O condado de Maui processou a Hawaii Electric Company (Heco) pelo incêndio que devastou a cidade costeira de Lahaina, alegando que a tragédia poderia ter sido evitada se o serviço tivesse sido cortado.
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A empresa de energia está sob escrutínio após o incêndio devastador que matou 115 pessoas naquela cidade da costa oeste da ilha de Maui, no Oceano Pacífico. A ação, movida na quinta-feira, afirma que houve negligência por parte da Heco e das suas subsidiárias, uma vez que, apesar dos muitos alertas de ventos fortes devido à proximidade de um furacão, as linhas foram mantidas em funcionamento.
"Os demandados sabiam que os ventos fortes previstos poderiam derrubar postes, levando ao chão as linhas de energia e queimando a vegetação", explica a ação. Também "sabiam que, caso o seu equipamento elétrico elevado pegasse fogo, o mesmo propagar-se-ia a uma velocidade criticamente rápida".
Este mês, a diretora da Heco, Shelee Kimura, defendeu a decisão de manter as linhas ativas, argumentando que a eletricidade era necessária para bombear água até Lahaina.
O condado, cujas autoridades são criticadas por falta de preparação e pela falta de resposta à propagação das chamas, pede uma indenização não especificada à empresa de energia pelos danos gerados.
Cálculos do governo federal sugerem que o incêndio tenha custado cerca de 5,5 mil milhões de dólares (equivalente a 5,1 mil milhões de euros) em danos.