas de metros, e as faúlhas propagaram-se e chegaram às casas", afirmou à Lusa José Machado, secretário da Junta de Telões.
De Zimão, aldeia invadida pelo fumo e ponteada de chamas, foram retiradas cerca de uma dezena de pessoas mais idosas e, segundo o responsável, arderam "pelo menos quatro casas, uma de primeira habitação".
José Machado disse que o incêndio chegou "muito rapidamente" à pequena aldeia, precisamente por causa das projeções empurradas pelo vento forte e inconstante.
"Estava num outro incêndio na sede de freguesia, em Telões, e consegui ver projeções na ordem das centenas de metros. É praticamente impossível travar e estas são aldeias muito antigas, com armazéns de fenos e forragens de animais e, com a densidade de faúlhas que estava a cair, foi mesmo muito difícil", referiu.
As ruas estreitas dificultaram a passagem dos autotanques dos bombeiros e muitos populares juntaram-se aos operacionais a ajudar a combater as chamas. Uns com baldes, outros com mangueiras.
Marília Santos, da Associação para a Defesa de Animais e Ambiente de Terras de Aguiar (ANIPUR), passou a tarde a percorrer as aldeias próximas dos vários fogos que atingiram o concelho de Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real.
Mais cinco mil operacionais combatiam no final da noite de segunda-feira 131 incêndios ativos em Portugal Continental, sendo o que deflagrou no domingo no concelho de Oliveira de Azeméis aquele que mobiliza mais meios, segundo a Proteção Civil.
De acordo com a informação disponível no portal da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) às 23.50 de segunda-feira, estavam no terreno a combater os fogos ativos estavam 5432 operacionais, apoiados por 1600 veículos.
O incêndio que deflagrou no domingo, às 14.52, na União de Freguesias de Pinheiro da Bemposta, Travanca e Palmaz, em Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, era o que, no final da noite de segunda-feira, concentrava mais meios no local, mobilizando 549 operacionais, apoiados por 195 veículos.
Ainda no distrito de Aveiro, em Albergaria-a-Velha, 384 operacionais combatiam os incêndios apoiados por 123 meios terrestres.
Na região de Coimbra, em Torres de Mondego e Carvalhosas estão a combater os fogos 318 operacionais apoiados por 102 veículos. Em Sever do Vouga, no distrito de Aveiro, 300 operacionais estão no terreno com o apoio de 99 meios terrestres.
Ainda em Gondomar, no distrito do Porto, os incêndios estão a ser combatidos por 265 operacionais e 60 veículos. Os meios aéreos durante à noite encerram as suas atividades de combate aos fogos.
A Zona Industrial de Oliveirinha, no concelho de Carregal do Sal, está rodeada de chamas, disse à Lusa, pelas 22 horas de hoje, fonte dos bombeiros.
"Agora a situação está crítica. Estamos a reforçar os meios na Zona Industrial de Oliveirinha para tentar evitar que as chamas entrem" naquele espaço, disse o comandante dos Bombeiros Voluntários de Nelas, Guilherme Almeida.
O incêndio que está agora junto da zona industrial do concelho de Carregal do Sal teve início em Senhorim, no concelho de Nelas (distrito de Viseu), e passou para o município vizinho, "inclusive pelo IC12" (Itinerário Complementar 12), acrescentou o comandante.
As populações de Vale de Madeiros e Lapa do Lobo, concelho de Nelas, "não estão propriamente ameaçadas, mas estão a ser protegidas", assim como Laceiras e Cabanas de Viriato, em Carregal do Sal, igualmente no distrito de Viseu.
Deste incêndio resultaram "seis pessoas feridas, três do Folhadal e outras três de Vale de Madeiros, com idades entre os 20 e os quase 70 anos. Entre elas, há duas pessoas em estado grave, que inspiram alguns cuidados", referiu o comandante de Nelas.
O incêndio que lavra em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, já consumiu cerca de cinco mil hectares de área florestal e tem agora quatro frentes ativas, informaram fontes da autarquia e bombeiros.
Os dados foram avançados pelo presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha, António Loureiro, durante um briefing realizado cerca das 20:30.
Na mesma ocasião, o comandante dos Bombeiros de Albergaria-a-Velha, Albano Ferreira, referiu que, pelas 20.45, o incêndio com quatro frentes ativas estava a ser combatido por 400 operacionais e 125 viaturas.
Segundo o mesmo responsável, as situações mais complicadas verificam-se em dois lugares no norte do concelho, nomeadamente Vilarinho de São Roque e Carvalhal.
"Estas zonas estão a ser salvaguardadas para minorar os riscos de haver algum tipo de constrangimento para as populações", adiantou.
O comandante disse esperar que, "com a ligeira baixa de temperatura", o combate ao incêndio possa evoluir favoravelmente durante a noite e madrugada, apesar de admitir que continua a haver "um risco acrescido".
Poucos minutos depois de Marcelo Rebelo de Sousa falar ao país, também Luís Montenegro comentou os incêndios que continuam a assolar o norte e centro do país, confirmando que o Governo decidiu prolongar o estado de alerta até às 23.59 horas da próxima quinta-feira.
“Em nome do Governo, quero reiterar a palavra de solidariedade a todas as vítimas e a todos os afetados. Em primeiro lugar, às famílias enlutadas pelas perdas de três vidas. Depois, às famílias que sofrem com os ferimentos graves ou ligeiros dos seus entes-queridos e às populações que têm sido atingidas ou que estão em vias de o ser", afirmou Luís Montenegro, lembrando as "chamas avassaladoras e o fumo" que afetaram o país esta segunda-feira.
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O "complexo de incêndios" que integra os três maiores fogos rurais a lavrar esta segunda-feira entre a Área Metropolitana do Porto e a região de Aveiro atingiu até ao início da noite 10 mil hectares, segundo a Proteção Civil.
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"Estou em contacto permanente com o primeiro-ministro e a minha primeira palavra é para os portugueses e portuguesas, sobretudo às populações atingidas. Agradecimento pela forma como, de modo geral, enfrentaram uma situação repentina, como acataram as indicações das autoridades. Aos autarcas que estiveram presentes e às outras autoridades da Proteção Civil. E uma palavra de solidariedade aos que sofrem, naturalmente, pelo susto, pelos danos patrimoniais e pessoais e, em alguns casos, vítimas mortais", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
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O comandante dos Bombeiros de Vila Pouca de Aguiar, Hugo Silva, afirmou que há três incêndios ativos no concelhos, todos com meios insuficientes de combate, e criticou operacionais parados em Vila Real.
O responsável, num ponto de situação feito à agência Lusa pelas 19.30 horas, disse que no concelho se contabilizaram hoje quatro incêndios, estando três ativos, em Bornes de Aguiar, Telões e Quintã de Jales, e um em resolução em Sabroso de Aguiar, onde ardeu um armazém de material de floricultura e estufas.
No terreno estão entre 220 e 230 operacionais, um número que o comandante considerou insuficiente. "Isto quer dizer que temos três incêndios ativos todos eles com meios insuficientes de combate, e os meios que cá estavam de reforço foram desmobilizados por ordem da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). O que é grave", realçou Hugo Silva.
