Unidade de Retaguarda Social com 16 camas em antiga enfermaria de Arcos de Valdevez
Uma antiga enfermaria desativada nas instalações do Centro de Saúde de Arcos de Valdevez vai passar funcionar, a partir de terça-feira, 11 de fevereiro, como uma Unidade de Retaguarda Social com 16 camas.
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O novo espaço foi criado através de um protocolo entre a Unidade Local de Saúde (ULS) do Alto Minho, a Santa Casa da Misericórdia e câmara municipal de Arcos de Valdevez. Irá receber em regime de internamento doentes com alta clínica dos hospitais de Viana do Castelo e Ponte de Lima, e que sejam residentes principalmente na região onde se localiza a nova unidade, enquanto aguardam encaminhamento pela ação social.
“É uma unidade de internamento, de retaguarda, com todas as condições que tem uma unidade de convalescença, desde reabilitação, cuidados de enfermagem, médicos e tudo aquilo que uma unidade de convalescença tem quando integrada na rede”, indicou esta quinta-feira João Porfírio Oliveira, presidente da ULS do Alto Minho, no final da cerimónia de assinatura do protocolo, que decorreu nas instalações que vão ser reativadas. De acordo com aquele responsável, além de “servir a população desta região”, o novo espaço libertará camas hospitalares, pelo “mesmo custo de uma cama numa unidade de convalescença convencional, de 115 euros dia/doente”.
“Muitas vezes ouvimos que os hospitais estão cheios de pessoas, casos sociais, a aguardar vaga na Segurança Social, nos Cuidados Continuados, e esta unidade acaba por fazer isso, acaba por ser 'buffer' [espaço de emergência], em que os doentes depois de terem alta clínica podem aguardar uma solução. Desta maneira o hospital central em Viana do Castelo e o de Ponte de Lima podem continuar a operar doentes e a ter vaga para os que mais necessitam, que são os [casos] agudos”, explicou.
De acordo com o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez, Francisco Araújo, o novo serviço que ficará sob gestão daquela instituição, irá juntar-se ao universo de outros já prestados, no âmbito dos cuidados continuados, e que “são muito procurados”.
“Temos 93 camas de unidades de cuidados continuados de convalescença de média e longa duração. Temos aprovada e vamos dar execução a uma unidade de cuidados paliativos com mais 10 camas, brevemente. E temos também uma autorização para alargar a unidade de convalescença, que vai passar de 33 para 43 camas”, indicou, referindo que a instituição tem atualmente 416 trabalhadores.
"A partir de terça-feira vamos começar a receber os doentes que a ULSAM aqui colocar", disse, referindo que "está tudo assegurado para que não haja qualquer tipo de falha". "Para nós é um salto qualitativo", concluiu.