O conflito entre Israel e o Hamas, desencadeado a 7 de outubro por um ataque daquele grupo extremista palestiniano, ameaça extravasar, enquanto dos EUA chega um apelo à paz.
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Uma avaliação da inteligência militar francesa indica que a causa mais provável da explosão num hospital em Gaza foi um foguete palestiniano falhado, com uma carga explosiva de cerca de cinco quilos, adiantou esta sexta-feira um oficial militar francês.
Vários foguetes no arsenal do movimento islamita Hamas carregam cargas explosivas com aproximadamente esse peso, incluindo um foguete de fabrico iraniano e outro de fabrico palestiniana, referiu a fonte da inteligência francesa, citado pela agência Associated Press (AP).
Nenhuma das informações de inteligência apontou para um ataque israelita, frisou este responsável, que falou sob condição de anonimato, mas foi autorizado a discutir a avaliação pelo Presidente Emmanuel Macron, no que foi descrito como uma tentativa de ser transparente sobre as descobertas da inteligência francesa.
A avaliação baseou-se em informações confidenciais, imagens de satélite, inteligência partilhada por outros países e informações de fonte aberta, realçou ainda o oficial militar.
O presidente dos EUA, Joe Biden, telefonou a Judith e Natalie Raanan, mãe e filha que integravam o grupo de reféns do Hamas e que foram libertadas esta sexta-feira.
Segundo um comunicado da Casa Branca citado pela Al Jazeera, Biden "transmitiu que as duas terão total apoio do Governo americano na recuperação desta terrível provação".
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou esta sexta-feira que prosseguem os esforços para que o Hamas liberte mais reféns.
"Dois dos reféns estão em casa. Não abrandaremos os esforços para resgatar todos os desaparecidos", garantiu, numa publicação no X (antigo Twitter).
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, apelou esta sexta-feira a Israel para que ponha imediatamente fim às "operações que equivalem a um genocídio" na sua guerra contra o movimento islamita Hamas em Gaza.
"Reitero o meu apelo aos dirigentes israelitas para que não aumentem de forma alguma a dimensão dos ataques contra civis e ponham imediatamente termo a operações que equivalem a um genocídio", escreveu Erdogan na rede X, antigo Twitter.
"É evidente que matar crianças, mulheres e civis, bombardear hospitais, escolas, mesquitas e igrejas não traz segurança", acrescentou, apelando a toda a comunidade internacional para que atue no sentido de conseguir um cessar-fogo humanitário em Gaza o mais rapidamente possível.
Mais de 4200 pessoas foram deslocadas de aldeias do sul do Líbano, devido a confrontos na fronteira com Israel, mas as autoridades locais alertaram esta sexta-feira que estão mal preparadas para um êxodo maior, em caso de uma guerra total.
Cerca de 1500 deslocados estão alojados em três escolas na cidade costeira de Tyre, a cerca de 20 quilómetros a norte da fronteira, noticiou a agência Associated Press (AP).
Numa das escolas, as crianças corriam pelo pátio e as mulheres penduravam roupas para secar nas cadeiras, enquanto Mortada Mhanna, chefe da unidade de gestão de desastres dos municípios da área de Tyre, contava que centenas de novos deslocados chegam todos os dias.
Alguns passam a ficar com familiares ou a alugar apartamentos, mas outros não têm para onde ir além de abrigos improvisados, enquanto o governo libanês, sem dinheiro, tem poucos recursos para oferecer.
"Podemos tomar a decisão de abrir uma nova escola [como abrigo], mas se os recursos não estiverem garantidos, teremos um problema", frisou Mhanna, apelando às organizações internacionais para que "forneçam mantimentos suficientes para que, se a situação evoluir, seja possível pelo menos dar às pessoas um colchão para dormir e um cobertor".
O gabinete do primeiro-ministro israelita partilhou a primeira imagem das duas americanas, mãe e filha, que foram libertadas pelo Hamas.
A agência da ONU para os refugiados recebeu esta sexta-feira um aviso de Israel para evacuar cinco escolas de Gaza "o mais rápido possível". Todos os estabelecimentos estão situados perto do hospital Al-Ahli, no norte de Gaza.
O presidente norte-americano, Joe Biden, disse esta sexta-feira estar "muito feliz" pela libertação de dois reféns norte-americanos pelo Hamas e garantiu que não cessará esforços pela libertação daqueles que ainda estão detidos.
