Israel aceitou prolongar por quatro horas o cessar-fogo humanitário na Faixa de Gaza que estava previsto terminar às 20 horas locais (menos duas horas em Portugal continental). No entanto, o Hamas disparou vários foguetes após terminarem as 12 horas de trégua.
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O Hamas disse ter disparado vários foguetes contra Israel, a partir da Faixa de Gaza, após 12 horas de cessar-fogo humanitário, que esteve em vigor desde as 8 horas deste sábado (6 horas em Portugal continental)..
O braço armado do movimento - as brigadas Ezzedine al-Qassam - disseram, em declarações separadas, citadas pelas agência France Presse, que tinham sido disparados dois foguetes em Telavive, no centro de Israel, cinco em Nachal Oz, no sul, e outros cinco no sul da cidade de Ashkelon.
Menos de uma hora antes de terminar o prazo para esta trégua humanitária, um porta-voz do Exército israelita anunciou, através do Twitter: "o cessar-fogo foi prolongado quatro horas até à meia noite".
O ministro Youval Steinitz confirmou esta informação à televisão israelita: "Nós queremos castigar o Hamas mas não a população civil palestiniana e evitar uma catástrofe humanitária".
Já decorria o prazo de mais quatro horas de trégua anunciado por Israel quando fontes militares israelitas disseram terem sido feitos disparos de lança-foguetes ou obuses de morteiro de Gaza contra o sul de Israel. "Os foguetes acabam de ser disparados contra Israel apesar do prolongamento do cessar-fogo humanitário" escreveu Avital Leibovich, porta-voz do Exército de Israel, na sua conta de Twitter.
Um outro porta-voz, questionado pela Agência France Press (AFP), referiu-se a dois tiros de morteiro a partir de Gaza que não provocaram vítimas.
Mais de mil mortos
Em Paris decorreu mais uma ronda de contactos negociais mediada pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry, enquanto no terreno, os serviços de socorro de Gaza retiraram 130 cadáveres que se encontravam soterrados nos escombros dos edifícios destruídos pelos bombardeamentos de Israel em vários pontos da Faixa de Gaza.
O número de mortos palestinianos desde o início da ofensiva, no dia 8 de julho, é superior a mil, na maior parte civis, entre as quais 192 crianças.
Na sequência da ofensiva militar israelita há seis mil feridos e 160 mil deslocados.
De acordo com números fornecidos por Telavive morreram 40 soldados israelitas.