Um dos vídeos da alegada violação de uma jovem de 16 anos, praticada e filmada por três adolescentes influencers, teve 32 mil visualizações numa rede social. Os suspeitos estão indiciados de 51 crimes envolvendo sequestro, violação e pornografia de menores, avança o "Expresso".
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Uma fonte judicial, citada pelo "Expresso", adianta que a jovem de 16 anos terá aceitado, num primeiro momento, manter relações sexuais, mas, já no local onde os factos ocorreram, disse para os rapazes pararem, o que não aconteceu. Além dos atos sexuais contra a vontade da jovem, os três influencers terão gravado e partilhado vários vídeos de curta duração da violação. Um deles teve mais de 32 mil visualizações.
O caso só chegou ao conhecimento das autoridades depois de a jovem ter sido atendida no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures. Perante os ferimentos apresentados, compatíveis com uma agressão sexual, os médicos alertaram a Polícia. O caso transitou para a PJ, que conseguiu identificar os suspeitos.
Os três jovens foram detidos a 24 de março e, após primeiro interrogatório, foram constituídos arguidos por violação, sequestro e pornografia de menores. O Ministério Público e o juiz de instrução criminal entenderam que não seriam necessárias medidas restritivas de liberdade ou de acesso à Internet.
Assim, os jovens ficaram apenas com a obrigação de apresentação semanal no posto policial da área de residência, proibição de contactarem a ofendida por qualquer meio, incluindo redes sociais e interposta pessoa, e proibição de se aproximarem a menos de 50 metros da vítima ou de 500 metros da sua residência/escola.
Para este sábado, amanhã, foi convocada uma manifestação de indignação pela alegada violação e posterior libertação dos três suspeitos. "Violação não se filma, condena-se", é o lema do protesto convocado para as 15 horas, em frente à Assembleia da República, em Lisboa.