"Hoje, garantimos a libertação de dois americanos feitos reféns pelo Hamas durante o horrível ataque terrorista contra Israel em 7 de outubro. Os nossos concidadãos suportaram uma terrível provação nestes últimos 14 dias, e estou muito feliz por eles se reunirem em breve com os seus familiares, que foram devastados pelo medo", disse Biden, num comunicado oficial da Casa Branca.
Os reféns agora libertados e as suas famílias "terão o total apoio do Governo dos Estados Unidos à medida que recuperam e curam", garantiu Biden, pedindo o respeito à privacidade destes cidadãos.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciou que Judith e Natalie Raanan, as duas reféns americanas libertadas esta sexta-feira pelo Hamas, já estão em Israel em segurança.
Blinken frisou também que ainda há dez americanos desaparecidos. "Nenhuma família devia ter de passar por esta tortura", referiu.
O grupo palestiniano Hamas anunciou hoje à tarde que libertou dois cidadãos norte-americanos feitos reféns na Faixa de Gaza. “Em resposta aos esforços do Qatar, as Brigadas Al-Qassam libertaram dois cidadãos americanos (uma mãe e a sua filha) por razões humanitárias”, escreveu um porta-voz do braço armado do Hamas, Abu Obaida, em comunicado.
A medida visa “provar ao povo norte-americano e ao mundo que as afirmações feitas por Biden e a sua administração fascista são falsas e infundadas”, acrescenta.
O número de atos antissemitas e islamofóbicos registados em Londres aumentou significativamente desde o início do conflito entre Israel e o Hamas. "Apesar do aumento da presença de agentes policiais, registámos um aumento significativo (no número) de crimes de ódio em Londres", informou a Polícia de Londres num comunicado de imprensa.
Foram registados 218 atos criminosos antissemitas entre 1 e 18 de outubro, em comparação com 15 no período homólogo, segundo as autoridades. "Da mesma forma, registámos um aumento do número de crimes islamofóbicos", subindo "de 42 para 101" no mesmo período, informou a Polícia.
O Exército israelita anunciou hoje que matou um alto responsável operacional do movimento islamita palestiniano Hamas, especializado no desenvolvimento de armamento de alta tecnologia. Em comunicado, o Exército identificou o membro do Hamas como Mahmud Sabih, um engenheiro que liderava o departamento de desenvolvimento de projetos do movimento islamita que controla a Faixa de Gaza.
Israel assumiu esta sexta-feira que não quer assumir o controlo de longo prazo da Faixa de Gaza, após a aguardada ofensiva terrestre para erradicar os militantes do Hamas que governam o território.
Num discurso perante o Parlamento sobre a estratégia a longo prazo de Israel para Gaza, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, apresentou um plano em três fases que parece sugerir que não pretende reocupar o território que deixou em 2005.
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O conflito entre Israel e o Hamas estendeu-se já ao ciberespaço, com atos de espionagem, terrorismo e sabotagem, por atores estatais e não estatais, conclui um relatório elaborado pela empresa de segurança S21sec.
O relatório agora divulgado alerta para o risco de "ataques dirigidos a países que apoiaram publicamente Israel perpetrados por grupos de ideologia islâmica ou pró-palestina", registando vários incidentes por parte de grupos pró-palestinianos contra aplicações israelitas.
Estes ataques envolvem a exploração de vulnerabilidades para enviar notificações falsas aos seus utilizadores.
Durante os primeiros dias do conflito, segundo a S21sec, foram registados vários ataques de Negação de Serviço Distribuído (DDoS), um tipo de ataque cibernético com o objetivo de bloquear um site por um período limitado de tempo, impedindo os utilizadores de terem acesso.
A ONU avisou que a situação de segurança está a deteriorar-se no território palestiniano ocupado da Cisjordânia, enquanto o mundo se concentra sobretudo na Faixa de Gaza.
Desde o início do conflito em Gaza, em 7 de outubro, "as forças israelitas mataram 73 palestinianos, incluindo 19 crianças" na Cisjordânia, de acordo com o relatório diário das Nações Unidas sobre a situação em ambos os territórios.
"A violência dos colonos também aumentou. Seis palestinianos foram mortos (em Nablus e Ramallah) por colonos armados e várias comunidades palestinianas foram forçadas a deixar as suas terras", disse a porta-voz da ONU, Ravina Shamdasani, em Genebra.
A Amnistia Internacional (AI) pediu uma investigação urgente de vários ataques conduzidos pelo Exército de Israel na Faixa de Gaza e admitiu que possam ser considerados crimes de guerra.
Em comunicado, a organização não-governamental (ONG) de direitos humanos, que está a recolher informações no terreno, forneceu detalhes de cinco casos nos quais Israel bombardeou objetivos "indiscriminados" sem adotar as precauções devidas para proteger as populações civis.
