Violentos combates entre combatentes curdos e 'jihadistas' eclodiram esta segunda-feira pela primeira vez em Kobane, após três semanas de uma ofensiva das milícias da organização Estado Islâmico (EI), que tentam conquistar esta cidade estratégica do norte da Síria.
Corpo do artigo
As forças envolvidas na defesa desta cidade curda conseguiram rechaçar durante a noite de domingo para segunda-feira um assalto dos 'jihadistas', que, no entanto, penetraram posteriormente em dois bairros na entrada leste da Kobane, local "onde começou a guerrilha urbana", segundo referiu o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmaane.
Centenas de civis que residentes nos bairros do leste "fugiram em direção à Turquia", adiantou Abdel Rahmane, e poucas horas após os 'jihadistas' do EI terem içado as bandeiras negras da organização extremista a uma centena de metros a leste e sudeste da Kobane, a terceira cidade curda da Síria e também designada Ain al-Arab em língua árabe.
Os 'jihadistas, que terão sofrido pelo menos 20 mortos numa emboscada organizada pelos combatentes do YPG (Unidades de proteção do povo curdo), pretendem conquistar Kobane para assegurar o controlo sem descontinuidade de uma longa faixa de território junto à fronteira sírio-turca.
A cidade reveste-se de uma grande importância para os curdos, que mobilizaram combatentes do YPG para a defender, apesar de serem menos numerosos e possuírem armamento inferior aos 'jihadistas', que mobilizaram para esta região diversos veículos de combate blindados.