Moradora de Santiago do Cacém bateu a várias portas pelo país, mas só em Ponte de Lima conseguiu fazer a separação com partilha de bens, ainda este ano.
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Olímpia Campos, residente numa freguesia do concelho de Santiago do Cacém, no Alentejo, viveu nos últimos três meses “uma odisseia” até conseguir uma conservatória, a cerca de 500 quilómetros de casa, que tratasse do seu divórcio com partilha de bens.
Para colocar um ponto final a 29 anos de casamento, começou a procurar, no início de outubro passado, marcação através da plataforma SIGA (Sistema de Informação para Gestão do Atendimento) e também através de contactos por telefone nas conservatórias da sua área de residência no distrito de Setúbal e na região alentejana. Mas, após bater a várias portas, umas fechadas, outras com número limitado de atendimentos diários ou outras ainda sem conservador ou com o serviço de divórcio, mas sem partilha de bens, acabou por perceber que, no mínimo, teria de se deslocar à zona de Lisboa, onde conseguiria marcação para cerca de dois meses depois, na melhor das hipóteses. E seria apenas para iniciar o processo e teriam de seguir-se mais agendamentos.