O comandante esclareceu que há carros de bombeiros parados à ordem do comandando nacional da ANEPC na base de apoio logístico, nos bombeiros da Cruz banca (Vila Real). "Uma brigada de combate ainda foi mobilizada para aqui, mas depois acharam que já não havia casas em perigo e foram obrigados a regressar para a base de apoio logístico", criticou.
Também a presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Ana Rita Dias, disse que ia tentar perceber porque foram desmobilizadas as corporações que estavam no terreno. "Entendemos que o país todo está a passar uma situação grave, entendemos isso e tentamos com o máximo de esforço tentar resolver as nossas situações. O problema é quando temos meios parados aqui ao lado e a Autoridade não os quer mandar para aqui e quando temos meios que vem para aqui de reforço por ordem superior são desmobilizados para uma base de apoio logístico para não fazerem nada", reforçou o comandante.
Os incêndios cortaram estradas, autoestradas e também causaram constrangimentos na ferrovia, que, às 20 horas, segundo a Proteção Civil Nacional estava normalizada. A Linha do Norte, a ligação entre Porto e Lisboa, esteve parada durante mais de 90 minutos, entre as 10.57 e as 12.35 horas, devido às chamas na zona de Cacia, Aveiro. Foram afetados sete comboios de longo curso, Intercidades e Alfa Pendular, dois regionais e três urbanos, segundo fonte da CP.
A Linha do Vouga teve a circulação interrompida, às 8.40 horas, no troço entre Sernade e Macinhata; o mesmo serviço esteve interrompido entre as 12.20 e as 17.25 horas no ramal entre Espinho/Vouga e Paços de Brandão, tendo afetado seis comboios.
André Fernandes, comandante nacional de Proteção Civil, fez um balanço do dia de incêndios em Portugal, que obrigou ao corte de várias estradas no país. Às 20 horas, destacou, o trânsito estava cortado ainda na A1, entre Coimbra Norte e Grijó, Vila Nova de Gaia; na A25, entre Anjeja, Aveiro, e Reigoso, Viseu; A13, na região de Coimbra, como as outras, também nos dois sentidos.
Um incêndio florestal que começou em Ferreirinha, na Foz do Sousa, Gondomar, rapidamente se propagou às freguesias de S. Cosme e Jovim. A Estrada D. Miguel e a A43 estiveram cortadas. Seis bombeiros ficaram feridos.
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A GNR de Vila Verde e o Comando Regional do Cávado da Proteção Civil montam, esta noite, a pedido do Município, um dispositivo policial especial para patrulhar as zonas florestais do concelho, em busca de incendiários.
A presidente da Câmara, Júlia Fernandes adiantou ao JN que a Guarda e a Proteção Civil acabaram de montar o dispositivo reforçados em vários perímetros florestais. “Estou em contacto com o major Manuel Moreira, comandante da Proteção Civil do Cávado e com a GNR para operacionalizar o apoio às patrulhas”, disse, sublinhando que também foi pedido às populações que estejam vigilantes.
A autarca salienta que os bombeiros locais, ajudados por várias outras corporações da região, estão completamente exaustos, pois, mal conseguem extinguir um incêndio, aparecem dois ou três noutra zona: “são criminosos sem escrúpulos que ateiam as chamas de noite”, salientou, vincando que o dispositivo, que incluirá também forças militarizadas, estará ativo nas próximas 48 horas.
A autarca diz que os responsáveis dos bombeiros não têm dúvidas de que os fogos são ateados propositadamente, durante a noite. “Ontem, conseguiu-se acabar com os fogo que deflagram na Ribeira do Neiva, mas de noite acenderam um em Valbom S. Pedro e outro em Rio Mau, sendo que este já saltou para Ponte de Lima.
Assinala que, até agora, ainda ninguém ficou sem casa, embora tal estivesse próximo de acontecer com famílias obrigadas a sair de casa, mas acentua que os bombeiros já não aguentam mais, depois de 48 horas seguidas a combater as chamas: “sentem-se desanimados porque percebem que é fogo posto e apetece-lhes desistir”, insiste, enaltecendo a colaboração desisnteressada das corporações da zona do Cávado e do Minho, num combate que diz ser “hércúleo”.
A operação da rede Expressos entre Lisboa e Porto está "a ser normalizada", estando prevista a retoma das viagens das 23 horas e meia-noite entre as duas cidades. Em declarações à agência Lusa, fonte da comunicação da Rede Expressos avançou que a operação está "a ser normalizada à medida que as estradas vão sendo reabertas".
Um incêndio de grandes dimensões está a consumir uma zona de mato na freguesia de Sanfins, Lamoso e Codessos, em Paços de Ferreira.
As chamas deflagraram pouco depois das 14 horas da tarde desta segunda-feira e estão a ser combatidas por cerca de 70 elementos dos Bombeiros Voluntários de Freamunde, assim como de outras corporações do concelho e da região, apoiados por 23 veículos.
Não há habitações em perigo.
O Governo vai prolongar a situação de alerta para incêndios até às 23.59 horas do próximo dia 19. Amanhã e quarta-feira, segundo a meteorologia, o tempo vai continuar quente e os ventos fortes, na ordem dos 35 a 40 quilómetros por hora, e com rajadas de 70 quilómetros por hora, mantendo-se o perigo de incêndios.
Os fogos motivaram a ativação de sete planos de emergência, um distrital, em Aveiro, e seis municipais: Albergaria-a-Velha, Águeda, Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga Vila Pouca de Aguiar e Baião.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê que, em especial as regiões do Norte e Centro, vão manter-se sob severidade meteorológica "extremamente elevada" até quarta-feira, com o perigo de incêndio rural de elevado a máximo.
"A severidade meteorológica irá manter-se extremamente elevada" nos "dias 17 e 18, em grande parte do território, em especial nas regiões do Norte e Centro, onde o PIR [perigo de incêndio rural] continuará a situar-se nas classes mais elevadas de perigo: elevado, muito elevado ou máximo", avançou o IPMA, numa nota divulgada na sua página de Internet.
No comunicado, válido até às 18.11 horas de terça-feira, refere-se que o índice meteorológico de perigo de incêndio calculado diariamente no IPMA, que reflete a severidade meteorológica na propagação dos incêndios rurais, "tem apresentado valores extremos, comprovando a adversidade das condições meteorológicas atuais".
"Acresce que o índice de secura dos combustíveis mortos é muito elevado, superando o valor médio para esta época em grande parte do território", apontou o IPMA, informando que hoje o perigo de incêndio rural situou-se, na totalidade dos concelhos do território do continente, "nas três classes mais elevadas de perigo" e "com 70% dos concelhos nas classes de muito elevado e máximo".
O território do continente tem estado, desde sábado, "sob a influência de um fluxo de leste, que se intensificou" hoje e que se "manterá intenso" dia 17, "nas regiões do Norte e Centro". "Os valores da humidade relativa são extraordinariamente baixos, registando-se valores de 10% ou inferiores mesmo em locais próximos do litoral, como por exemplo na região de Aveiro, Porto ou Viana do Castelo", revelou o IPMA.
