Hasna Ait Boulahcen, uma mulher de 26 anos nascida em França, é a bombista que, quarta-feira, se fez explodir em Saint Denis, Paris, após um violento tiroteio com as autoridades, no qual morreu o cão-polícia Diesel.
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Hasna tinha estado barricada na casa durante seis horas, acabando por morrer depois de ter pedido ajuda aos gritos à janela, e seria prima do cérebro dos atentados de Paris da última semana, que também morreu após a intervenção policial em Saint Denis.
De acordo com o jornal britânico "Daily Mail", com a violência da explosão da primeira bombista-suicida na Europa, a sua cabeça acabou por voar pela janela e ficar na rua.
Horas antes, descreve o jornal britânico, Hasna tinha estado no restaurante de fast-food KFC e parecia relaxada. Com 26 anos, a mulher era conhecida na zona onde morava com a família, a pouca distância do local onde morreu, e estava há três semanas naquela casa de Saint Denis.
O gosto por chapéus de cowboy valeu-lhe, entre os amigos, a alcunha de "cowgirl", que também condizia com as descrições da sua personalidade extrovertida e da sua determinação.
Quando a sua cara apareceu na televisão enquanto uma fanática pertencente à célula terrorista que atacou Paris, os vizinhos ficaram surpreendidos. Para além da surpresa natural de ter um conhecido que é terrorista, eles lembram ao "Daily Mail" que a proibição de consumo de álcool por muçulmanos não era cumprida por Hasna, até há oito meses.
Um dos vizinhos, a que o jornal chama Hassane, recorda que "ela não usava niqab. Andava sempre de calças de ganga, sapatilhas e um boné preto". "Era uma rapariga muito respeitadora", afirma Hassane, que lembra um dia em que ela o ajudou a carregar as compras,
Para este homem de 62 anos, a comunidade muçulmana está a ser manchada por pessoas "que nada sabem do Islão" e a história desta mulher entristece-o, por Hasna ter sido uma menina como tantas outras, mas que foi levada "pelas pessoas com quem se relacionava".
A família de Hasna Ait Boulahcen chegou aos arredores de Paris, em 1973, onde Hasna nasceu em 1989. Cresceu em famílias de acolhimento e, após o divórcio dos pais, ficou sempre mais próxima do pai, apesar de visitar regularmente a mãe. Estudou na Universidade de Metz e foi diretora de uma empresa de construção que fechou no último ano.