Prémio resulta da receita de impostos reunida graças à cobrança coerciva. Há 53,6 milhões para distribuir.
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O prémio de produtividade relativo à cobrança coerciva de impostos ao longo do ano passado vai render, em média, mais de 5 mil euros a cada funcionário do Fisco. A portaria, assinada pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, foi publicada esta sexta-feira em Diário da República.
Os cerca de 10 mil funcionários de todos os serviços da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) terão direito a 5% do esforço empreendido ao longo de 2022 no sentido de arrecadar de forma coerciva mais impostos. Aquele esforço rendeu exatamente 1071,3 milhões de euros, mais 171,8 milhões de euros face ao ano anterior. Sendo assim, o bolo a distribuir ascende a 53,6 milhões de euros. Embora a média aritmética aponte para um valor superior a 5 mil euros por cabeça, montante distribuído em três parcelas (maio, setembro e dezembro), a divisão não é equitativa. Os dirigentes receberão cerca de 7 mil euros e os outros trabalhadores cerca de 3800 euros, segundo fonte ligada à AT.
O IRS foi o imposto com maior peso nas dívidas fiscais recuperadas (28,9%), totalizando 309,5 milhões de euros.