O FC Barcelona vai analisar a possibilidade de apresentar uma queixa contra José Mourinho na comissão de disciplina da UEFA pelas declarações do técnico português no final do jogo da primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões.
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Responsáveis do clube catalão, citados pela agência EFE, confirmaram ter sido marcada, para esta quinta-feira, uma reunião com elementos dos serviços jurídicos para analisar o conteúdo da conferência de imprensa do treinador português e verificar se o mesmo é susceptível de uma queixa à UEFA.
Após a derrota em casa por 2-0, Mourinho pôs em causa a Liga dos Campeões conquistada pelo FC Barcelona há dois anos, depois de ter sido beneficiado pela arbitragem que dirigiu a partida com o Chelsea em Stamford Bridge, e acrescentou que ele, no lugar do treinador Josep Guardiola, teria "vergonha de ganhar o troféu" nessas circunstâncias.
"Josep Guardiola é um fantástico treinador de futebol, mas ganhou uma Liga dos Campeões que me envergonharia ganhar com o escândalo de Stamford Bridge. E este ano se a ganhar será com o escândalo do Bernabéu", disse José Mourinho no final do jogo com o 'Barça', no qual o Real Madrid ficou reduzido a dez jogadores na última meia hora por expulsão de Pepe após uma entrada dura sobre Dani Alves.
Na sequência do lance, Mourinho foi expulso do banco por alegados protestos.
Guardiola recusa responder a Mourinho
Josep Guardiola, treinador do Barcelona, recusou-se a comentar as críticas de José Mourinho, saudando a actuação da equipa e a qualidade de Messi, autor dos golos da vitória.
"Fizemos um jogo muito bom. Controlámos o perigo dos seus contra-ataques, o seu jogo aéreo que é muito perigoso. A equipa esteve muito bem. Conduzimos o jogo, com muitos passes. Conseguimos um bom resultado", afirmou Guardiola após o encontro da primeira mão.
Apesar de repetidas tentativas dos jornalistas, Guardiola disse que prefere "não responder" aos comentários do treinador português.
Sobre o jogo da segunda mão, na próxima terça-feira, Guardiola admitiu que, "contra outra equipa", a vantagem daria tranquilidade, mas, no caso do Madrid, defendeu que é vital "agir com prudência".
Instado a comentar a actuação de Messi, Guardiola louvou o trabalho do avançado argentino, afirmando que "com apenas 23 anos, Messi converteu-se no terceiro melhor goleador da história do Barcelona".
"É uma barbaridade. E isso é o bonito do nosso futebol e do nosso jogo", considerou.