Nunca foram permitidos tantos contratos para clínicos reformados nos centros de saúde e hospitais. "Pico de aposentações" que se manterá em 2024 é razão.
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O Governo quer trazer até 900 médicos reformados de volta ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) num momento em que se registam recordes na aposentação destes profissionais e continua a haver falta de clínicos para dar assistência a todos os utentes, nomeadamente nos cuidados de saúde primários. Nos últimos dois anos, saíram cerca de 1600 especialistas e, este ano, estarão 1900 em condições de se reformar. Também nunca houve tantos médicos aposentados a trabalhar nos hospitais e nos centros de saúde.
No início deste ano, estava mais de meio milhar de clínicos reformados (558) de volta ao SNS e o ano de 2023 tinha fechado com 587 profissionais no ativo. Os contratos temporários são celebrados ao abrigo de um regime excecional, criado em 2010 e que se previa transitório, mas tem sido prorrogado. A maioria exerce nos cuidados de saúde primários e desde 2016 que pode acumular o salário com 75% da pensão.