O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, afirmou que espera que a reunião entre o primeiro-ministro e o presidente da República, que decorreu durante breves minutos em Belém, seja indício de que António Costa irá demitir-se. O líder do partido popular defende ainda que Marcelo Rebelo de Sousa deve dissolver o Parlamento.
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"Nem que seja por uma questão ética, espero que o primeiro-ministro apresente a sua demissão", afirmou Nuno Melo, em declarações à RTP, na sequência da investigação do lítio. O líder do CDS-PP sustentou que o presidente da República deve dissolver a Assembleia da República.
Questionado sobre o que pode levado a uma reunião breve entre António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa, o eurodeputado afirmou que espera que "indicie o óbvio, que é a demissão do primeiro-ministro", uma vez que se atingiu "um ponto insustentável e de não retorno".
O eurodeputado sustenta que o Governo de António Costa não deve continuar no poder dado o atual caso, além da "substituição de 13 governantes em pouco mais de um ano e meio".
Nuno Melo defende ainda a demissão apontando que aconteceram, pela primeira vez, buscas na residência oficial de São Bento de um primeiro-ministro em funções, bem como o facto de o próprio estar a ser investigado num processo autónomo do Supremo Tribunal de Justiça.
O líder centrista defende ainda que, "quando é o chefe de gabinete do primeiro-ministro que é detido, o que significa que já não se pode argumentar propriamente com desconhecimento ou distanciamento" e "quando o conselheiro para diversas áreas económicas e particular amigo do primeiro-ministro, ao longo de anos, participa em vários negócios", como o processo de renacionalização da TAP, é o próprio António Costa que está envolvido. Bem como o próprio Governo, "quando o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, está a ser investigado" e o ex-ministro Matos Fernandes.