Os 33 mineiros que sobreviveram 69 dias soterrados dentro de uma mina chilena foram hoje, segunda-feira, recebidos como heróis nacionais em Santiago do Chile.
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"Graças a Deus que estamos cá fora e estamos livres", declarou o "líder" dos 33 homens, Luís Urzua, durante uma cerimónia no palácio de La Moneda, sede da Presidência chilena, que contou com a presença dos familiares dos mineiros e dos socorristas e engenheiros envolvidos na operação de resgate.
"Estamos profundamente gratos pelo apoio de todos, do nosso Presidente, ministros e de todo o Chile, é uma coisa que não podíamos imaginar", acrescentou Luís Urzua.
O presidente chileno, Sebastián Piñera, prestou uma homenagem à coragem dos "33" por terem consigo ultrapassar "o que começou como uma possível tragédia e acabou como uma verdadeira benção".
"Aprenderam a valorizar o que é verdadeiramente importante. Viva à vida, viva aos mineiros!", disse Piñera, que anunciou uma futura reforma da legislação sobre a segurança no trabalho.
Durante a mesma cerimónia, os 33 mineiros e os socorristas receberam uma medalha do Bicentenário do Chile (assinalado este ano) e uma réplica miniatura da cápsula "Fénix", que os transportou um a um até à superfície no passado dia 13 de Outubro.
A cápsula estará exposta durante uma semana no palácio presidencial.
Depois do evento, os mineiros receberam um banho de multidão, que os aguardava em frente à presidência.
O programa terminou com uma partida amigável de futebol disputada entre os mineiros e uma equipa da presidência, reforçada com alguns ministros.
Os mineiros ficaram soterrados em 5 de Agosto quando um muro de sustentação da mina San José, no norte do Chile, desmoronou.
Só 17 dias depois do acidente se soube que o grupo de mineiros estava bem. O facto de terem passado mais de dois meses debaixo da terra representa um recorde em termos de sobrevivência.