Para quarta-feira, o instituto prevê "uma rotação do vento para o quadrante sul, soprando fraco ou moderado, por vezes com rajadas da ordem de 60 km/h, continuando a prever-se valores muito baixos da humidade relativa em grande parte do território"
O presidente da República e o primeiro-ministro estão desde perto das 20 horas na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) a acompanhar a evolução do combate aos incêndios, confirmou a Lusa no local.
Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro chegaram à sede da ANEPC, em Carnaxide, no concelho de Oeiras, distrito de Lisboa, pouco antes de se iniciar uma conferência de imprensa do comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes.
A comunicação social foi informada de que o chefe de Estado e o chefe do Governo irão prestar declarações, depois de receberem informações sobre a evolução da situação no terreno.
A situação do incêndio que lavra desde a manhã desta segunda-feira na freguesia de Riodouro, em Cabeceiras de Basto, é agora mais favorável, embora o fogo continue a preocupar e não esteja dominado, de acordo com a autarquia e a Proteção Civil.
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“Baião está debaixo de guerra, tal é a intensidade dos fogos que engolem tudo que encontram pela frente”, desabafa o presidente da câmara. O responsável pela proteção civil municipal sente a impotência dos bombeiros, agravada com a ausência de meios aéreos para combater os dois incêndios que lavram “com frentes de vários quilómetros”.
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Portugal aceitou as ofertas de quatro parelhas de aviões de combates a fogos, no âmbito do pedido de ajuda feito à União Europeia. De Espanhas, foram enviados dois aviões Canadair que começaram a atuar em Sever do Vouga às 16.32 horas desta segunda-feira. França e Itália vão enviar dois aviões cada, que devem começar a trabalhar durante a tarde de terça-feira. A ajuda da Grécia chega amanhã à tarde, para começar a operar na quarta-feira de manhã.
O bispo de Aveiro, António Moiteiro, anunciou que a diocese disponibiliza os meios das "paróquias e instituições, a fim de mitigar os prejuízos imediatos com o alojamento dos deslocados da sua residência", face aos fogos naquela região.
Em nota publicada na página da diocese na Internet, o prelado apela a todas as paróquias para que estejam presentes com todos os meios ao seu alcance" e compromete "a diocese de Aveiro, através das suas instituições, com uma campanha em favor dos danificados".
António Moiteiro manifesta, ainda, solidariedade com as vítimas da "situação dramática em que se encontram as populações do distrito de Aveiro devido aos incêndios que alastram e afligem muitas" localidades.
A presidente da Câmara Municipal de Tondela, Carla Antunes Borges, anunciou que os espetáculos agendados para a noite desta segunda-feira foram adiados para 2025 devido aos incêndios nos concelhos vizinhos. "Tendo em consideração as frentes de incêndio em desenvolvimento nos municípios limítrofes, numa medida preventiva e tendo como objetivo garantir a segurança de pessoas e bens, decidimos adiar os espetáculos agendados para esta noite".
Uma decisão também assente num "fogo já ocorrido no município e à situação de alerta decretada para todo o país pelo Governo", referiu a autarca, que adiou os festejos noturnos do Dia do Município de Tondela e último da Feira Industrial e Comercial de Tondela (FICTON), que tinham como cabeça de cartaz Os Quatro e Meia. "Atendendo ao facto de os espetáculos musicais como os de hoje mobilizarem milhares de pessoas e tendo em consideração as condições de evacuação do recinto, o nosso plano de emergência, e tendo em consideração o aconselhamento das autoridades, do nosso serviço de proteção civil e após avaliação da situação dos incêndios que lavram nos concelhos vizinhos, entendeu-se por bem e por forma a garantir a segurança de todos adiar os eventos desta noite", acrescentou.
Segundo a nota de imprensa, "os espetáculos foram adiados e já remarcados para 16 de setembro do próximo ano e os ingressos de hoje serão válidos para 2025". "O município lamenta o sucedido e agradece a compreensão de todos", pediu a autarca, que decidiu encerrar o recinto a partir das 19:30.
A unidade local de Saúde da Região de Aveiro (ULSRA) informou que, até às 18 horas, deram entrada na Urgência de Aveiro cinco pessoas com queimaduras, na sequência dos incêndios que lavram na região.
Destas, uma foi transferida para a ULS de Coimbra, tendo também entrado na Urgência do Hospital de Aveiro três pessoas com dificuldades respiratórias, decorrentes da inalação de fumo e duas com traumatismos, decorrentes do esforço de combate aos incêndios.
Na mesma nota, a ULSRA refere que foram atendidas 127 pessoas nas instalações dos Cuidados de Saúde Primários, não especificando, contudo, se se tratam todos de casos relacionados com os incêndios.
A região do Ave tem incêndios ativos nos concelhos de Fafe, Famalicão, Póvoa de Lanhoso, Guimarães e em Cabeceiras de Basto, este último com 190 operacionais no terreno apoiados por 58 viaturas, indicou a Proteção Civil.
Num balanço feito pelas 19.15 horas, o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Ave disse que o combate ao incêndio em Cabeceiras de Basto, distrito de Braga, que lavra desde as 7 horas de hoje e que já destruiu duas casas, uma de primeira habitação, vai prolongar-se nas próximas horas, provavelmente durante a noite, não havendo, de momento, casas em risco.
"Estamos com muitos incêndios ativos na região [do Ave] e a nossa prioridade é, acima de tudo, a proteçao das pessoas e dos seus bens e a segurança dos nossos operacionais. Tivemos uma mobilização massiva de todos os meios disponíveis. O vento está forte e as ocorrências têm um grande potencial logo na sua fase inicial", sublinhou Rui Costa.
Este responsável deu conta de 13 incêndios ativos na região do Ave, alguns dos quais vão ter reforço de meios, acrescentando que os dois fogos da Póvoa de Lanhoso, distrito de Braga, são aqueles que, atualmente, causam mais preocupação, pois, um deles (Garfe), está a lavrar próximo de habitações.
Foi no combate ao incêndio na freguesia de Garfe que um bombeiro ficou ligeiramente ferido, fruto de uma queda, e teve necessidade de ir ao hospital, adiantou o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Ave.
Segundo este responsável, ainda no concelho da Póvoa de Lanhoso "arderam vários barracões e alfaias agrícolas, e um anexo de uma habitação".
Em relação ao empenho de meios aéreos, estes não puderam operar devidamente, ao longo do dia, face à fraca visibilidade provocada pela extensa e espessa barreira de fumo.
"Quero realçar a disponibilidade de todos os agentes de Proteçao Civil, bombeiros e restantes entidades, num dia de meteorologia severa, em que há um número abismal de ignições que, de pequenos incêndios, rapidamente se transformam em grandes incêndios. Apelo ainda à população para que adote comportamentos responsáveis", declarou o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Ave.
A circulação nas autoestradas A29 e A17 e na Estrada Nacional (EN) 109 já foi retomada depois dos incêndios que lavram no distrito de Aveiro terem obrigado ao seu corte, revelou à Lusa fonte da GNR.
