O selecionador nacional teceu muitos elogios à Escócia, adversário que Portugal defronta esta terça-feira na quarta jornada da Liga das Nações, admitindo que deverá fazer algumas alterações ao onze que defrontou a Polónia.
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“Não é fácil jogar duas vezes seguidas fora de casa, em menos de 72 horas. Na Polónia mostrámos boa personalidade, mas Hampden Park tem um ambiente ainda mais forte. Ajuda muito a equipa da casa, que já ganhou à Espanha, está a crescer e acredita no que faz”, afirmou Roberto Martínez, assumindo que os zero pontos conquistados não refletem o que a seleção britânica fez até agora na competição.
“A Escócia provou, em Lisboa, que é competitiva, dá tudo até ao fim e só perdeu contra a Polónia aos 90+4 minutos e frente à Croácia marcaram perto do fim, mas não contou. Tem jogadores de muita qualidade técnica, aposta em ataques rápidos e é muito física. Respeitamos muito este adversário e os resultados não mostram o bom trabalho que fizeram até agora. O Steve Clark está a fazer algo muito especial”, defendeu o treinador.
Casado com uma escocesa, Roberto Martínez lembrou que já é a quinta vez que defronta o país da mulher – “é difícil mostrar muito respeito, porque quero muito ganhar” -, reconhecendo que terá de fazer algumas mudanças na equipa inicial, tendo em conta o onze utilizado em Varsóvia.
“Vamos ter de gerir os jogadores, utilizar os que têm mais energia. Precisamos de atletas frescos para não correr risco de lesões”, explicou, antes de abordar a questão de Cristiano Ronaldo.
“Cristiano não treina nem joga como um atleta de 39 anos. Está a trabalhar muito bem, mas a dificuldade de jogar dois jogos fora de casa é prepará-los tendo em conta os futebolistas. Estou confiante, não sei se vai ser titular, se vai jogar 60 minutos ou se vai entrar perto do fim”, referiu, pedindo que os adeptos desfrutem daqueles que muitos consideram o melhor do mundo.
“O Cristiano sempre trabalhou muito muito para ajudar a equipa e quando se chega a um estádio destes todos reconhecem a carreira única que tem, mais de 200 jogos a nível internacional, os golos e os troféus. Para mim é muito fácil gerir a forma como ele ajuda a equipa e os adeptos só devem aproveitar o momento”, pediu.
Roberto Martínez esclareceu, ainda, as dúvidas em relação a Florentino, médio do Benfica: “Florentino tem um talento do qual gostamos muito e quando disse que determinados atletas têm de decidir a seleção pela qual querem jogar, estava a falar de uma forma geral. Pelo que sei, ele quer jogar Portugal, já o fez na formação e, se continuar, ele tem qualidades para jogar na seleção”.