Nesse sentido, a AI, que recolheu testemunhos e submeteu a análise imagens de satélite, exige a Israel que "ponha termo aos ataques ilegais e respeite o direito internacional humanitário".
A organização pede ainda que seja revogada a ordem de deslocação das populações palestinianas para o sul do enclave, que qualifica de "castigo coletivo", bem como apela à entrada de ajuda humanitária no território.
O Comité de Proteção dos Jornalistas (CPJ) indicou que 21 jornalistas, 17 deles palestinianos, foram mortos nos 13 dias de combates e bombardeamentos israelitas sobre a Faixa de Gaza.
Segundo o novo balanço, três dos jornalistas mortos são israelitas e um libanês, sendo ainda assinalado o caso de outros três com destino desconhecido: um israelita que poderá estar mantido como refém pelo Hamas, um palestiniano supostamente detido pelo Exército israelita e outro palestiniano com paradeiro desconhecido.
Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas hoje no Egito para manifestar apoio aos palestinianos em Gaza. Na emblemática Praça Tahrir, na capital egípcia, os manifestantes gritavam "Pão, liberdade, Palestina Árabe" e "O povo quer a queda de Israel", adaptando algumas das frases utilizadas durante a revolução de 2011 no Egito, que ditou a queda do então presidente, Hosni Mubarak.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, visitou o lado egípcio do posto fronteiriço de Rafah com Gaza, esta sexta-feira de manhã, para supervisionar os preparativos para a entrega de ajuda humanitária.
Dezenas de camiões aguardam do lado do Egito a entrada em Gaza, pelo posto fronteiriço de Rafah. "Fazem a diferença entre a vida e a morte para tantas pessoas em Gaza", disse Guterres. "Carregam água, combustível, medicamentos, comida", acrescentou o secretário-geral da ONU.
O Exército israelita afirmou, esta sexta-feira, que "a maioria dos reféns" sequestrados pelo movimento islamita palestiniano Hamas durante o ataque surpresa em 07 de outubro "estão vivos".
"Entre os cerca de 200 reféns que atualmente se encontram na Faixa de Gaza, mais de 20 são menores, entre dez e 20 têm mais de 60 anos, a maioria dos reféns estão vivos", indicou um porta-voz militar israelita, num comunicado, sem fornecer mais detalhes.
Segundo a mesma fonte, os combatentes do Hamas também transportaram cadáveres para a Faixa de Gaza no decurso do seu ataque de 7 de outubro em solo israelita.
Os preços do petróleo continuam a subir, com os investidores a recearem que o conflito entre Israel e o Hamas se estenda à região e afete o fornecimento da matéria-prima.
O barril de petróleo Brent para entrega em dezembro estava a cotar-se a 93,60 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, mais 0,78% do que no fecho de quinta-feira (92,88 dólares) e o nível mais alto desde o final de setembro.
O preço do Brent subiu durante quatro sessões consecutivas.
A Rússia pediu aos seus cidadãos que evitem viagens para Israel, para os territórios palestinianos e para os países vizinhos Líbano e Jordânia, indicando que a situação na região do Médio Oriente está a "agravar-se".
"Neste contexto, recomendamos vivamente aos cidadãos da Federação Russa que se abstenham de viajar na região, em particular em Israel, Líbano, Jordânia e nos territórios palestinianos", declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo em comunicado.
A mesma nota acrescenta que o ministério está a trabalhar "em estreita colaboração com as autoridades egípcias e israelitas" para que os russos presentes na Faixa de Gaza possam sair do território.
"Posso afirmar, com toda a certeza, que qualquer nova escalada ou mesmo continuação das atividades militares será simplesmente catastrófica para o povo de Gaza", disse o alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, numa conferência de imprensa em Tóquio, no Japão.
Sublinhando que a agência da ONU para os refugiados (ACNUR) não tem mandato oficial nos territórios palestinianos ou em Israel, Filippo Grandi admitiu que "partilha a extrema preocupação e angústia expressada por muitos dos [seus] colegas, incluindo o secretário-geral das Nações Unidas" em relação ao conflito.
O alto-comissário alertou também para as "consequências incalculáveis" que pode ter o prolongamento do conflito no Líbano e noutros locais.
A dona do Instagram, a Meta, pediu desculpas por ter inserido a palavra "terrorista" nas biografias de utilizadores palestinianos na rede social. Em comunicado, a empresa indicou ter corrigido um problema “que causou, por momentos, traduções de árabe inadequadas”. “Pedimos sinceras desculpas por isso ter acontecido”, escreveu a Meta, que também é detentora do Facebook.