O Comando Territorial da GNR de Aveiro avançou à Lusa que as três vias já estão transitáveis, sem adiantar a hora a que foram reabertas.
Segundo a GNR, permanece cortada a circulação na A1 entre Coimbra norte e Grijó (nó da A41), na A25 entre Angeja e Reigoso (Viseu), e na EN16 entre Cacia e Albergaria-a-Velha.
Seis pessoas ficaram feridas, duas delas em estado grave, na sequência de dois dos três incêndios ativos em Nelas, disse fonte dos bombeiros. De acordo com a mesma fonte, no concelho de Mangualde há uma população em risco de ser atingida pelas chamas.
"Há seis pessoas feridas, três do Folhadal e outras três de Vale de Madeiros, entre os 20 anos e os quase 70. Entre eles, há dois em estado grave, que inspiram alguns cuidados", disse à agência Lusa o comandante dos Bombeiros Voluntários de Nelas.
Guilherme Almeida disse que os dois feridos graves "são entre as pessoas mais velhas que estavam a tentar salvaguardar os seus bens", uma em Folhadal e outra em Vale de Madeiros, freguesia de Canas de Senhorim, Nelas.
Albergaria-a-Velha não tem memória de um fogo assim. Parecia que as chamas “vinham de todo o lado, todas ao mesmo tempo”, garantem os populares. O fogo, que chegou com força às primeiras horas da manhã desta segunda-feira, cerca das 7.30, lavrou nas seis freguesias do concelho. Mas houve algumas localidades mais fustigadas pela fúria do incêndio, como Frossos e Fontão. Duas pessoas morreram.
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O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) disse que a chuva que caiu durante o verão contribuiu para "alimentar os pastos para as chamas", avançando que os incêndios de hoje fazem lembrar o que aconteceu em outubro de 2017. "Não tem havido ocorrências [incêndios], quando há ocorrências a situação fica descontrolada", disse à Lusa António Nunes, considerando que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) tem que coordenar e devia ter antecipado o que está acontecer devido às previsões meteorológicos e enviar mais cedo grupos de reforço para o centro e norte do país.
O presidente da LBP sustentou que os principais problemas que se estão hoje a colocar são massa de ar quente e seco e vento forte, a que se junta "alguma chuva que caiu" no verão, ajudando ao crescimento de erva e mato para queimar.
Duas pessoas ficaram esta segunda-feira gravemente feridas num incêndio no anexo de uma habitação em São Mamede, concelho da Batalha, disseram à Lusa fontes da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Proteção Civil.
O alerta para o incêndio chegou às autoridades às 16.14, tendo acorrido ao local 26 operacionais apoiados por nove viaturas e um helicóptero que transportou uma das vítimas para uma unidade hospitalar de Lisboa, disse à Lusa fonte do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Leiria.
O outro ferido grave foi levado para o Hospital de Santo André, em Leiria, referiu a mesma fonte, esclarecendo que estiveram no local meios da GNR, Bombeiros Voluntários da Batalha e Instituto Nacional de Emergência Médica.
Segundo a GNR, os feridos graves são um homem de 69 anos e uma mulher de 67 anos, e as circunstâncias do incêndio estão a ser investigadas.
O comandante dos Bombeiros Voluntários da Batalha, Hugo Borges, explicou que pessoas que se encontravam nas imediações relataram ter ouvido uma explosão e depois fumo.
"As duas vítimas, um casal, apresentavam queimaduras graves", adiantou.
Questionado sobre os dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas da semana passada que davam contam que este ano o número de fogos e a área ardida registavam o valor mais reduzido na década, António Nunes afirmou que "as contas fazem-se no fim".
O mesmo responsável disse ainda que os fogos de hoje fazem lembrar o que aconteceu em 15 de outubro de 2017, quando vários incêndios deflagraram no norte e centro do país.
A prioridade dos bombeiros que combatem o incêndio que deflagrou esta tarde nos arredores da cidade de Coimbra é a proteção das habitações, disse à agência Lusa o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil.
O fogo que deflagrou às 16.18 horas em Carvalhosas, na freguesia das Torres do Mondego, muito perto da área urbana de Coimbra, apresenta três frentes ativas, com cerca de três quilómetros cada uma, adiantou Carlos Luís Tavares.
"É um fogo de vento já na área urbana/florestal da cidade de Coimbra e a nossa prioridade é proteger as casas", referiu o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Coimbra, salientando que as chamas estão por controlar e a evoluir na direção da localidade de Ceira.
Nas localidades de Carvalhosas e Lagoas existem casas em perigo, mas segundo Carlos Luís Tavares existem meios nos locais para garantir a sua proteção.
Às 18.45 horas, o incêndio estava a ser combatido por 247 operacionais, apoiados por 66 veículos e quatro meios aéreos.
O presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, disse à Lusa que há um bombeiro da corporação local que ficou ferido no combate aos incêndios que lavram no concelho e atingiram várias casas. "Temos casas atingidas e um bombeiro ferido, da corporação de Águeda, e neste momento [15.20 horas] são zonas críticas com fogos ativos Macinhata, Soutelo e Serém", disse à Lusa Jorge Almeida. "Desde manhã que o incêndio vindo de Sever do Vouga atingiu o concelho de Águeda", disse, acrescentado ter sido necessário retirar pessoas em Jafafe, Macinhata, Serém, Cavada Nova e Sernada.
De acordo com o autarca, há casas consumidas pelo fogo, não só edifícios devolutos, mas também algumas habitações permanentes na Freguesia de Macinhata do Vouga, em Serém, Cavada Nova, Sernada e Jafafe.
O presidente da Câmara de Águeda mostrou-se apreensivo quanto às próximas horas. "Já se percebeu que isto não se vai resolver rapidamente e é previsível que ao fim do dia volte a intensificar-se o vento", disse.
Duas pessoas morreram no incêndio em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, disse à Lusa fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). Segundo a ANEPC, uma pessoa ficou carbonizada no fogo de Sever do Vouga e outra sofreu um ataque cardíaco no incêndio de Albergaria-a-Velha.
Perto de cinco mil operacionais combatiam às 17.40 horas desta segunda-feira os 126 incêndios ativos em Portugal Continental, sendo o que deflagrou no domingo no concelho de Oliveira de Azeméis aquele que mobiliza mais meios, segundo a Proteção Civil.
De acordo com a informação disponível no site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), no terreno a combater os fogos ativos estavam 4946 operacionais, apoiados por 1500 viaturas e 39 meios aéreos.
O incêndio que deflagrou no domingo, às 14.52, na União de Freguesias de Pinheiro da Bemposta, Travanca e Palmaz, em Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, era o que, às 17.40, concentrava mais meios no local, mobilizando 584 operacionais, apoiados por 198 veículos e seis meios aéreos.
Este incêndio já causou quatro feridos, entre os quais uma bombeira que inspira "mais cuidados".
Desses quatro feridos, três estão internados no hospital de Aveiro e um quarto foi transferido para os Hospitais da Universidade de Coimbra, informou a Proteção Civil.
Ainda no distrito de Aveiro, 272 operacionais, apoiados por 88 viaturas e quatro meios aéreos combatem um incêndio que deflagrou no domingo no concelho de Sever do Vouga.
