Uma mulher que testemunhou, na quarta-feira, no julgamento contra o produtor musical Sean "Diddy" Combs disse que ele a pendurou de uma varanda no 17.º andar antes de a atirar contra o mobiliário, um ataque que a deixou com traumas e contusões.
Corpo do artigo
Bryana Bongolan depôs no processo judicial que corre num tribunal de Nova Iorque contra o ícone do rap e hip-hop. A mulher disse que estava hospedada na casa da amiga Casandra "Cassie" Ventura, ex-companheira de Combs e testemunha-chave no caso.
Quando Bongolan estava no apartamento de Ventura, Combs entrou violentamente no local e levou-a para a varanda à força, segundo o depoimento. Combs gritou-lhe várias vezes "sabes o que fizeste", enquanto a mulher lhe respondia que não sabia do que ele estava a falar. A jovem também relatou um episódio no qual o acusado atirou uma faca contra a sua ex-namorada "Cassie".
A testemunha disse ainda que não denunciou o caso à polícia por temor. "Estava com muito medo de Puff", afirmou.
Bongolan é uma das dezenas de pessoas que apresentaram processos contra Combs nos últimos anos, uma ação que tomou "porque queria procurar justiça" pelo que lhe "aconteceu na varanda". A mulher, que continua a ser amiga de Ventura, garantiu que o incidente a deixou com stress pós-traumático, com recorrentes terrores noturnos e paranoia. "Tenho pesadelos e paranoia. Costumava gritar durante o sono, mas isso dissipou-se um pouco", contou.
Segundo a mesma, o ataque causou-lhe nódoas negras e dores nas costas. Entre os episódios de paranoia, incluem-se momentos em que abre as portas com cautela e espreita antes de entrar, para se certificar de que não está lá ninguém.
A advogada de defesa de Combs, Nicole Westmoreland, disse que Bongolan estava a mentir e sugeriu que a testemunha havia combinado o depoimento com Ventura para fazer com que os seus relatos contra o rapper coincidissem. Também a acusou de supostamente consumir drogas e de não ser uma testemunha confiável.
O caso contra Combs, de 55 anos, inclui acusações de tráfico sexual, agressão e conspiração criminosa.