Operação Influencer: Juiz manda devolver caução de 600 mil euros à Start Campus
O juiz Nuno Dias Costa ordenou a devolução da caução de 600 mil euros à Start Campus que a empresa do centro de dados de Sines tinha sido obrigada a pagar no âmbito das medidas de coação decretadas em novembro do ano passado no âmbito da Operação Influencer.
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A decisão surge após a empresa ter pedido a revisão dessa medida de coação, depois de um acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa ter considerado não haver indícios de crime na investigação. Contactada pelo "Expresso", que avançou esta quarta-feira a notícia, a empresa não quis comentar.
Em novembro, o Ministério Público tinha chegado a pedir que a Start Campus ficasse sujeita a uma caução de 19, 5 milhões de euros, mas o juiz de instrução Nuno Dias Costa reduziu-a para 600 mil euros. Agora, mandou devolvê-la.
A Operação Influencer levou na altura à detenção de Vítor Escária (chefe de gabinete de António Costa), Diogo Lacerda Machado (consultor e amigo de António Costa), dos administradores da empresa Start Campus Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e do presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, que ficaram em liberdade após interrogatório judicial.
Existem ainda outros arguidos, incluindo o ex-ministro das Infraestruturas João Galamba, o ex-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente Nuno Lacasta, o ex-porta-voz do PS João Tiago Silveira e a Start Campus.
O caso está relacionado com o projeto de construção de um centro de dados na zona industrial e logística de Sines pela Start Campus, a produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, e a exploração de lítio no distrito de vila Real, em Montalegre e Boticas.