Também neste distrito, no concelho de Albergaria-a-Velha estavam mobilizados 195 operacionais, apoiados por 57 viaturas e um meio aéreo.
Mais a sul, o incêndio que deflagrou no domingo na freguesia de Louriçal do Campo, no concelho de Castelo Branco, estava às 17.40 a ser combatido por 244 bombeiros, apoiados por 84 viaturas e dois meios aéreos.
No distrito de Lisboa, um incêndio que deflagrou às 15.35 numa zona de mato do concelho de Mafra, mobilizava 223 operacionais, 65 veículos terrestres e dois meios aéreos.
O incêndio que lavra desde as 10.53 horas em Baião, no distrito do Porto, já terá consumido várias habitações e é considerado um dos maiores de sempre no concelho, segundo o presidente da câmara, Paulo Pereira. "É uma tragédia, nunca se viu uma coisa destas", desabafou, em declarações à Lusa, admitindo que a situação está neste momento "incontrolável".
O autarca afirmou não conseguir precisar quantas casas foram atingidas pelas chamas, porque esse levantamento ainda decorre. Algumas das habitações estariam devolutas, outras talvez não, acrescentou.
Às 17.56 horas, segundo as autoridades nacionais de proteção civil, o incêndio de Baião estava a ser combatido por 96 bombeiros, apoiados por 28 viaturas e um meio aéreo, dispositivo que o autarca considerou insuficiente face à dimensão do fogo.
A Escola Básica do 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico de Ceira, no concelho de Coimbra, foi evacuada esta segunda-feira à tarde devido ao incêndio que deflagrou às 16.18 nas Carvalhosas, informou a Câmara Municipal.
A autarquia de Coimbra salientou que aquele estabelecimento de ensino foi evacuado "por precaução, numa operação conjunta entre as autoridades no terreno e os serviços municipais".
Às 18 horas, o fogo lavrava em duas frentes na freguesia de Torres do Mondego, muito perto da área urbana de Coimbra, mobilizava 213 operacionais, apoiados por 53 viaturas e cinco meios aéreos, de acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil Nacional (ANEPC).
Em declarações à Lusa, o presidente da Junta de Freguesia de Torres do Mondego, Paulo Cardoso, adiantou que na localidade de Carvalhosas as chamas ameaçaram três habitações, mas foram salvas pela ação dos operacionais no terreno.
As viagens da rede de autocarros Unir, que serve a Área Metropolitana do Porto (AMP), estão a ser "fortemente condicionadas" na Autoestrada do Douro Litoral (A32) devido aos incêndios que lavram na região Norte.
À Lusa, fonte da Área Metropolitana do Porto avançou que os serviços que passam na A32, autoestrada que liga Vila Nova de Gaia a Oliveira de Azeméis, estão a ser fortemente condicionados.
Por esta autoestrada passam alguns autocarros de ligação entre o Porto e Oliveira de Azeméis, São João da Madeira e Santa Maria da Feira.
Fonte da AMP avançou ainda que, devido aos incêndios, está suspensa a linha 1204, que opera dentro no concelho de Oliveira de Azeméis e passa na União de Freguesias de Pinheiro da Bemposta, Travanca e Palmaz.
A evolução favorável do combate às chamas, através da ação dos meios terrestes, mas sobretudo pela ação dos meios aéreos, levou a que o incêndio que deflagrou às 21.52 horas de domingo, fosse controlado e entrasse em fase de rescaldo e consolidação ao final da tarde desta segunda-feira, dia 16 de setembro.
A situação agravou-se no incêndio em Vila Pouca de Aguiar, que se aproxima da aldeia de Vila Meã, disse, esta segunda-feira, a presidente da câmara, que pediu mais meios para combater os três fogos verificados no concelho.
Num ponto de situação feito à agência Lusa pelas 17 horas, Ana Rita Dias referiu que depois de lavrar próximo de Bornes de Aguiar, zona onde foi dado o alerta de incêndio pelas 7.36 horas, o fogo avança para outra aldeia desta freguesia, Vila Meã. "Estamos a solicitar meios, só que está difícil de virem. Se tivessem mandado os meios logo que foram solicitados nesta altura não teríamos este caos aqui", lamentou a autarca, que realçou que desde as 09:30 que são pedidos meios aéreos para ajudar no combate a este incêndio.
A falta de meio aéreos, na opinião de Ana Rita Dias, é precisamente a maior dificuldade no combate a este fogo que lavra numa zona de pinhal e mato, numa zona montanhosa.
O vento foi também outra dificuldade apontada pela autarca, que referiu que se verificam várias projeções no terreno. "Já temos outro foco em Sabroso de Aguiar e acabámos de ser informados de que está outro em Telões", realçou ainda a autarca.
Nas redes sociais o município do distrito de Vila Real deixou um apelo à população para que mantenha a calma, não faça deslocações, para que regue à volta das habitações e se mantenha no interior das casas com janelas fechadas.
Dois lares e duas escolas de Jovim, em Gondomar, distrito do Porto, foram evacuados por precaução na sequência do incêndio que lavra desde o início da tarde, revelou à Lusa o vice-presidente da Câmara Municipal.
“A retirada dessas pessoas foi feita devido ao intenso fumo que se fazia sentir, [e foi feita] logo por precaução”, disse Luís Filipe Araújo.
O autarca revelou ainda “ter ardido uma casa devoluta” e que um bombeiro “sofreu ferimentos ligeiros”.
Sobre o incêndio, que deflagrou às 13.02 horas e que obrigou a condicionamentos no trânsito na Autoestrada 43 e na Estrada D. Miguel, o vice-presidente do município confirmou que as chamas “avançam na direção da Foz do Sousa e que podem chegar à Estrada Nacional 108”, na marginal de Gondomar.
“Neste momento o incêndio decorre em mato”, precisou Luís Filipe Araújo.
De acordo com o 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 17.30 horas o fogo mobilizava 82 operacionais, apoiados por 20 veiculos.
O incêndio que esta tarde obrigou a evacuar escolas e dois lares em Gondomar subiu a encosta e já se encontra a consumir zona de floresta na freguesia de São Pedro da Cova, na zona de Ervedosa. Há pelo menos um meio aéreo a combater as chamas no local.
O Parque Biológico de Gaia foi encerrado, por precaução, devido aos incêndios ativos no concelho e municípios vizinhos, situação que vai ser reavaliada na terça-feira, avançou fonte do município.
A decisão foi avançada por fonte camarária antes do início da reunião do executivo municipal, que decorre sem a presença do presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, que está acompanhar o combate às chamas no concelho, nomeadamente no Monte da Virgem.
A decisão de encerramento do Parque Biológico será revalidada na terça-feira à hora do almoço, mediante as condições meteorológicas. Para já, a decisão de encerramento não abrange o Parque da Lavandeira.
O Itinerário Complementar 12 (IC12) em Nelas e as estradas nacionais 231 e 329, em Nelas e Penalva do Castelo, estão cortadas ao trânsito devido aos incêndios florestais, informou hoje a Guarda Nacional Republicana (GNR).
