O Papa Francisco morreu, esta segunda-feira, às 7.35 horas (6.35 horas em Portugal continental), com 88 anos. Recuperava de um internamento devido a uma pneumonia bilateral e cada aparição pública que fazia era festejada pelos fiéis. A última foi na véspera, Domingo de Páscoa.
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"Em nome de todos os portugueses, crentes e não crentes, agradeço a Francisco o carinho que devotou a Portugal", afirmou Marcelo Rebelo Sousa, numa comunicação ao país, esta segunda-feira à noite. O presidente da República lembrou o trabalho do Papa Francisco na "defesa da dignidade humana" e da fraternidade.
"Lembrar Francisco é prosseguir a nossa caminhada com ele", referiu. "A sua luta não é de um credo, de uma igreja, de uma nação eleita, de uma ideologia. A sua luta é de todos e de cada qual. Hoje, amanhã e sempre", disse o chefe de Estado português.
"Foi talvez a mais corajosa voz de entre os líderes espirituais dos últimos 12 anos na defesa de dignidade humana, da paz, da justiça, da liberdade, da igualdade, da fraternidade, do diálogo entre culturas e civilizações, da preferência pelos deserdados das periferias, pelos mais pobres", salientou Marcelo Rebelo de Sousa.
O presidente da República recordou o Papa Francisco como um "amigo tardio, mas intenso de Portugal", que visitou o país por duas ocasiões, primeiro em 2017, no centenário das aparições de Fátima, e depois em 2023, na Jornada Mundial da Juventude.
"O presidente da República falará hoje ao país, sobre a morte do Papa Francisco, pelas 20 horas", anunciou a Presidência da República.
As causas da morte do Papa Francisco “deverão ser provavelmente tornadas públicas” após a declaração oficial do óbito do pontífice, prevista para as 20 horas locais (19 horas em Portugal continental), anunciaram os serviços de imprensa da Santa Sé.
O Papa Francisco, que tinha 88 anos, morreu esta segunda-feira, às 7.35 horas locais (6.35 horas em Portugal continental).
O Papa Francisco morreu devido a um acidente vascular cerebral (AVC), confirmou hoje o Vaticano. O AVC, ou derrame cerebral, conduziu a um coma e a uma paragem cardíaca irreversível, segundo a certidão de óbito publicada ao final da tarde pela Santa Sé.
"A morte foi confirmada por registo eletrocardio-terapêutico", indica o documento, assinado pelo diretor do Departamento de Saúde e Higiene do Vaticano, professor Andrea Arcangeli.
“Declaro que as causas da morte, segundo a minha ciência e consciência, são as indicadas”, diz o boletim.
Francisco morreu após mais de dois meses a sofrer de graves problemas respiratórios que o obrigaram a permanecer no Hospital Gemelli em Roma durante 38 dias, até 23 de março.
O ritual da certificação da morte e deposição do corpo do Papa na urna ocorreu nesta noite, às 20 horas locais (19 horas em Portugal continental), na capela da Casa Santa Marta.
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, estiveram hoje presentes numa missa em honra do Papa Francisco na Sé de Lisboa. Em representação do Governo, Paulo Rangel não quis prestar declarações à entrada da Sé, sublinhando apenas que era "uma celebração religiosa e que esse caráter devia ser respeitado". Marcelo, que já tinha falado ao país às 20 horas, também não prestou declarações.
Várias figuras marcaram presença na missa que foi convocada para as 21 horas, como foi o caso do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, os dirigentes do CDS, Telmo Correia e o deputado Paulo Núncio que, juntamente com Paulo Rangel e a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, assistiram na primeira fila à eucaristia.
À Sé de Lisboa dirigiram-se centenas de fiéis que quiseram despedir-se do Papa Francisco, com algumas pessoas a ter que assistir à missa de pé devido à grande afluência. O Patriarcado de Lisboa disponibilizou no exterior um ecrã para os fiéis que quisessem assistir à eucaristia.
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, disse, esta noite, que vai levar à reunião de Câmara uma proposta para alterar o nome do Parque Tejo para Parque Papa Francisco. À entrada da Sé de Lisboa, antes do início de uma missa de homenagem ao Papa Francisco, Carlos Moedas destacou o legado do Papa e a sua passagem pela cidade de Lisboa durante as Jornadas Mundiais da Juventude em 2023. Por isso, o autarca quer que o parque tenha o nome do Papa “para honrar a sua memória".
À morte de um Papa, segue-se a habitual tentativa de adivinhação da sucessão. Um exercício quase impossível, já que as posições dos cardeais mudam ao longo das votações e alguns tentam manipular o sistema para influenciar as probabilidades - no último conclave, em 2013, poucos previram que Jorge Mario Bergoglio fosse eleito Papa. Agora, de acordo com o jornal britânico "The Guardian", as apostas estão em nove homens, entre os mais progressistas e os mais conservadores.
No grupo selecionado pelo diário de referência internacional, está o português Tolentino de Mendonça, o mais jovem potencial sucessor de Francisco (tem 59 anos). "Atraiu controvérsia por simpatizar com visões tolerantes em relação a relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo e por se aliar a uma irmã beneditina feminista que defende a ordenação de mulheres e é pró-escolha [em relação ao aborto]. Era próximo de Francisco na maioria das questões e defende que a Igreja deve envolver-se com a cultura moderna", pode ler-se.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que irá marcar presença no funeral do Papa, em Roma, e que se fará acompanhar pela primeira-dama, Melania Trump. O pontífice máximo da Igreja Católica era, recorde-se, crítico das visões anti-imigração comummente partilhadas pelo chefe de Estado norte-americano.
O Vaticano divulgou o testamento do Papa Francisco, em que o pontífice pediu um túmulo "simples, sem decoração especial e com uma única inscrição: Franciscus". A seguir, o conteúdo do documento.
A associação Rumos Novos – Católic@s LGBTQIA+ em Ação expressou hoje “sinceras condolências” pela morte do Papa Francisco, reconhecendo o seu papel como líder religioso global e contribuições para o diálogo inter-religioso, apesar de algumas divergências de posições.
“Embora tenhamos tido divergências em relação a algumas das suas posições sobre questões LGBTQIA+, apreciamos os seus esforços em promover uma Igreja mais inclusiva e acolhedora”, refere a Rumos Novos, estendendo, “neste momento de luto”, os seus sentimentos “à comunidade católica e a todos aqueles que foram tocados pelo seu trabalho”, apelando a que a “sua memória seja de bênção”.
A Rumos Novos – Católic@s LGBTQIA+ em Ação manifesta, em comunicado, a sua profunda tristeza pela morte do Papa Francisco, cuja liderança espiritual foi marcada por gestos de acolhimento, humildade e diálogo, ainda que muitas vezes recebidos com resistência.
“O Papa Francisco tocou milhões de fiéis em todo o mundo, especialmente aqueles e aquelas da comunidade LGBTQIA+ e foi um farol de esperança para muitos”, afirma.
Destaca também que “as suas palavras de empatia, como "Quem sou eu para julgar?", ainda que recebidas com resistência por parte de setores mais conservadores da Igreja, são sinais de esperança para muitos e muitas que há tanto tempo se sentem à margem” e diz esperar que tenham plantado sementes importantes para um futuro de maior empatia, esperança e respeito.
