Armando Pereira, cofundador da Altice, foi alvo de buscas na quinta-feira, num processo que envolve suspeitas de corrupção, e detido. Passou a noite no estabelecimento prisional anexo à Polícia Judiciária.
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A detenção do cofundador da Altice ocorreu depois das buscas à sua casa, em Vieira do Minho, na quinta-feira, revela a SIC Notícias.
A investigação visa negócios e património imobiliário da antiga PT. Em causa estarão fraudes relativas à alienação de património imobiliário da antiga PT, situado em Lisboa, na zona de Picoas. Existem suspeitas de simulação de negócios de compra e venda de prédios, destinada a minimizar o pagamento de impostos ao Estado.
O número dois do grupo, o português Armando Pereira, foi alvo de buscas, na sua residência, no Minho, e detido para ser hoje presente a um juiz. Outros dirigentes de topo também foram alvo de buscas.
Os inspetores do Fisco também estiveram na sede da Altice, em Lisboa, para recolher documentação sobre a alienação de património.
"A Altice confirma que foi uma das empresas objeto de buscas pelas autoridades em cumprimento de mandado do Ministério Público no âmbito de processo de investigação em curso", disse fonte da empresa de telecomunicações.
O inquérito é dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que tem vários procuradores no terreno para acompanhar as buscas.
O Ministério Público veio, entretanto, a público avançar que em causa estão suspeitas de crimes de corrupção no setor privado, fraude fiscal agravada, falsificação e branqueamento.