Numa nota publicada nas redes sociais, o Comando Territorial de Viseu da GNR informa que estão cortadas ao trânsito a Estrada Nacional (EN) 231, entre Nelas e Seia, em ambos os sentidos, assim como a EN 329, que liga Penalva do Castelo a Sátão.
Fonte da GNR disse à agência Lusa que "também o IC12 em Nelas está cortado, devido aos incêndios florestais que decorrem nessas zonas".
Em alternativa, a mesma fonte indicou que "há, nalguns casos, possibilidade de ir por dentro das localidades, como acontece em Nelas", mas, no caso de Penalva do Castelo e Sátão, "só indo a Viseu".
Os líderes do PS, Livre e CDS-PP manifestaram hoje a sua solidariedade com a população afetada pelos incêndios em várias localidades do centro e norte do país e agradeceram o papel das autoridades envolvidas.
A presidente do Parlamento Europeu (PE) expressou solidariedade para com Portugal pelos incêndios "devastadores" e as cheias noutros países do bloco comunitário e anunciou um debate para avaliar a "prontidão de assistência" na União.
"Assistimos às consequências de fenómenos meteorológicos extremos, cheias na Polónia, Hungria, Áustria, Roménia, República Checa, Eslováquia e Alemanha. São devastadores, assim como são os grandes incêndios em Portugal", disse Roberta Metsola, na abertura da sessão do PE em Estrasburgo (França).
Roberta Metsola acrescentou que nos países da União Europeia (UE) que estão a tentar debelar estes fenómenos está a ser comprovada a capacidade de "ser corajoso sob pressão e de sobrevivência" e que "é um momento para solidariedade europeia".
"No pior dos momentos a nossa população tem de ver o melhor da UE. Deixe-me dizer que vamos fazer o que seja necessário para ajudar e, nesse sentido, os líderes dos grupos políticos concordaram com um debate, a realizar na quarta-feira, sobre a prontidão para assistência crucial nos países e regiões afetadas", completou a presidente do PE. "Estão todos no nosso pensamento", disse a eurodeputada.
O Canil Intermunicipal das Terras de Santa Maria, instalado em Oliveira de Azeméis, está a pedir coleiras, trelas e transporte à população, para o caso de ter que realojar 170 cães devido ao incêndio a lavrar no concelho.
Esse equipamento do município do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto acolhe animais errantes de seis concelhos da região - não apenas Azeméis, mas também Arouca, Espinho, Santa Maria da Feira, São João da Madeira e Vale de Cambra - e não dispõe de equipamento para uma retirada em massa. "Temos sempre algumas coleiras e trelas, mas não as suficientes para 170 animais e é por isso que estamos a pedir o apoio da população e de várias entidades, numa medida preventiva", declarou Tereza Pouzada, secretária-geral da Associação de Municípios das Terras de Santa Maria, que gere o abrigo.
Essa responsável disse à Lusa que "o fogo não está muito próximo" de Ossela, onde está instalado o canil, mas realçou que o seu plano de evacuação "já foi acionado", pelo que "está tudo pronto para avançar se a Proteção Civil decidir que é preciso evacuar as instalações".
A pensar nessa eventualidade, algumas dezenas de cães já estão a ser encaminhados para outros locais, inclusive para a casa de famílias que, tendo agendado adoções para os próximos dias, estão a antecipar a recolha do seu animal a pedido do canil. "Algumas associações também vieram buscar animais, por terem melhores condições para os acolher nesta altura, e há câmaras municipais que já estão a preparar pavilhões para abrigo temporário", acrescentou Teresa Pouzada.
É o caso da autarquia de Santa Maria da Feira, que estará a adaptar para essa eventualidade o edifício escolar do antigo ciclo e terá capacidade para aí recolher 100 cães. O mesmo se verifica com a Câmara de Vale de Cambra, que vem preparando idênticos ajustes num pavilhão municipal. "Além disso, também houve casas particulares que se disponibilizaram para acolher alguns dos nossos animais se for necessário, portanto está tudo controlado", garantiu Teresa Pouzada.
Em Fafe, há um incêndio que está a lavrar junto da A7.
O hospital de Aveiro está a reforçar a equipa de pneumologia porque estão a entrar muitas crianças com problemas respiratórios.
O Centro Hospitalar do Baixo Vouga abriu pelas 13:00 a Unidade de Saúde Familiar Fénix, a funcionar no Centro de Saúde de Aveiro, para onde irão direcionar os doentes com patologias ligeiras (pulseiras verdes e azuis).
Pelas 16.30 horas, segundo o 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, havia cinco fogos de grandes dimensões no distrito de Aveiro, sendo o que envolve mais meios o de Oliveira de Azeméis com 616 operacionais, apoiados por 205 viaturas e sete meios aéreos.
Em Sever do Vouga há dois incêndios ativos que estão a ser combatidos por 338 operacionais, apoiados por 103 viaturas e oito meios aéreos.
Em Albergaria-a-Velha estão mobilizados 156 operacionais e 58 viaturas e em Santa Maria da Feira, 72 operacionais e 23 viaturas.
Três dos feridos dos incêndios que lavram hoje no distrito de Aveiro estão internados no hospital de Aveiro e um quarto foi transferido para os Hospitais da Universidade de Coimbra, informou a proteção civil.
“Encontram-se internados no hospital de Aveiro três feridos (dois com queimaduras e um por efeitos de uma projeção/explosão), tendo um outro ferido grave sido evacuado para os Hospitais da Universidade de Coimbra”, refere um comunicado da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Fonte do hospital de Aveiro disse à Lusa que os feridos com queimaduras são dois civis e o terceiro é um bombeiro que sofreu ferimentos na sequência de uma projeção/explosão.
Quatro bombeiros ficaram feridos no combate às chamas em Oliveira de Azeméis, três deles com gravidade, informou esta segunda-feira o o comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, referindo que não há vítimas da sociedade civil e apelando aos portugueses que não se aproximem das áreas onde de travam lutas contra o fogo.
O comandante nacional de Emergência e Proteção Civil faz o balanço do combate aos incêndios esta segunda-feira, referindo que lavram 36 incêndios em Portugal e há 32 meios aéreos envolvidos no combate às chamas. André Fernandes lamentou que os apelos feitos não tenham surtido efeito, isto é, não tenham ajudado a diminuir as ignições.
Apelando a que quem planeia viagens por itinerários próximos de incêndios de grandes dimensões, nomeadamenmte em Albergaria-a a Velha, para utilizar percursos alternativos, Andé Fernandes deu conta de que foram registadas 18 vítimas, entre feridos graves e ligeiros. Há ainda a lamentar a morte de um bombeiro, no domingo.
Quatro casas foram destruídas pelo fogo.
Recomenda-se a utilização de máscaras a quem está em zonas de incêndio ou circundantes.
"Temos vários incêndios ativos e temos de inverter este número de ignições que estamos a viver", sustentou, agradecendo aos municípios a ativação preventiva dos planos de emergência, numa fase inicial dos fogos.