O bairro de Flores, em Buenos Aires, onde o Papa Francisco nasceu, cresceu e descobriu a vocação religiosa, exibe a dor pela partida do filho mais ilustre, aquele que sempre quis voltar, mas não pôde.
"Papa Francisco
Miserando atque Eligendo
Em Nome da Santíssima Trindade. Amém.
Sentindo que se aproxima o ocaso da minha vida terrena e com viva esperança na Vida Eterna, desejo expressar a minha vontade testamentária somente no que diz respeito ao local da minha sepultura.
Sempre confiei a minha vida e o ministério sacerdotal e episcopal à Mãe do Nosso Senhor, Maria Santíssima. Por isso, peço que os meus restos mortais repousem, esperando o dia da ressurreição, na Basílica Papal de Santa Maria Maior.
Desejo que a minha última viagem terrena se conclua precisamente neste antiquíssimo santuário Mariano, onde me dirigia para rezar no início e fim de cada Viagem Apostólica, para entregar confiadamente as minhas intenções à Mãe Imaculada e agradecer-Lhe pelo dócil e materno cuidado.
Peço que o meu túmulo seja preparado no nicho do corredor lateral entre a Capela Paulina (Capela da Salus Populi Romani) e a Capela Sforza desta mesma Basílica Papal, como indicado no anexo.
O túmulo deve ser no chão; simples, sem decoração especial e com uma única inscrição: Franciscus.
As despesas para a preparação da minha sepultura serão cobertas pela soma do benfeitor que providenciei, a ser transferida para a Basílica Papal de Santa Maria Maior e para a qual dei instruções apropriadas ao Arcebispo Rolandas Makrickas, Comissário Extraordinário do Cabido da Basílica.
Que o Senhor dê a merecida recompensa àqueles que me quiseram bem e que continuarão a rezar por mim. O sofrimento que esteve presente na última parte da minha vida eu ofereço ao Senhor pela paz no mundo e pela fraternidade entre os povos.
Santa Marta, 29 de junho de 2022"
A única vaticanista portuguesa já acompanhou mais de cem viagens papais ao longo de 30 anos de jornalista da Rádio Renascença. Ao JN, Aura Miguel conta como era o Papa que tinha sempre tempo para o outro.
O Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, recorda “o querido Papa Francisco”, que considerou “o peregrino da esperança, o peregrino da fraternidade, o peregrino da paz, o peregrino da dignificação de todos os homens e mulheres”.
O Vaticano começou já a confirmar as primeiras datas para organizar a sucessão do Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos, estando já marcada a primeira congregação de cardeais para terça-feira.
Esta noite, a partir das 20 horas locais (19 horas em Lisboa), terá lugar o rito de confirmação da morte de Francisco e a colocação do corpo na urna, indicou o diretor do serviço de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni.
A vigília será realizada na capela da Casa de Santa Marta e não no Palácio Apostólico, como decretado em vida pelo próprio Papa. Francisco escolheu viver na Casa de Santa Marta desde que foi eleito, em 2013, e recusou residir no Palácio Apostólico.
Além disso, às 19.30 horas locais (18.30 horas em Lisboa), tem início uma primeira oração na Praça de São Pedro.
Com a morte do Papa, o Vaticano entrou no período de Sede Vacante, liderada pelo cardeal camerlengo Kevin Farrell, até que seja eleito um sucessor de Francisco no conclave.
As congregações de cardeais vão ser lideradas pelo cardeal decano, o italiano Giovanni Battista Re, e na primeira será estipulada a liturgia fúnebre.
O corpo do Papa Francisco deverá ser transferido, na quarta-feira de manhã, para a Basílica de São Pedro, para que os fiéis possam rezar diante dos restos mortais, acrescentou Matteo Bruni.
Desconhece-se ainda quantos dias os fiéis poderão despedir-se do Papa no templo. No caso de Bento XVI, que morreu a 31 de dezembro de 2022, foram concedidos três dias, como é tradição.
Depois, será a vez do funeral, que, se o prazo de três dias for respeitado, poderá ter lugar já no sábado, 26 de abril.
A Constituição apostólica "Universi Dominici gregis", de São João Paulo II, determina que as exéquias são ser celebradas durante nove dias consecutivos e a sepultura deve ter lugar, “salvo razões especiais, entre o quarto e o sexto dia após a morte”.
As congregações cardinalícias reúnem-se habitualmente todos os dias para regular este processo de sucessão.
O conclave, durante o qual os 135 cardeais eleitores (com menos de 80 anos), vão escolher o futuro papa, deve realizar-se o mais tardar 20 dias após o funeral.
Portugal tem, pela primeira vez desde que o colégio cardinalício foi criado, quatro cardeais eleitores no conclave que irá escolher o sucessor de Francisco: António Marto, Américo Aguiar, Manuel Clemente e Tolentino de Mendonça.
O futebolista Lionel Messi, oito vezes vencedor da Bola de Ouro e campeão mundial de seleções pela Argentina, despediu-se hoje com saudade do Papa Francisco, que morreu aos 88 anos, lembrando a personalidade do seu compatriota.
“Distinto, próximo e argentino... Que descanse em paz, Papa Francisco. Obrigado por fazer do mundo um lugar melhor. Vamos sentir a sua falta”, reagiu o avançado dos norte-americanos do Inter Miami, de 37 anos, numa publicação nas redes sociais.
A mensagem é acompanhada por uma imagem de Messi ao lado do Papa Francisco, que foi fotografada em agosto de 2013, quando a seleção argentina foi recebida no Vaticano pelo pontífice - nomeado como chefe da Igreja Católica cinco meses antes -, nas vésperas de uma vitória sobre a Itália (2-1), num encontro particular disputado em Roma.
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro despediu-se hoje do Papa Francisco com uma mensagem nas redes sociais, na qual não mencionou o pontífice falecido, e disse que “a sua partida convida à reflexão e à renovação da fé”.
“O mundo e os católicos despedem-se daquele que ocupou uma das figuras mais simbólicas da fé cristã", escreveu o ex-presidente brasileiro, que está internado há mais de uma semana num hospital brasileiro a recuperar de uma cirurgia intestinal, acrescentando que, “para o Brasil e para o mundo, a figura do Papa sempre foi um sinal de unidade e orientação” e que “a sua partida convida à reflexão e à renovação da fé".
Bolsonaro, que governou o Brasil entre 2019 e 2022 e que nunca se encontrou com o Papa Francisco, na mensagem que partilhou não mencionou o nome do pontífice falecido, mas disse que “mais do que um líder religioso, o papado representa a continuidade de uma tradição milenar, guardiã dos valores espirituais que moldaram as civilizações”.
Durante esse período, o Papa fez críticas veladas a algumas decisões de Bolsonaro, especialmente em relação à Amazónia que, enquanto o líder de extrema-direita esteve no poder, sofreu graves incêndios, no meio de um desmantelamento de políticas para proteger o ambiente e combater as alterações climáticas.
Já a ex-presidente Dilma Rouseff, que governou entre 2011 e 2016, também escreveu uma mensagem nas suas redes sociais, afirmando que a partida do Papa Francisco "marca o fim de um dos pontificados mais humanistas", adiantando que, "em tempos marcados por desigualdades, crises ambientais e conflitos, Francisco foi presença de luz - capaz de unir fé e razão, espiritualidade e ação, oração e ternura".
