A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) anunciou esta sexta-feira a decisão de rescindir os contratos de membros do seu pessoal que alegadamente participaram nos ataques do grupo islamita Hamas contra Israel a 7 de outubro.
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O comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, disse em comunicado que tomou "a decisão de rescindir imediatamente os contratos destes funcionários e lançar uma investigação para estabelecer a verdade sem demora", com vista a "proteger a capacidade da agência da ONU de fornecer assistência humanitária" na Faixa de Gaza.
Na mesma nota informativa, Lazzarini observou que esta situação ocorre depois de "as autoridades israelitas fornecerem à organização informações sobre a suposta participação de vários funcionários da UNRWA nos horríveis ataques contra Israel a 7 de outubro".
O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita, matando cerca de 1140 pessoas, na maioria civis, e levando mais de 200 reféns, segundo números oficiais de Telavive.
Em retaliação, Israel, que prometeu eliminar o movimento islamita palestiniano considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo as autoridades locais tuteladas pelo Hamas, já foram mortas mais de 25 mil pessoas - na maioria mulheres, crianças e adolescentes.
O conflito provocou também cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.