Segundo apurou o JN, várias casas arderam no incêndio que lavra em Albergaria-a-Velha e um homem morreu na sequência de uma paragem cardiorrespiratória.
Dezenas de viagens da Flixbus e da Rede Expressos foram canceladas devido aos incêndios desta segunda-feira. Na Rede Expressos, o serviço Lisboa-Porto só funciona até Coimbra. A rota Porto-Lisboa também foi suspensa, só iniciando a viagem a partir de Coimbra. Além disso, a viagem Lisboa-Bragança está suspensa, mas Lisboa-Bragança funciona via Viseu. Por sua vez, a Flixbus confirmou ao JN que foram canceladas 92 viagens e outras 37 foram afetadas.
O segundo-comandante do Comando Sub-regional Viseu Dão Lafões, João Cardoso, disse à agência Lusa pelas 15 horas de hoje que há duas aldeias ameaçadas pelas chamas do incêndio que deflagrou na zona de Miuzela.
"Neste momento o incêndio está com três frentes ativas e há duas populações em risco: Casal das Donas e Sandiães. Vila Cova do Covelo já esteve, confinamos a aldeia, mas já está livre de perigo", adiantou João Cardoso.
A existência de “vento forte” e de “imenso fumo” estão a “complicar muito” as operações de combate a um grande incêndio que lavra na freguesia de Riodouro, em Cabeceiras de Basto, de acordo com um ponto de situação feito pelo presidente da Câmara.
O incêndio que lavra hoje em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, já atingiu 20 casas e deixou vários desalojados, tendo causado ainda ferimentos em quatro pessoas, disse o presidente da Câmara António Loureiro.
"Neste momento, o incêndio está espalhado pelas seis freguesias e por várias localidades. Temos a lamentar quatro feridos, um deles com alguma gravidade", disse o autarca durante um 'briefing' pelas 14.45 horas.
O presidente da Câmara referiu ainda que há 20 casas afetadas pelo incêndio, além de viaturas, dois armazéns, um escritório, tendo ficado várias pessoas desalojadas.
O primeiro-ministro português agradeceu, esta segunda-feira, a ajuda internacional no combate aos incêndios, ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil. Luís Montenegro utilizou as redes sociais para enviar a mensagem. "Estamos juntos", escreveu, identificando na partilha o presidente francês, Emmanuel Macron, os primeiros-ministros espanhol, Pedro Sánchez, e italiana, Giorgia Meloni, e ainda o primeiro-ministro da Grécia Kyriakos Mitsotakis.
Os incêndios que estão a lavrar em Gondomar e em Aveiro estão a deixar a cidade do Porto coberta por uma intensa nuvem de fumo. A Proteção Civil recomenda o uso de máscaras nas zonas mais afetadas. Veja o antes e o depois
Os meios de socorro e de combate às chamas estão posicionados em vários locais do concelho de Oliveira de Azeméis e há, ainda, apreensão sobre o que que pode acontecer nas próximas horas. Contudo, a situação é considerada mais calma e não há, para já, casas ou pessoas em perigo.
Ao JN, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge Ferreira, afirmou que os meios no terreno “estão posicionados” e “atentos à evolução das chamas”.
Viveram-se momentos de “muito pânico”, na manhã desta segunda-feira, em Oliveira de Azeméis, com as chamas a consumirem uma habitação na freguesia de Macinhata da Seixa e a colocarem em perigo muitas outras. Os moradores falam em ambiente de “terror” e “inferno”.
“Vivemos uma situação de terror”, contou ao JN Ana Paula Tavares, secretária da União de Freguesias de Oliveira de Azeméis, Santiago de Riba-Ul, Ul, Macinhata da Seixa e Madail. Ainda a recompor-se do susto, dizque, apesar de se estarem a viver, pelas 12.20 horas, “momentos mais tranquilos”, a situação foi “muito aflitiva e complicada” ao início da manhã.
O primeiro-ministro está em contato com os "líderes da União Europeia e de parceiros europeus para garantir o apoio internacional necessário ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil", afirmou, numa nota enviada às redações esta segunda-feira, num momento em que o país está mergulhado no combate às chamas por todo o território.
Luís Montenegro cancelou os compromissos previstos na agenda para hoje e para amanhã e agradece "o extraordinário trabalho dos bombeiros, da Proteção Civil, das Forças Armadas, das Forças de Segurança, das autoridades municipais e das demais entidades envolvidas neste esforço coletivo".
Dois aviões canadair de Espanha chegam hoje a Portugal para combater os incêndios que lavram no país ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, disse à Lusa fonte do Ministério da Administração Interna (MAI).
Além destes dois aviões pesados de Espanha, estão também previstos chegar a Portugal outros dois meios aéreos de França, segundo o MAI.
O reforço destes quatro meios aéreos de combate a incêndios surge após o pedido feito à União Europeia, numa altura em que vários incêndios estão a atingir o país, sobretudo no distrito de Aveiro.
A Quinta da Vila Francelina, casa de Arte Nova classificada em Albergaria-a-Velha, construída em 1904 e recuperada em 2005 para turismo, foi consumida pelas chamas, esta manhã. O fogo começou por volta das 8.30 horas e os bombeiros chegaram cerca de uma hora depois, contou ao JN o atual proprietário da residência, António Pinho, adiantando que ninguém ficou ferido.
Cerca de 120 operacionais e um meio aéreo estão mobilizados para combater um incêndio que queima mato e pinhal e se aproxima da aldeia de Bornes de Aguiar, em Vila Pouca de Aguiar, disse hoje a presidente da câmara.
Um incêndio em Gens, Gondomar, obrigou ao corte da A43, a partir do nó de Gondomar Este. A estrada D. Miguel, que liga São Pedro da Cova a Jovim, também está cortada, informou o presidente da Câmara, Marco Martins.
Um incêndio que lavra hoje no concelho de Cabeceiras de Basto, distrito de Braga, já consumiu uma casa e "está a ameaçar" outras habitações, estando a aldeia de Cambeses e ser protegida pelos operacionais, indicou a Proteção Civil.
"A situação é muito grave, sobretudo na freguesia de Riodouro. As chamas já consumiram uma casa e estão outras em risco e ameaçadas pelas chamas. Neste momento, está a ser protegida a aldeia de Cambeses", explicou pelas 11.30 à agência Lusa o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Ave. Rui Costa acrescentou que, entretanto, surgiu um novo foco de incêndio "com grande intensidade" na freguesia de Bucos, também em Cabeceiras de Basto, que vem complicar o combate às chamas que, atualmente, não conta com "nenhum meio aéreo empenhado".
Em declarações aos jornalistas, o comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil afirmou que "A situação não está descontrolada, está muito complicada". "Se continuarem a haver novos incêndios, não há meios que consigamos ter em todos os lados. Precisamos de refrescar meios. Os bombeiros têm respondido muito bem, como sempre", garantiu, referindo que não tem havido problemas na mobilização dos meios.
Há ainda negociações a decorrer entre Portugal e Espanha, França e Itália para apurar os meios aéreos que possam estar disponíveis para ajudar no combate às chamas, havendo de momento dez situações que a Protecão Civil considera especialmente complexas.