"O Papa Francisco foi um líder exemplar - humilde e ousado em seu amor pelos mais frágeis", escreve Dilma Rouseff na mesma mensagem.
O Brasil é considerado o país com o maior número de católicos do mundo.
Um padre de uma paróquia de Gaza a quem o Papa telefonava diariamente agradeceu a proximidade que Francisco sempre lhe transmitiu e disse que a comunidade cristã local se reuniu hoje para uma oração espontânea.
“Agradecemos e rezamos por ele, que tanto amou a nossa igreja em Gaza e tanto trabalhou pela justiça e pela paz”, afirmou o padre argentino Gabriel Romanelli, citado pelas agências internacionais.
Romanelli, pároco da única igreja católica da Faixa de Gaza, disse que o Papa “amava muito” a população da região, lembrando que Francisco lhe telefonava todos os dias, desde o início do conflito com Israel – em outubro de 2023 -, e que manteve o contacto mesmo durante o seu internamento no Hospital Gemelli, em Roma, durante 38 dias, entre 14 de fevereiro e 23 de março.
"Descansa em paz, Papa Francisco. Que Deus te abençoe e a todos os que te amavam", escreveu o presidente dos EUA, Donald Trump, numa breve mensagem na rede Truth Social, pouco depois de a Casa Branca ter divulgado uma mensagem semelhante.
Trump mandou ainda colocar a bandeira dos Estados Unidos a meia haste em todos os edifícios públicos do país em homenagem ao Papa Francisco. “Ele amava o mundo. É uma honra fazer isto”, disse o presidente dos EUA sobre a decisão durante um curto discurso proferido durante a caça aos ovos organizada todos os anos pela Casa Branca (presidência) para assinalar a festa cristã da Páscoa.
Trump, cuja política anti-imigração foi duramente criticada por Francisco, descreveu o líder da Igreja Católica como “um bom homem” que “trabalhou muito”, segundo a agência notícias France-Presse (AFP).
Ao renunciar, Bento XVI criou o estatuto de Papa emérito e a Igreja Católica voltou a ter dois papas, embora em circunstâncias distintas daquelas no Grande Cisma do Ocidente, iniciado em 1378 quando Urbano VI liderava os católicos a partir de Roma, enquanto Clemente VII o fazia a partir da cidade francesa de Avignon.
F. C. Porto, Benfica e San Lorenzo são alguns dos clubes que já reagiram à morte do Papa. Emblema argentino, do qual o líder da igreja católica era sócio honorário, recordou, ainda, que houve a proposta para atribuir o nome de "Papa Francisco" ao futuro estádio dos "cuervos".
“Junto-me ao mundo para lamentar o falecimento de Sua Santidade o Papa Francisco, mensageiro da esperança, da humildade e da humanidade”, afirmou antónio Guterres num comunicado, no qual sublinha que o pontífice “foi uma voz transcendental em defesa da paz, da dignidade humana e da justiça social”.
Na nota, o secretário-geral da ONU sublinhou que Francisco “deixa um legado de fé, serviço e compaixão para todos, especialmente para aqueles que estão marginalizados ou presos pelos horrores do conflito”.
"Foi um homem de fé para todas as fés, trabalhando com pessoas de todas as fés e origens para iluminar um caminho a seguir", acrescentou.
Os edifícios do Parlamento Europeu terão as bandeiras a meia haste em homenagem ao Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos, anunciou a presidente da instituição, Roberta Metsola.
“Enquanto o mundo se une em luto pelo falecimento de Sua Santidade o Papa Francisco, as bandeiras no Parlamento Europeu serão hasteadas a meia haste”, divulgou Roberta Metsola, através das redes sociais, destacando o legado do pontífice.
O líder da delegação do PSD no Parlamento Europeu, Paulo Cunha, considerou, por seu lado, numa nota enviada à Lusa, que o testemunho de humanismo e espiritualidade de Francisco “marcam indelevelmente o século XXI, tanto pelas suas palavras como pelas suas ações”.
“A sua mensagem continuará a ser uma inspiração para todos os que aspiram a um mundo mais justo”, referiu ainda o eurodeputado português.
Uma igreja segura para “todos, todos, todos”. Foi esta mensagem que marcou a segunda, e a última, visita do Papa Francisco a Portugal, que veio até Lisboa para o encontro mundial com jovens católicos. Recorde as visitas do pontífice a território português.
Vítimas italianas de padres pedófilos afirmaram que o Papa Francisco, que morreu hoje, falou muito sobre os abusos sexuais clericais, mas fez pouco para combater.
“[O Papa] tirou-nos da nossa complacência e lembrou-nos que estamos todos sujeitos a obrigações morais para com Deus e uns para com os outros”, afirmou o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama, numa mensagem partilhadas com a mulher, MIchelle, nas redes sociais.
O antigo presidente dos EUA (2009/17) lembrou a “humildade e os gestos simples e profundos” de Francisco e deu como exemplo as vezes em que o Papa abraçou os doentes, cuidou dos sem-abrigo e lavou os pés de jovens presos. "O Papa Francisco foi o raro líder que nos fez querer ser melhores pessoas".
Obama e a mulher Michelle juntam-se a “todos aqueles que, em todo o mundo, católicos e não católicos, se sentiram fortalecidos e inspirados pelo exemplo do Papa”.
“Que possamos continuar a ouvir o seu apelo para ‘nunca ficarmos à margem desta marcha de esperança viva’”, concluiu.
Enquanto a Igreja Católica chora a morte do Papa Francisco, nos bastidores dá-se início de imediato a uma série de eventos coreografados, refinados ao longo dos séculos e de centenas de mortes de Papa. Algumas tradições do Vaticano remontam à Roma Antiga, mas Jorge Mario Bergoglio ordenou cerimónias mais simples.
A morte do Papa Francisco desencadeia um processo com séculos de tradição para a escolha de um novo Sumo Pontífice. Todos os cardeais são chamados a Roma para se reunirem no Vaticano, dando início ao Conclave para a eleição papal.
Veja a infografia aqui.
Mal teve o filho nos braços pela primeira vez, o pai Mario virou-se para a mãe Regina e atirou: “Será que é cedo demais para levar Jorge à sua primeira partida do San Lorenzo?”. Muitos anos depois, Jorge tornar-se-ia Papa, mas o destino futebolístico ficou traçado logo à nascença, segundo a lenda.
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Centenas de timorenses juntaram-se em Tasi Tolu, onde Francisco celebrou a missa durante a sua visita a Timor-Leste, em setembro de 2024, para prestar uma última homenagem ao Papa.
“Estou muito triste”, disse António de Jesus, um dos timorenses, que se deslocou ao recinto, a cerca de oito quilómetros de Díli, para acender uma vela por Francisco.
Ao longe, o altar iluminado lembrava a alegria manifestada pelos 600 mil fiéis que participaram na missa celebrada pelo Papa quando visitou o país. Agora, o silêncio da tristeza só era interrompido por orações e cânticos por Francisco, o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.
Em Timor-Leste, 98% dos 1,3 milhões de habitantes são católicos.
A agência de notícias italiana, a Ansa, informou que o Papa Francisco morreu devido a uma hemorragia cerebral, citando uma fonte próxima. Francisco foi hospitalizado a 14 de fevereiro, e esteve várias semanas internado no hospital até ter tido alta no fim de março, depois de ter sofrido várias complicações respiratórias. Este domingo realizou uma breve aparição em Roma, para as celebrações da Páscoa, visivelmente debilitado.
O presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, lamentou a morte do Papa Francisco, saudando a luta “muito corajosa” do líder católico pela paz e o apoio aos povos mais pobres do mundo.
“Não só os católicos de Timor-Leste, mas todas as religiões e todas as comunidades sentem a perda do papa... um papa que foi muito corajoso ao lutar contra os poderes do mundo e lutar pela paz, e lutar contra as pessoas que encurralaram os pobres e os países pobres”, disse.
Tristeza e orações preenchiam esta segunda-feira a Praça de São Pedro, no Vaticano, onde milhares de fiéis se reuniram para prestar homenagem ao Papa Francisco, falecido aos 88 anos na sua residência da Casa Santa Marta.
O rei Felipe VI de Espanha prestou homenagem à “coragem” e ao “conforto” que o Papa Francisco levou “aos mais pobres dos pobres”, num telegrama dirigido ao cardeal italiano Giovanni Battista Re, decano do Colégio dos Cardeais.
“Ele continuará a inspirar-nos com a sua convicção da necessidade de transmitir coragem e conforto aos mais pobres e necessitados, bem como com a importância que atribuía ao diálogo e ao consenso para alcançar um mundo de maior justiça e solidariedade”, disse o monarca na mensagem, publicada pela Casa Real na rede social X.
“Estou profundamente triste ao saber da morte do Papa Francisco. Tive o privilégio de estar com ele em algumas ocasiões, e ele sempre partilhou seu entusiasmo pelo futebol e enalteceu o importante papel que o nosso desporto tem na sociedade, em particular na relação com a educação e a proteção das crianças em todo o mundo”, disse o presidente da FIFA, Gianni Infantino.
O líder do organismo que rege o futebol mundial recuperou palavras do Papa sobre a modalidade: “O futebol é o desporto mais bonito do mundo”. E recordou a esperança manifestada por Francisco de que o futebol seja uma força unificadora, por ocasião do encontro de líderes mundiais sobre os direitos das crianças, no Vaticano, no início deste ano.
No mesmo sentido, o presidente da UEFA, o esloveno Aleksander Ceferin, afirmou que “o Papa Francisco foi um farol de esperança para toda a humanidade nestes tempos de guerra e dificuldades. Uma humanidade que agora permanecerá órfã de uma voz incansável e poderosa”.
Num comunicado publicado no site da UEFA, o presidente do organismo que rege o futebol europeu destacou o papel de Francisco na “defesa dos pobres, dos humildes e dos vulneráveis” e na luta por “uma paz que sempre pareceu distante, mas cada vez mais almejada pelo coração do mundo”.
"A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. O Papa Francisco viveu e propagou no seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos", salientou Luiz Inácio Lula da Silva.
"Assim como ensinado na oração de São Francisco, o argentino Jorge Bergoglio buscou de forma incasável levar o amor onde existia o ódio. A união onde havia a discórdia. E a compreensão de que somos todos iguais, vivendo numa mesma casa, o nosso planeta", acrescentou o presidente do Brasil.
D. António Marto, D. Manuel Clemente, D. Tolentino Mendonça e D. Américo Aguiar. Um destes quatro cardeais pode suceder a Francisco. Saiba quem são e como chegaram ao topo da Igreja Católica.
A cidade de Roma está a preparar medidas de segurança especiais para os próximos dias, tendo em conta os milhares de fiéis esperados para participar nas para as cerimónias fúnebres do Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos.
O chefe do departamento de Proteção Civil da capital romana, Fabio Ciciliano, convocou para a tarde de hoje uma reunião urgente para a tomada de medidas excecionais na cidade, onde já foi montado um sistema de segurança especial nas imediações da Praça de São Pedro, no Vaticano.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, terá pedido a Ciciliano que ative todas os dispositivos necessários para garantir toda a segurança na afluência e presença de fiéis em Roma para as últimas homenagens e funeral do Papa, que deverão decorrer nos próximos nove dias.
Para terça-feira de manhã foi convocado um Conselho de Ministros, no qual Fabio Ciciliano deverá ser nomeado coordenador de toda a operação de segurança relacionada com as cerimónias fúnebres de Francisco, tal como aconteceu em 2005, quando morreu o Papa João Paulo II.
A presidência do Conselho de Ministros de Itália ordenou que todas as bandeiras de edifícios públicos sejam colocadas a meia-haste, tendo comunicado a mesma ordem às forças armadas e policiais e às representações diplomáticas.
O ex-presidente norte-americano, Joe Biden, considera que o Papa Francisco será lembrado como “um dos líderes mais importantes” do seu tempo.
“Ele era diferente dos que o precederam (...). Era o Papa do povo, um farol de fé, esperança e amor”, disse Biden, citado pela agência de notícias France Presse (AFP).
Biden, um fervoroso católico, publicou uma mensagem de condolências nas redes sociais acompanhada com uma fotografia ao lado de Francisco. O ex-presidente (2021-2025) saudou a luta de Francisco contra a pobreza, desde logo na Argentina, onde nasceu como Jorge Bergoglio em 17 de dezembro de 1936. “Serviu durante décadas os mais vulneráveis na Argentina”, afirmou.
Enquanto Papa, foi “um pastor amoroso e um professor desafiante que se aproximou de diferentes credos”, disse Biden, também citado pela agência de notícias espanhola Europa Press.
“Defendia os que não tinham voz nem poder. Fez com que todos se sentissem bem-vindos e vistos pela Igreja”, referiu sobre o primeiro jesuíta a liderar a Igreja Católica.
“O Papa Francisco será recordado como um dos líderes mais importantes do nosso tempo”, considerou ainda Joe Biden.
A principal instituição do Islão sunita no mundo lamentou a morte do Papa Francisco, que descreveu como "um símbolo de humanidade" e a quem agradeceu os esforços no combate à islamofobia e na promoção do diálogo inter-religioso.
Em comunicado, o xeque Ahmed al-Tayeb, da instituição Al Azhar, lamentou a morte do “irmão”, depois de “uma vida dedicada ao trabalho em prol da humanidade, ao apoio aos mais fracos e à promoção do diálogo inter-religioso”, recordando que Francisco “não poupou esforços para servir a humanidade”.
Al-Tayeb observou que a relação entre Al Azhar e o Vaticano se desenvolveu durante a era de Francisco, durante a qual o Papa participou na Conferência de Paz do movimento sunita, em 2017, e assinou, em 2019, o Documento sobre a Fraternidade Humana para a Paz Mundial e a Coexistência Comum.
“Isso aconteceu à margem de reuniões e projetos conjuntos que se expandiram notavelmente nos últimos anos e contribuíram para impulsionar a roda do diálogo islâmico-cristão”, observou a instituição, com sede no Egito.
Al-Tayeb recordou ainda o “interesse do Papa Francisco em reforçar as relações com Al Azhar e com o mundo islâmico através das visitas a vários países islâmicos e árabes”, destacando igualmente as opiniões do pontífice que expressavam “justiça e humanidade, especialmente contra a agressão em Gaza e em repelir a abominável islamofobia”.
Nas suas várias viagens, o Papa Francisco relançou o diálogo com o Islão, que durante o pontificado de Bento XVI tinha sofrido alguns mal-entendidos.
