A seleção portuguesa perdeu com a França (35-34) e ficou em quarto lugar no Mundial de andebol, a melhor classificação de sempre da modalidade. A equipa das quinas fez uma grande segunda parte e merecia mais.
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Na primeira parte, Portugal desperdiçou várias oportunidades para se colocar na frente do marcador e acumulou algumas falhas técnicas fatais frente a uma seleção muito experiente e letal como é a francesa. A equipa das quinas chegou a intervalo a perder por 19-17, o que deixava tudo em aberto para o segundo tempo em que o nível exibicional disparou e deu alento à formação orientada por Paulo Jorge Pereira.
A seleção portuguesa reencontrou-se com o guarda-redes Capdville inspiradíssimo na baliza e o jogo interior a funcionar graças à mão certeira de Iturriza. Portugal recuperou da desvantagem de dois golos, foi ganhando margem, passou para a frente do marcador e até esteve a ganhar por dois golos, por 24-26. Foi o melhor período das quinas com os irmãos Martim e Francisco Costa a assumirem protagonistmo.
Mas a experiência da França e também a capacidade finalizadora da primeira linha depressa equilibrou o duelo, diminuindo a desvantagem e até passando para a frente por 31-29. Os últimos instantes foram disputados numa enorme intensidade e com um ritmo avassalador e com Portugal a aguentar-se de forma heróica e com uma enorme capacidade de sofrimento na defesa. Num livre de sete metros, António Areia faz o 31-31 a quatro minutos do fim, o que aumentou o suspense em relação ao vencedor.
O jogo ficou de tal forma equilibrado que tanto a seleção portuguesa empatava como a França se colocava na frente do marcador, muito à custa da ação de Francisco Costa, imparável na reta final do duelo que valia a medalha de bronze no Mundial de andebol. A um minuto do fim, o jogo estava empatado 34-34 e com a França a ter a bola no ataque nos últimos 30 segundos. Os gauleses ganham um livre de sete metros e fazem o 35-34. No último lance, Areia remata contra o guarda-redes e falha o empate.