O corte de circulação na autoestrada A1 devido aos incêndios em Aveiro é agora total entre Coimbra Norte e Grijó (Gaia), no nó da A41, e na A17, entre o nó de Mira norte e Aveiro, atualizou a GNR.
A Guarda dá ainda conta que na autoestrada A25 o corte total situa-se entre o nó de Aveiro e Reigoso (Viseu) e na A29, no sentido norte/sul, entre o nó de Estarreja e Angeja.
No IC2 há também corte total entre Salreu e Águeda, mantendo-se o impedimento de circulação também na EN238, na zona de Sever do Vouga, na EN109 entre Estarreja e Aveiro, assinala a GNR.
Na atualização feita há minutos pela Guarda, nota também para o corte total na EN16 entre Cacia e Albergaria-a-Velha.
Na A32, que liga Oliveira de Azeméis a Vila Nova de Gaia, há corte total dos acessos à A41 em direção a sul.
Portugal vai receber quatro meios aéreos para combater os incêndios que lavram no país ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, disse hoje à Lusa fonte do Ministério da Administração Interna (MAI). Segundo o MAI, dois aviões são de Espanha e outros dois são de França.
O reforço destes quatro meios aéreos de combate a incêndios surge após o pedido feito à União Europeia, numa altura em que vários incêndios estão a atingir sobretudo no distrito de Aveiro, obrigando ao corte de várias estradas.
A CP suspenseu a circulação de comboios entre Espinho-Vouga e Paços de Brandão, na Linha do Vouga, devido aos incêndios florestais que estão a lavrar no distrito de Aveiro.
Também a linha do Norte foi, esta segunda-feira, interrompida em Cacia.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê até quarta-feira um agravamento significativo do perigo de incêndio rural no continente, devido a condições meteorológicas adversas, como vento forte e temperaturas elevadas.
Na semana passada, o IPMA já tinha informado que Portugal continental deveria registar durante o fim de semana e início da semana temperaturas “acima do usual” para o mês de setembro.
Segundo o instituto, estava prevista uma subida da temperatura até hoje, mais significativa no litoral norte e centro, acima de 30 graus Celsius.
Um lar de idosos situado em Macinhata da Seixa, concelho de Oliveira de Azeméis, está a ser evacuado, na manhã de hoje, por precaução, tendo em conta o agravamento do incêndio que ocorre naquela freguesia.
A linha do Norte está cortada à circulação ferroviária nos dois sentidos em Cacia na sequência dos incêndios que lavram no distrito de Aveiro, revelou à Lusa fonte da CP.
A fonte afirmou desconhecer a hora a que foi feito o corte e quantos comboios estavam, pelas 12.25 horas, parados .
A CP remete para a Proteção Civil a divulgação das condições e do horário de reabertura da circulação.
Sete operacionais, apoiados por dois veículos, estão a combater um foco de incêndio no Parque de Campismo da Madalena, em Gaia, confirmou ao JN fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Área Metropolitana do Porto.
Com centenas de homens a combater incêndios, a Câmara de Aveiro pede à população que reduza o consumo de água ao essencial.
O apelo surge para a autarquia evitar "o corte na Central de Abastecimento do Carvoeiro".
O incêndio que lavra em em Albergaria-a-Velha está a chegar à localidade de Fial, em Alquerubim.
A circulação no IC2 e nas EN 238 e 109, para além da A1, A25 e A29, está também cortada ao trânsito na sequência dos incêndios que lavram no distrito de Aveiro, revelou à Lusa fonte da GNR.
Segundo a informação disponibilizada pela Guarda, há um corte total na Autoestrada (A) 25 entre o nó de Aveiro e Reigoso (Viseu), o mesmo acontecendo na A29, no sentido norte-sul, entre o nó de Estarreja e o nó da A25, e na A1 entre o nó de Aveiro Sul e Estarreja.
No Itinerário Complementar (IC) 2 há também um corte total, entre Albergaria e Serém de Baixo, igualmente na Estrada Nacional (EN) 238, na zona de Sever do Vouga e na EN109 na zona do distrito de Aveiro. Segundo a major Lígia Santos, a GNR "aconselha todas as pessoas a evitar a circulação" naquelas vias, razão pela qual "não apresenta qualquer alternativa".
Os incêndios rurais que deflagraram no domingo em Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, e no Louriçal do Campo, em Castelo Branco, eram pelas 11 horas os que mobilizavam mais meios, com quase 800 operacionais, segundo a Proteção Civil.
Em perigo máximo estão mais de 100 concelhos dos distritos de Faro, Portalegre, Castelo Branco, Santarém, Leiria, Coimbra, Guarda, Aveiro, Viseu, Porto, Bragança, Vila Real, Viana do Castelo e Braga.
Moradores do lugar do Fontão, na freguesia de Angeja, concelho de Albergaria-a-Velha, estão sem água nem luz. Rafael Ferreira contou ao JN que, por volta das 8.30 horas, a água das casas foi cortada. "Os bombeiros não atendem. As chamadas vão abaixo. E, sem água, não conseguimos combater o fogo. Cortando a água, não há hipótese", partilhou, adiantando que, desde as 7 horas, só viu passar uma viatura dos bombeiros. Por volta das 12 horas, as chamas estavam a consumir algumas áreas da povoação, onde vivem cerca de 500 pessoas.
Um incêndio que lavra hoje no concelho de Cabeceiras de Basto, distrito de Braga, já consumiu uma casa e "está a ameaçar" outras habitações, estando a aldeia de Cambeses e ser protegida pelos operacionais, indicou a Proteção Civil.
A Câmara de Oliveira de Azeméis ativou o seu plano de Emergência devido ao incêndio de grandes dimensões que lavra desde este domingo, na União de Freguesias do Pinheiro da Bemposta, Palmaz e Travanca. A medida implica mobilizar os recursos dos agentes de proteção civil e os funcionários municipais para ajudar no apoio a toda a população.
Portugal pediu à União Europeia (UE) um reforço de meios para combater os incêndios que lavram no distrito de Aveiro e para reforçar as capacidades no território continental, confirmou hoje à Lusa fonte da Comissão Europeia.
Um porta-voz do executivo comunitário disse que, ao final da manhã de hoje chegou um pedido, ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, de Portugal para um reforço dos meios, numa altura em que lavram incêndios no distrito de Aveiro e Portugal continental está em estado de alerta por causa do risco de fogos. A mesma fonte não confirmou que tipo de meios solicitou o Governo português, indicando que a proposta está a ser avaliada para corresponder ao que pedido feito.
Contactada anteriormente, a Comissão Europeia tinha dito que estava "preparada para ajudar Portugal", necessitando apenas da formalização do pedido.
Os incêndios no distrito de Aveiro obrigaram a cortes em pelo menos quatro autoestradas: A1, A25, A29 e A17.
O dia amanheceu escuro e alaranjado no distrito de Aveiro, onde vários incêndios provocam hoje um cenário dantesco. Em Albergaria-a-Velha, pelo menos duas habitações foram atingidas pelas chamas. E em Oliveira de Azeméis, várias centenas de operacionais foram mobilizados para o combate aos fogos.