Os sinos da Basílica de Nossa Senhora do Rosário vão tocar sinais fúnebres, diariamente, após as 9.30 horas, até ao dia do funeral do Papa Francisco.
Já esta segunda-feira, às 15.15 horas, há toque fúnebre do carrilhão da mesma basílica, com a duração até quatro minutos.
O carrilhão toca todos os dias 13 àquela hora, um toque festivo para assinalar as Aparições de Fátima.
O Papa Francisco “inspirou milhões de pessoas, muito para além da Igreja Católica, com a sua humildade e o seu amor puro pelos mais desfavorecidos”, elogiou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
“Os meus pensamentos estão com todos aqueles que sentem esta profunda perda”, acrescentou a líder europeia na rede X, esperando que o legado do jesuíta argentino "continue a guiar-nos a todos para um mundo mais justo, mais pacífico e mais compassivo".
A Comunidade Israelita de Lisboa expressou o seu “profundo pesar” pela morte do Papa Francisco e exorta os líderes mundiais a escutarem a sua última mensagem, em que alertou para o crescente clima de antissemitismo no mundo.
Numa nota enviada à agência Lusa, a direção da Comunidade Israelita de Lisboa (CIL) destaca a “figura notável” do Papa Francisco, “pela sua dedicação à paz, ao diálogo inter-religioso e ao respeito pela dignidade humana”.
A CIL recorda, com especial reconhecimento, as suas derradeiras palavras públicas, constantes na mensagem "Urbi et Orbi" de domingo, na Basílica de São Pedro, “e a sua preocupação expressa” em relação ao “crescente clima de antissemitismo que se está a espalhar por todo o mundo”.
“Que a sua última mensagem pública seja escutada pelos líderes de todo o mundo e que possa materializar-se na promoção constante do entendimento entre povos e religiões e no fortalecimento dos laços históricos e espirituais entre as comunidades judaica, católica e muçulmana”, salienta.
“Foi o Papa dos católicos, mas foi marcante e inspirador para toda a humanidade. A mensagem dele era válida para todos, crentes e não crentes”, disse à agência o Imã principal da mesquita central de Lisboa, sheikh Munir.
O imã definiu o Papa como um exemplo e como uma pessoa inspiradora. “Esperamos que o novo Papa consiga dar continuidade àquilo que o Papa Francisco fez, e o Papa João Paulo, e que o faça de forma a que as pessoas não voltem as costas às religiões”, declarou.
“A morte do Papa Francisco já se esperava. Estava doente. Teve uma recuperação que penso que foi para se despedir. Como homem de fé e crente que era foi ao encontro do divino”, acrescentou o imã.
O Vaticano anunciou uma oração pública pelo Papa Francisco às 18.30 horas (hora em Portugal continental) na Praça de São Pedro.
A Comunidade Hindu de Portugal manifestou “o mais profundo pesar” pela morte do Papa Francisco, considerando tratar-se de uma figura marcante cuja liderança espiritual transcendeu fronteiras religiosas, culturais e sociais.
“O Papa Francisco será lembrado como um homem de fé inabalável, humildade genuína e profundo compromisso com os mais vulneráveis. Foi um defensor incansável da paz, da justiça social, da ecologia integral e do diálogo entre religiões”, afirmou a Comunidade Hindu, em comunicado enviado à agência Lusa.
“A sua voz foi, ao longo dos anos, um farol de esperança num mundo tantas vezes marcado pela divisão e pela indiferença”, acrescenta-se no documento.
A comunidade recordou ainda, “com gratidão”, a visita do Papa a Lisboa por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, em 2023, ao referir que foi um “momento histórico” em que Francisco se reuniu com representantes de diferentes tradições religiosas. “A Comunidade Hindu de Portugal teve a honra de estar presente nesse encontro inter-religioso, testemunhando pessoalmente o seu apelo à fraternidade universal, ao respeito mútuo e à construção de pontes entre povos e crenças”, lê-se no texto.
“Enquanto comunidade espiritual, sentimos uma profunda afinidade com os valores que o Papa Francisco defendeu ao longo da sua vida: a Ahimsa (não-violência), a Karuna (compaixão), o Seva (serviço desinteressado) e o Sarva Dharma Sambhava (respeito por todas as religiões)”, exemplifica a comunidade.
Estes princípios, acrescenta, fazem parte do “coração do Sanātana Dharma”, o caminho eterno que orienta os valores universais do Hinduísmo e promove a harmonia, a verdade e a unidade na diversidade.
“Neste momento de luto e reflexão, unimo-nos à Igreja Católica e a todos os fiéis no tributo à vida e ao legado de um verdadeiro mensageiro da paz. Que a sua alma alcance a libertação espiritual e que o seu exemplo continue a inspirar a humanidade”, escreveram os líderes da Comunidade Hindu.
O Governo de Cabo Verde vai decretar dois dias de luto nacional, terça e quarta-feira, pela morte do Papa Francisco, anunciou o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.
O primeiro-ministro classificou a morte do Papa Francisco como "uma grande perda para a humanidade e para a Igreja Católica", manifestando consternação e expressando as condolências.
Ulisses Correia e Silva enalteceu o legado do Papa Francisco, qualificando-o como um "grande combatente pela transparência, moralidade na Igreja, pela paz, pela dignidade dos imigrantes e pelo planeta, face às mudanças climáticas".
“O Papa Francisco tem sido uma figura de destaque da dignidade humana e um defensor inabalável da ação climática”, disse o responsável da ONU para as alterações climáticas, Simon Stiell, em comunicado.
Salientando que o Papa tinha um profundo conhecimento das “complexas questões climáticas”, Simon Stiell recordou que a sua liderança reuniu “as forças mais poderosas da fé e da ciência para transmitir verdades irrefutáveis” ao lembrar os custos da crise climática para milhares de milhões de pessoas.
“Através da sua luta incansável, o Papa Francisco recordou-nos que não pode haver prosperidade partilhada enquanto não fizermos as pazes com a natureza e não protegermos os mais vulneráveis, uma vez que a poluição e a destruição ambiental colocam o nosso planeta à beira do colapso”, frisou.
Em comunicado enviado a partir do seu local de exílio, na Índia, o Dalai Lama lembrou que o Papa “dedicou-se a servir os outros” e referiu que Francisco dava “regularmente o exemplo de como levar uma vida simples, mas significativa”.
O líder do budismo tibetano considerou ainda que a melhor homenagem que lhe pode ser prestada agora é “demonstrar carinho, servir os outros onde quer que se esteja e de qualquer forma que se possa”.
O primeiro-ministro Luís Montenegro anunciou que o Governo irá decretar três dias de luto nacional pela morte do Papa Francisco, em data coincidente com as cerimónias fúnebres, ainda a anunciar pelo Vaticano.
“Enquanto se aguardam indicações da Santa Sé sobre a data das exéquias, o Governo de Portugal propôs a Sua Excelência o presidente da República que fossem decretados três dias de luto nacional, que serão oportunamente confirmados de acordo e coincidindo com as cerimónias fúnebres”, declarou Montenegro.
O Jubileu, um acontecimento católico que visa intensificar a fé e é celebrado a cada 25 anos, será mantido, apesar da morte do Papa Francisco, pelo que os eventos e celebrações litúrgicas vão continuar, informou o Vaticano.