O Parlamento português aprovou hoje, por unanimidade, a condenação "absoluta" pelos ataques terroristas do Hamas em Israel e em defesa da criação de corredores humanitários na Faixa de Gaza, permitindo acesso a água, comida e energia.
Dos cinco pontos do voto de pesar da Comissão de Negócios Estrangeiros sobre o conflito entre Israel e o Hamas, três foram aprovados por unanimidade e outro - o quinto - apenas teve a abstenção do Chega. Apenas o segundo ponto, referente ao direito do Estado de Israel a defender-se no quadro do direito internacional, motivou o voto contra o PCP e Bloco de Esquerda, com abstenções do Chega e PAN.
Este voto da Comissão de Negócios Estrangeiros resultou de uma fusão de dois textos inicialmente apresentados pelo Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Israel e pelo Livre, e que foi definitivamente acertado na quinta-feira entre as bancadas do PS e do PSD.
A Comissão Europeia foi hoje incapaz de esclarecer se a presidente vai participar no sábado numa cimeira convocada pelo Egito para debater a guerra entre Israel e Hamas, para a qual uma porta-voz afirmou que não foi ainda recebido convite.
Uma porta-voz do executivo comunitária Arianna Podesta, questionada na habitual conferência de imprensa diária, respondeu que a reunião "não está na agenda da presidente", Ursula von der Leyen, acrescentando que naquele momento não conseguia "confirmar a participação", remetendo para mais tarde informação sobre o convite.
O presidente egípcio, Abdel Fattah El-Sisi, é no sábado o anfitrião de uma reunião de alto nível para debater o atual conflito entre a organização terrorista islamita Hamas e Israel, bem como a grave crise humanitária na Faixa de Gaza.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, irão participar no encontro, que terá lugar nos arredores do Cairo, ao lado do líder dos EUA, Joe Biden e do secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, contando ainda com a presença de líderes de países do Médio Oriente.
O embaixador da Palestina em Angola, Jubrael Alshomali, agradeceu hoje o apoio de Angola à causa palestiniana e considerou "uma vergonha" o apoio dos países ocidentais a Israel, que acusou de violar as resoluções das Nações Unidas.
Em conferência de imprensa em Luanda, onde se exibiram fotos de destroços e crianças feridas e mortas durante os ataques dos últimos dias na Faixa de Gaza, Jubrael Alshomali, fez referência aos laços históricos, entre Angola e Palestina, sublinhando que a relação se mantém "no topo".
"Agradecemos a Angola pela sua posição nobre face à Palestina", disse o diplomata, recordando o apelo do presidente angolano nas Nações Unidas para que o mundo não esquecesse o sofrimento dos palestinianos e defendendo a implementação dos dois Estados.
"Mas quem recusa isto, quem recusa? Israel. Quem ignora as resoluções das Nações Unidas? Israel", acusou o responsável palestiniano, criticando o apoio de alguns países ocidentais a Israel, apesar do país violar as resoluções "que eles próprios aprovaram."
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, vai deslocar-se ao Egipto, esta sexta-feira, para debater a situação em Israel e em Gaza com homólogos da região, para discutir o "imperativo de evitar uma escalada regional e impedir a perda desnecessária de vidas civis."
Na quinta-feira, Sunak reuniu-se com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, e instou a Arábia Saudita a contribuir para a estabilidade no Médio Oriente.
A ONU afirmou, esta sexta-feira, que aviões israelitas atacaram na quinta-feira as imediações de duas padarias, onde palestinianos estavam em filas à espera de pão, provocando a morte de 20 pessoas em Gaza e outras cinco no campo de An Nussairat.
No dia anterior, uma das seis padarias contratadas pelo Programa Alimentar Mundial da ONU e que forneciam pão a 12 mil pessoas foi danificada e deixou de funcionar, referiu o relatório diário sobre a situação em Gaza publicado pelo Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA).
Agora, a grande maioria das padarias não está a funcionar devido à escassez de ingredientes essenciais, especialmente a farinha de trigo, que deverá estar completamente esgotada em menos de uma semana.
A ajuda humanitária internacional deverá poder entrar na Faixa de Gaza no sábado, avançou, esta sexta-feira, o secretário-geral adjunto das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários e Coordenador da Ajuda de Emergência, Martin Griffiths.
"Estamos em negociações extensas e avançadas com todas as partes envolvidas para garantir que uma operação de ajuda a Gaza comece o mais rápido possível", disse Griffiths, citado por um porta-voz do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA), em Genebra.
