As operações de imigração em grande escala vão regressar à cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos (EUA), noticiou na terça-feira a agência de notícias EFE.
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Nas últimas 24 horas, a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, disse que quer intensificar as operações de imigração, em Los Angeles, no estado da Califórnia.
O anúncio surge após o Supremo Tribunal norte-americano, em julho, decidir anular a ordem de um juiz federal que suspendeu temporariamente as operações de imigração com base apenas na aparência, na língua ou no emprego.
Em Los Angeles vivem cerca de 3800 milhões de pessoas, sendo que mais de um terço dos residentes são imigrantes e para 55% o inglês não é a primeira língua.
O Departamento de Segurança Interna (DHS) disse que continuará a "inundar" Los Angeles e as áreas vizinhas com agentes, na rede social X.
O chefe de patrulha na Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, Gregory Bovino publicou uma fotografia no X de dezenas de agentes.
"Esta é a equipa. São os que estão no terreno... Não parámos. Não abrandámos. Seguimos em frente", lê-se na mensagem que acompanha a imagem.
A resposta das organizações de defesa dos imigrantes e das autoridades públicas foi rápida, com um apelo à solidariedade de toda a sociedade, sob o lema "só o povo salva o povo", segundo a agência de notícias EFE.
A organização que oferece trabalho diário, a National Day Laborers Network, convocou uma sessão virtual nacional para discutir a estratégia de combate à nova vaga de rusgas (operações) policiais.
A presidente da câmara de Los Angeles, Karen Bass, ordenou que as autoridades municipais reforcem os protocolos e a formação, de acordo com a lei municipal que proíbe o uso de recursos na fiscalização da imigração.
O sindicato de trabalhadores, United Farm Workers (UFW), pediu aos empregadores que assumissem "a responsabilidade" de proteger os direitos dos funcionários.
O Distrito Escolar Unificado de Los Angeles ofereceu aos seus alunos aulas online para evitar que os pais ou eles próprios fossem expostos a rusgas policiais.
Em junho, as operações de imigração desencadearam protestos e o envio de soldados para Los Angeles.
Mais de 5000 pessoas foram detidas pelas autoridades de imigração em Los Angeles, de junho a 26 de agosto, segundo os dados citados pela Secretária da Segurança Interna, Kristi Noem.