Para já, o Vaticano suspendeu apenas a canonização do jovem italiano Carlo Acutis, que deveria acontecer a 27 de abril, durante o Jubileu dedicado aos adolescentes, por se tratar de um evento que só pode ser autorizado por um pontífice, confirmou a Santa Sé, em comunicado.
O Vaticano prevê trasladar o corpo do Papa Francisco na quarta-feira para a Basílica de São Pedro, em Roma, para que os fiéis se possam despedir.
“A transferência do corpo do Santo Padre para a Basílica do Vaticano, para a homenagem de todos os fiéis, poderá ter lugar na quarta-feira de manhã”, anunciou o gabinete de imprensa da Santa Sé, com o seu diretor, Matteo Bruni, a especificar que a data precisa será indicada na terça-feira, no final da primeira Congregação de Cardeais.
O presidente da Argentina, Javier Milei, vai decretar sete dias de luto nacional pela morte do Papa Francisco.
“Morreu o Papa Francisco. Líder espiritual e guia de milhões de homens e mulheres”, disse o porta-voz Manuel Adorni numa breve mensagem no X. “O presidente da Nação vai declarar sete dias de luto pela morte do Santo Padre”.
O secretário-geral do PS afirmou, há instantes, que o Papa Francisco "foi um crítico do populismo", que defendeu a paz.
Pedro Nuno Santos destacou o afeto dedicado aos mais pobres e aos mais vulneráveis pelo chefe da Igreja, lembrando uma citação: "Só há uma situação em que alguém pode falar de cima para baixo, é quando está a ajudar", recordou numa breve comunicação aos jornalistas, em Lisboa. "Ele foi também um crítico do populismo, um defensor da paz e um crítico do liberalismo, da economia que mata, que produz pobreza", considerou.
O líder dos socialistas aludiu ainda a outra das frases marcantes do Papa Francisco "Pior que se ser ateu é ir-se à missa todos os dias e depois professar o ódio", citou, frisando que a mensagem de amor ao próximo é aquela que mais marca o trabalho do Papa. "Uma igreja que aceita todos, é essa a mensagem de exemplo, para todos e também para a Igreja Católica que deve perdurar", defendeu.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes recorda o Papa Francisco como "um dos pPapas mais marcantes da Igreja Católica" e elogiou o seu pontificado, descrevendo-o como "profundamente inspirador, agregador e corajoso".
Numa nota à comunicação social, Luís Marques Mendes considera que o pontificado de Francisco foi "inspirador pela mensagem, pelo gesto e pela simpatia cativante" e também "pela humildade, simplicidade e autenticidade".
De acordo com Marques Mendes, o seu pontificado foi marcado pela preocupação de "unir e congregar". No seu entender, a defesa de uma Igreja para "todos, todos, todos", proclamada na Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, ficará como "um dos momentos mais icónicos deste Papa", ilustrativo "da sua capacidade de ser abrangente, de potenciar o humanismo e de ser justo".
O ex-ministro da Administração Interna publicou uma imagem sua a cumprimentar o Papa Francisco para recordar o legado do chefe da Igreja Católica, que morreu esta segunda-feira, aos 88 anos.
"O Papa Francisco, na linha ecuménica do Concílio Vaticano II, de João XXIII e Paulo VI, representa uma Luz que não se apagando, faz a Igreja mais forte: a do diálogo e da compreensão entre culturas e religiões, da participação dos crentes no percurso da Igreja, da esperança na permanente Redenção do Ser Humano e na defesa da sua igual Dignidade", escreveu José Luís Carneiro no Instagram.
“Para ser grande, acima de tudo é necessário saber ser pequeno. A humildade é a base da verdadeira grandeza. Papa Francisco. A esperança é uma luz na noite. Grande Papa”, refere José Mourinho, atual teinador do Fenerbahçe, que manifestou várias vezes apreço pelo Papa Francisco, na rede social Instagram.
Os quatro jogos da 33.ª jornada da Liga italiana de futebol que estavam marcados para esta segunda-feira foram adiados devido à morte do Papa Francisco.
“Na sequência do desaparecimento do Santo Padre, a Liga anuncia que os jogos dos campeonatos da primeira divisão [Serie A] e reservas vão ser adiados para datas ainda a determinar”, explicou a Liga italiana, em comunicado.
A visita da Juventus ao Parma é um dos jogos adiados, juntamente com as da Lazio ao Génova, da Udinese ao Torino e da Fiorentina ao Cagliari.
O Governo vai decretar luto nacional em memória do Papa Francisco, disse à agência Lusa fonte do gabinete do primeiro-ministro Luís Montenegro.
A mesma fonte não adiantou, contudo, o período abrangido pelo luto nacional.
Numa intervenção perante 500 mil pessoas, o Papa Francisco garantiu que a Igreja tem lugar para "todos", sem exceção. E pediu a cada jovem que seja o protagonista da sua vida. Foi uma das expressões mais marcantes do Papa Francisco na JMJ 2023, em Lisboa.
Os chefes de Estado e de Governo africanos lamentaram hoje a morte do Papa Francisco, a quem reconheceram o seu compromisso para com os mais vulneráveis, a sua luta pela inclusão, justiça e promoção da paz:
O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, recordou o Papa Francisco como "um grande homem de paz, de fé e de justiça", e enviou as suas condolências e "pensamentos afetuosos" aos seus entes queridos e aos católicos de todo o mundo.
Samia Suluhu, presidente da Tanzânia, descreveu o Papa Francisco como um "professor e líder" que "ensinou e inspirou o bem-estar e o desenvolvimento das pessoas". Suluhu destacou os esforços do pontífice na promoção da paz e transmitiu as suas condolências aos fiéis católicos na Tanzânia e em todo o mundo.
Em torno da vida pessoal e pública do Papa há muitas curiosidades que escaparam aos olhos dos nossos leitores. Deixamos aqui alguns exemplos.
O corpo do Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos, será depositado numa urna ao final da tarde na capela da residência de Santa Marta, no Vaticano, onde vivia desde a sua eleição, anunciou a Santa Sé.
“Esta noite, segunda-feira 21 de abril, às 20 horas locais (19 horas em Lisboa), a sua eminência o reverendíssimo cardeal Kevin Joseph Farrell, cardeal camerlengo da Santa Igreja Romana, presidirá ao rito de certificação da morte e à colocação do corpo na urna”, acrescentou o Vaticano num comunicado.
O cardeal camerlengo é uma figura dominante em toda esta fase chamada sede vacante, o período em que não há Papa na Igreja Católica. Durante esta fase, cabe-lhe gerir o quotidiano do palácio apostólico, em que não podem ser tomadas decisões de relevo.
Kevin Farrell foi nomeado em 2019 pelo próprio Papa Francisco.
O Vaticano informou hoje que o funeral do Papa Francisco será realizado dentro de nove dias e o conclave para eleger o seu sucessor dentro de um mês.
O Grupo VITA expressou hoje "enorme gratidão pelo caminho de acolhimento, coragem e transformação" traçado na Igreja Católica pelo Papa Francisco e deixou às vítimas de abuso sexual a convicção de que o percurso é irreversível.
"O Grupo VITA expressa a sua profunda tristeza pela perda do Papa Francisco, e também a enorme gratidão pelo caminho de acolhimento, coragem e transformação que traçou na Igreja Católica", refere, em comunicado, a entidade criada pela Conferência Episcopal Portuguesa para acompanhar situações de abuso sexual na Igreja Católica.
