Cerca de 80 das 170 pessoas feitas reféns durante um ataque armado, esta sexta-feira, ao hotel de luxo Radisson Blu em Bamako foram libertadas, noticiou a televisão pública maliana ORTM. As forças especiais da Guarda francesa a caminho do local.
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"Ataque ao hotel Radisson: as forças especiais lançaram o assalto, primeiros reféns libertados, cerca de 80", informou a televisão num rodapé.
"As nossas forças libertaram três dezenas de reféns e outros conseguiram fugir sozinhos", disse por seu lado à agência France Presse o ministro da Segurança, coronel Salif Traoré, sem outros pormenores.
"Dois ou três" homens armados atacaram, esta sexta-feira, o hotel de luxo Radisson Blu, na capital do Mali, fazendo 170 reféns entre hóspedes e funcionários e matando pelo menos três reféns, anunciou o porta-voz do ministro da Segurança Interna, que acrescentou que doze pessoas foram já libertadas.
O hotel é habitualmente usado pelas equipas da Air France, quando voam de e para o Mali. O voo das 16 horas, com partida de Paris para Bamako, foi cancelado.
O Governo francês já admitiu que há cidadãos franceses entre os reféns. A Gendarmerie francesa anunciou, no Twitter, que as forças especiais daquela guarda, o GIGN, estão a caminho do local.
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Media internacionais dizem que também há belgas entre os sequestrados.
De acordo com o jornal espanhol "El Mundo", os sequestradores deixaram sair as pessoas que sabiam o Corão.
Um refém chinês colocou no youtube um vídeo filmado durante o sequestro.
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"O grupo Rezidor, que gere o hotel Radisson em Bamako, está ciente da tomada de reféns que está hoje em curso, 20 de novembro de 2015. De acordo com as nossas informações duas pessoas têm bloqueados 140 clientes e 30 empregados", adianta a empresa.
Um tiroteio, esta sexta-feira de manhã, alegadamente realizado por jiadistas, levou ao estabelecimento de um perímetro de segurança no local.
De acordo com o testemunho de um jornalista da agência noticiosa francesa, France Press, que se encontra no local, o fogo disparado por armas automáticas foi ouvido fora do hotel.
"Tudo aconteceu no sétimo andar, os jiadistas estão a disparar no corredor", disse uma fonte de segurança à France Presse.
De acordo com a mesma fonte, as forças de segurança estabeleceram um cordão de segurança em torno do hotel.