
Rapper P.Diddy foi condenado por crimes relacionados com prostituição
Foto: Angela Weiss / AFP
P. Diddy foi condenado por duas acusações de transporte com fins de prostituição e arrisca até 20 anos de prisão. Trump, que já considerou o rapper um "bom amigo", admite avaliar um perdão caso entenda que houve injustiça.
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O site norte-americano "Deadline" revelou que o presidente dos Estados Unidos pondera conceder clemência a Sean "Diddy" Combs, também conhecido como P. Diddy.
No início do mês, o artista foi condenado por um júri federal em Nova Iorque, mas foi ilibado das acusações mais graves, como tráfico sexual e conspiração criminosa. A sentença será conhecida a 3 de outubro, mas o processo já está a ser avaliado internamente na Casa Branca.
Diddy foi declarado culpado de duas acusações relacionadas com transporte de pessoas para prostituição, crimes que podem resultar numa pena até 20 anos de prisão. A defesa prepara um recurso logo após a leitura da sentença.
Desde setembro de 2024 que o músico se encontra detido, depois de lhe terem sido recusados vários pedidos de libertação sob caução. Recentemente, a sua equipa propôs uma caução de 50 milhões de dólares (cerca de 46 milhões de euros), acompanhada de limitações de circulação e contactos, mas sem sucesso.
Enquanto a defesa mantém-se distante das negociações políticas, vários aliados do rapper têm contactado a Casa Branca para tentar influenciar a decisão. Em maio, Trump afirmou que consideraria um perdão se detectasse alguma injustiça, independentemente da opinião das pessoas.
A relação entre o presidente norte-americano e P.Diddy já é antiga, tendo ambos frequentado os mesmos círculos sociais em Nova Iorque nos anos 1990 e 2000. Trump chegou a qualificar Combs como "um bom amigo" e, em 2012, elogiou-o no programa "The Apprentice", destacando o seu caráter.
O possível perdão surge num momento complexo para Donald Trump, que enfrenta críticas na sua base política devido ao caso Jeffrey Epstein. Apesar de ter prometido divulgar documentos relacionados com o condenado por exploração sexual, o ex-presidente tem sido alvo de teorias conspirativas dentro do movimento "Make America Great Again".
Um relatório recente do Departamento de Justiça e do FBI confirmou a morte de Epstein por suicídio, afastando a hipótese de novas investigações, o que provocou descontentamento entre os seus apoiantes.
A polémica intensificou-se com as declarações de Elon Musk, antigo aliado de Trump, que sugeriu uma ligação entre o ex-presidente e Epstein. Musk partilhou mensagens na rede social X em que acusa Trump de tentar impedir a divulgação dos documentos, embora não tenha apresentado provas.
Num momento de instabilidade política e com o julgamento de Sean "Diddy" Combs a entrar na fase final, a possibilidade de um perdão presidencial pode tornar-se um fator relevante para Donald Trump nas próximas eleições.