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou esta segunda-feira que irá cumprir um minuto de silêncio em honra ao Papa Francisco em todos os jogos organizados até o dia 27 de abril. Pedro Proença, em nota, já tinha destacado o "legado de fraternidade".
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O presidente da Argentina, Javier Milei, prestou homenagem à “sabedoria” do Papa Francisco, apesar das “diferenças” entre os dois, em reação à notícia da morte do Sumo Pontífice argentino.
“Apesar das diferenças que hoje parecem menores, tê-lo conhecido na sua bondade e sabedoria foi uma verdadeira honra para mim”, publicou Milei na plataforma X.
A avó paterna, que tratava por "nonna" Rosa, era profundamente religiosa e teve uma grande influência na sua educação. Houve mais mulheres marcantes na infância e juventude, desde logo a mãe, Regina, que Jorge Mario teve de substituir muitas vezes, nas tarefas domésticas, por ser o filho mais velho.
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O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, enviou condolências aos católicos após a morte do Papa Francisco, destacando os "esforços incansáveis" por "um mundo mais justo".
"Os seus esforços incansáveis para promover um mundo mais justo para todos deixarão um legado duradouro", escreveu Keir Starmer, na rede social X.
O governo britânico também anunciou que as bandeiras dos seus edifícios ficarão a meia haste até terça-feira à noite.
O presidente russo, Vladimir Putin, prestou homenagem ao Papa Francisco, saudando-o como um “líder sábio” e um “defensor constante dos valores do humanismo e da justiça”.
"Ao longo do seu pontificado, contribuiu ativamente para o desenvolvimento do diálogo entre as Igrejas Ortodoxa Russa e Católica Romana, bem como para a interação construtiva entre a Rússia e o Vaticano", declarou Putin, num telegrama de condolências publicado pelo Kremlin (presidência).
Para Putin, o Papa tinha uma “grande autoridade internacional como fiel servidor dos ensinamentos cristãos", afirmando ainda que Francisco era uma figura religiosa sábia e um estadista, “um defensor constante dos valores fundamentais do humanismo e da justiça".
O presidente russo enfatizou que "preservará para sempre a memória mais brilhante" do Papa.
O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, prestou homenagem ao Papa Francisco, saudando-o como “um amigo leal do povo palestiniano”.
“Perdemos um amigo leal do povo palestiniano e dos seus legítimos direitos, um forte defensor dos valores da paz, do amor e da fé em todo o mundo, e um verdadeiro amigo da paz e da justiça”, disse Abbas, citado pela agência noticiosa oficial WAFA.
Abbas apresentou as “mais profundas condolências ao Vaticano e aos crentes de todo o mundo” pela morte de Francisco, que descreve como “um símbolo de tolerância, amor e fraternidade”.
A WAFA destacou que Francisco “reconheceu o Estado da Palestina, hasteou a bandeira palestiniana no Vaticano e visitou Belém, onde foi recebido pelo Presidente Mahmoud Abbas”.
A Casa Branca prestou homenagem ao Papa Francisco após a sua morte com uma breve mensagem na rede social X com votos de que "o Papa Francisco descanse em paz".
A mensagem foi acompanhada por fotografias do falecido Papa reunido com o presidente norte-americano, Donald Trump, e com o vice-presidente, JD Vance, com quem se encontrou no domingo.
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, lamenta a "trágica notícia" da morte do Papa Francisco, que "deixa de luto milhões de pessoas no mundo".
"Ele sabia como dar esperança, aliviar o sofrimento através da oração e promover a unidade. Rezou pela paz na Ucrânia e pelos ucranianos. Estamos de luto juntamente com os católicos e todos os cristãos que esperavam o apoio espiritual do Papa Francisco. Memória eterna!", destaca o presidente da Ucrânia.
O rei Carlos III disse estar “profundamente triste” com a morte do Papa Francisco e que ficou “muito comovido” ao visitá-lo no início do mês com a rainha Camilla.
“Através do seu trabalho e do seu cuidado pelas pessoas e pelo planeta, ele tocou profundamente a vida de tantos”, salienta o rei Carlos III, que é também o chefe da Igreja de Inglaterra.
O bispo de Leiria-Fátima, D. José Ornelas, enaltece o Papa Francisco, que morreu esta segunda-feira, como "um verdadeiro alter Christus, outro Cristo — entre nós". Na nota de pesar fala de um religioso que "não procurou respostas fáceis nem soluções imediatas", lançando a Igreja "num dinamismo de escuta e conversão".
Pouco tempo depois de ter assumido o pontificado, Francisco declarou que seria intransigente perante os crimes de pedofilia na Igreja Católica e que iria combatê-los com determinação, seguindo a linha de tolerância zero iniciada pelo seu antecessor.
Excluindo as deslocações em Itália, o Papa Francisco visitou 70 locais, em 65 países.
O bispo do Porto, Manuel Linda, recorda o Papa Francisco como um “zeloso servidor da Igreja universal” e um “muito apreciado líder mundial na paz e na fraternidade”.
Numa nota publicada na página oficial de Internet da Diocese do Porto, o bispo assumiu que "a notícia acaba de cair abruptamente e todos nós a sofremos”.
Manuel Linda salientou que Deus chamou à sua presença “este zeloso servidor da Igreja universal na Sé de Pedro e muito apreciado líder mundial na paz e na fraternidade”.
“Fátima chora o falecimento do Santo Padre. Francisco sempre foi um devoto expresso de Nossa Senhora e, na Cova da Iria, deixou marcas profundas”, refere o Santuário de Fátima numa nota. Um exemplo dessa devoção foi “o pedido da presença da imagem original da Virgem de Fátima, em Roma, no Jubileu da Espiritualidade Mariana, a celebrar em outubro”.
“Ao longo do seu pontificado de 12 anos, mereceram especial destaque três momentos no que ao Santuário de Fátima diz respeito”, adiantou o templo mariano, referindo que, em 2013, a imagem da Virgem de Fátima foi a Roma, a pedido de Francisco, “para a Jornada Mariana promovida pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização”.
Já em 2017, no centenário dos acontecimentos na Cova da Iria, Francisco deslocou-se “pela primeira vez à Cova da Iria para rezar aos pés da Imagem venerada na Capelinha das Aparições e para canonizar os beatos Francisco e Jacinta”.
“Mais recentemente, em 2023, no contexto da Jornada Mundial da Juventude, regressou a Fátima para rezar na companhia de jovens com deficiência e de jovens reclusos”, assinalou o santuário, referindo que, esta manhã, “os sinos da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima tocaram, em sinal de luto pela partida do Papa Francisco”.
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) lamentou a morte do Papa Francisco, ambicionando que “o seu legado de fraternidade seja seguido e honrado”.
Numa mensagem divulgada na Internet e assinada pelo presidente da FPF, Pedro Proença, o organismo que rege o futebol em Portugal sublinhou que “o seu percurso e exemplo jamais serão esquecidos”.
“Em meu nome e da FPF, associo-me ao lamento e consternação pelo falecimento do Papa Francisco. Um Homem de causas que, com a sua simplicidade e humildade, teve a capacidade de tocar o Mundo, acima de qualquer credo religioso. Que o seu legado de fraternidade seja seguido e honrado, assim como o seu ideal de uma Igreja para todos”, escreveu o antigo árbitro.