"Uma primeira entrega deve começar sábado ou próximo disso", referiu Griffiths.
O Governo português defende que "é tempo de voltar à diplomacia" para procurar uma solução para o Médio Oriente e afirmou que este conflito "não distrai" a União Europeia da guerra em curso na Ucrânia.
"O que é preciso neste momento é garantir o respeito pelo Direito internacional e evitar uma escalada do conflito na região. Precisamos de voltar à diplomacia", sustentou o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, à margem da sessão plenária do Parlamento Europeu, que decorreu esta semana na cidade francesa de Estrasburgo.
"A posição da União Europeia, una e firme, manifesta a condenação do Hamas e dos atentados terroristas, reconhecendo o direito de Israel à defesa, mas em termos proporcionais e em total respeito pelo Direito internacional e pelo Direito humanitário. (...) Essas são traves mestras da resposta da União Europeia à atual situação", referiu o governante.
"Naturalmente, temos que estar muito atentos ao que se passa no Médio Oriente, mas isso não nos deve distrair também da realidade que continua a passar-se todos os dias na Ucrânia. O apoio à Ucrânia e aos ucranianos é inquestionável e não pode ser e ninguém pretende que venha a ser posto em causa, apesar de, entretanto, haver desenvolvimentos geopolíticos bastante preocupantes noutras zonas", declarou.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) dizem ter atacado “eliminado uma célula terrorista que planeava lançar mísseis contra o território israelita, numa mensagem colocada na rede social X, em que fazem o balanço de mais uma noite de ofensiva.
“Os caças atacaram mais de uma centena de alvos operacionais das organizações terroristas na Faixa de Gaza, destruindo túneis, armazéns de munições e dezenas de quartéis-generais operacionais. Durante os ataques, as IDF e o Shin Bet eliminaram um terrorista que fazia parte da força naval da organização terrorista Hamas, que participou nas operações terroristas assassinas na Faixa de Gaza”, lê-se na mensagem no X, antigo Twitter.
"O que nos impede de entrar é o bombardeamento em massa de toda a secção de Gaza pelo exército israelita. Estamos estacionados na fronteira há oito dias e as bombas estão a cair a cada minuto", disse Mohsen Sarhan, diretor-executivo do Banco Alimentar do Egito, justificando a dificuldade em levar ajuda humanitária a Gaza.
Pelo menos 20 camiões foram autorizados a entrar por Rafah, mas as condições de segurança não estão reunidas. "Estamos dispostos a entrar, mas as autoridades egípcias não nos deixarão entrar, a menos que possam garantir que não seremos mortos instantaneamente", disse Sarhan.
A Igreja Ortodoxa Grega de São Porfírio, a mais antiga igreja em Gaza, foi atingida por um ataque israelita à cidade, na quinta-feira.
O ministro israelita Nir Barkat visitou o kibutz (quinta comunitária) israelita de Kfar Aza. Chocado com as imagens do massacre, que definiu como "o inferno", disse que o "Hamas vai ser erradicado da face da terra". Como? "Pela força", acrescentou
A entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza pode começar a chegar esta sexta-feira, conforme adiantou o presidente dos EUA, Joe Biden, no início da semana. A passagem de Rafah, para o Egito, está destruída pelas bombas e a estrada esburacada e trabalha-se em contrarrelógio para alisar o caminho para a passagem de 20 camiões com comida, água e medicamentos.
Israel ordenou hoje a evacuação da cidade de Kiryat Shemona, perto da fronteira com o Líbano, onde na última semana se registaram fortes trocas de tiros com o grupo xiita Hezbollah e outras milícias palestinianas.
"A Autoridade Nacional de Gestão de Emergências do Ministério da Defesa e as Forças de Defesa de Israel anunciam a retirada dos residentes da cidade de Kiryat Shemona, no norte do país, para casas de hóspedes subsidiadas pelo Estado", lê-se num comunicado conjunto
O presidente norte-americano disse na quinta-feira que o mundo não pode desistir de uma solução de dois Estados para o conflito entre Israel e Palestina, argumentando que os dois povos merecem "viver em segurança".
"Por mais difícil que seja, não podemos desistir da paz. Não podemos desistir da solução de dois Estados", disse Joe Biden.
"Israel e os palestinianos merecem igualmente viver em segurança, dignidade e paz", frisou.
Bom dia, bem-vindos ao acompanhamento ao minuto do 14.º dia do conflito entre Israel e o Hamas. Os acontecimentos mais importantes do dia de ontem podem ser recordados aqui.