O secretário-geral do PS enaltece a “voz corajosa” do Papa Francisco em defesa da justiça, dignidade humana e paz, considerando que foi um Papa dos pobres e dos excluídos, cujo legado “ficará para sempre inscrito na história”.
“Foi com profunda consternação que recebi a notícia da morte de Sua Santidade o Papa Francisco”, afirmou Pedro Nuno Santos através das redes sociais. A liderança espiritual do Papa Francisco “transcendeu fronteiras religiosas e políticas, tornando-se uma referência ética e moral para milhões em todo o mundo”, sublinha.
“Foi um Papa dos pobres, dos excluídos, dos que não têm voz. Um defensor incansável do ambiente, da solidariedade entre os povos e da necessidade de uma economia mais justa. O seu legado ficará para sempre inscrito na história do nosso tempo”, enalteceu.
Em nome do PS e seu nome pessoal, Pedro Nuno Santos expressou à Igreja Católica, à comunidade católica portuguesa e ao Vaticano o “mais sentido pesar”.
“Que a sua memória continue a inspirar todos aqueles que acreditam num mundo mais humano, mais justo e mais fraterno”, apelou.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, associou-se “com tristeza” aos milhões que choram a morte do Papa, lembrando a preocupação de Francisco “com os grandes desafios globais do nosso tempo”.
António Costa recorda um líder da Igreja Católica “profundamente compassivo”.
“Preocupou-se com os grandes desafios globais do nosso tempo, das migrações às alterações climáticas, da desigualdade à paz, mas também com as lutas quotidianas das pessoas comuns”, escreveu António Costa.
A mensagem, escrita em espanhol - a língua do primeiro Sumo Pontífice argentino - refere ainda as causas que o jesuíta defendeu no Dia Mundial da Paz: a anulação da dívida externa, a abolição da pena de morte e a criação de um fundo mundial para a eliminação definitiva da fome.
"Que as suas ideias continuem a guiar-nos para um futuro de esperança. Que ele descanse em paz", desejou também o líder do Conselho Europeu.
Centenas de fiéis estão na Praça de São Pedro, no Vaticano, no dia da morte de Francisco. O Papa morreu esta segunda-feira de madrugada, depois de uma breve aparição as celebrações da Páscoa, onde apelou ao cessar-fogo em Gaza.
Desde as 11 horas (10 horas em Portugal continental), os sinos da catedral de Notre-Dame, em Paris, França, tocam 88 vezes em honra do Papa Francisco, que morreu, esta segunda-feira, aos 88 anos.
As “88 badaladas por 88 anos de vida” serão concluídas com um grande repique de sinos, informou o gabinete de imprensa da catedral de Notre-Dame.
Uma missa está prevista para o meio-dia, seguida de outra às 18 horas, antes de uma grande vigília de oração por volta das 19 horas em homenagem ao pontífice, acrescentou a mesma fonte.
No centenário das aparições, em 2017, Francisco visitou pela primeira vez Fátima. Milhares assistiram na Cova da Iria, no dia 13 de maio, à canonização de Francisco e Jacinta Marto, crianças que considerou como "exemplo", tendo em conta "a força para superarem contrariedades e sofrimentos".
A Torre Eiffel será desligada, esta segunda-feira à noite, em homenagem ao Papa Francisco, anunciou a Câmara de Paris.
O primeiro-ministro português escreveu uma mensagem de homenagem a Francisco, descrevendo-o como "um Papa extraordinário, que deixa um singular legado de humanismo, empatia, compaixão e proximidade às pessoas". Luís Montenegro falou ainda da "ligação muito forte do povo português com Sua Santidade", relembrando as visitas do Papa a Portugal por altura do Centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima e da Jornada Mundial da Juventude. "A melhor forma de honrar o seu tributo será seguirmos no dia-a-dia, nas nossas diferentes atividades, os seus ensinamentos e o seu exemplo", escreveu na rede social X o chefe do Governo.
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, diz estar “profundamente triste” com a morte do Papa Francisco, lembrando que o pontífice serviu os pobres e ofereceu esperança aos que sofrem.
“O Papa Francisco será sempre recordado como um farol de compaixão, humildade e coragem espiritual por milhões de pessoas em todo o mundo”, afirmou, numa declaração divulgada pela agência AFP. “Recordo com carinho os meus encontros com ele e fiquei muito inspirado pelo seu empenho no desenvolvimento inclusivo e global”.
O vice-presidente dos EUA, JD Vance, que foi brevemente recebido pelo Papa Francisco no domingo, poucas horas antes da sua morte, enviou esta segunda-feira os seus pensamentos “aos milhões de cristãos de todo o mundo que o amavam”.
“O meu coração está com os milhões de cristãos de todo o mundo que o amavam. Fiquei feliz por o ver ontem (domingo), apesar de ele estar obviamente muito doente”, disse JD Vance, que está atualmente de visita à Índia.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, destacou o “profundo legado” deixado pelo Papa Francisco, pelo seu compromisso com a paz e a justiça social.
"Lamento a morte do Papa Francisco. O seu compromisso com a paz, a justiça social e os mais vulneráveis deixa um legado profundo. Que descanse em paz", escreveu o presidente do executivo espanhol nas redes sociais, após a morte do chefe da Igreja Católica.
O processo para a reforma da Igreja teve início em outubro de 2021, quando o Papa anunciou um processo de consulta, a nível mundial e com a duração de dois anos, envolvendo religiosos e leigos. Esta auscultação pode contribuir para a discussão de temas delicados, como a ordenação de mulheres ou o casamento dos padres.
O Irão foi dos primeiros países a apresentar as suas “condolências” após a morte do Papa Francisco, segundo a agência France Presse.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, saúda “um homem de fé profunda e de compaixão sem fim”, na homenagem ao Papa Francisco, após divulgação da sua morte pelo Vaticano.
Sublinha ainda que Francisco “atribuiu, com razão, grande importância ao reforço dos laços com o mundo judaico e à promoção do diálogo inter-religioso como via para uma maior compreensão e respeito mútuo”, numa mensagem transmitida por um porta-voz da Presidência.
O presidente francês, Emmanuel Macron, enviou “as suas condolências aos católicos de todo o mundo”, após ser anunciada a morte do Papa Francisco, um homem que esteve sempre “ao lado dos mais vulneráveis e frágeis”.
Friedrich Merz, que vai ser eleito a 6 de maio chanceler da Alemanha, destacou o "compromisso incansável" do Papa Francisco com "os mais fracos da sociedade, com a justiça e a reconciliação". Numa mensagem publicada na rede social X, onde expressou profunda tristeza pela morte do chefe da Igreja Católica, Merz falou de um homem que "tocou pessoas em todo o mundo e além das fronteiras religiosas".
Jorge Mario Bergoglio nasceu no Bairro das Flores, em Buenos Aires, capital da Argentina, no dia 17 de dezembro de 1936, e foi batizado no dia de Natal.
Francisco morreu hoje, anunciou o Vaticano. O Papa que revolucionou a forma como o Mundo olha para a Igreja Católica partiu aos 88 anos, depois de uma intensa batalha contra várias doenças que o debilitavam há vários anos, sem que nunca o tivessem afastado da cadeira de Pedro.