Syed Farook, que na quarta-feira, com a sua mulher, matou 14 pessoas em San Bernardino, Califórnia, não mostrou qualquer sinal de radicalização", segundo o imã da mesquita que frequentava, mas onde já não era visto há semanas.
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As autoridades não excluem a pista de terrorismo islâmico para explicar as motivações de Syed Farook e da mulher, Tafsheen Malik, que, munidos de armas de guerra, perpetraram o massacre que matou 14 pessoas e feriu outras 21, ao abrirem fogo num centro para pessoas com deficiência, em San Bernardino, na Califórnia, Estado no oeste dos Estados Unidos.
Na mesquita, Syed, de 28 anos, é descrito como um homem reservado e educado.
"Nunca vimos qualquer sinal de radicalização", disse à agência noticiosa AFP Mahmood Nadvi, imã adjunto da mesquita de Dar Al Uloom Al Islamiyah of America, a única em San Bernardino.
Nizaam Ali, estudante de 23 anos, conhecia bem o autor do massacre, antes de ele se ter casado, refere a AFP.
Segundo o estudante, Syed Farook ia duas a três vezes por semana à mesquita para rezar, geralmente por volta das 13 horas, no intervalo de almoço, mas há cerca de "duas ou três semanas" que não era visto.
Gasser Shahata, desempregado de 42 anos, também ouvido pela AFP, descreveu o atacante como "calmo, tímido e reservado" e acrescentou que nunca o viu "faltar ao respeito a quem quer que seja".
Os fiéis da mesquita referiram ainda saber pouco sobre a mulher paquistanesa de Syed Farook, dizendo que a viram apenas algumas vezes e que se vestia de preto da cabeça aos pés.
A polícia descobriu, esta quinta-feira, 12 bombas de fabrico caseiro no apartamento dos suspeitos envolvidos no tiroteio.
"Estavam equipados e poderiam ter continuado e fazer outro ataque", disse o responsável policial sobre o casal, abatido durante a operação de busca montada pela polícia após o ataque contra o Inland Regional Center, um centro de apoio para incapacitados e onde os empregados celebravam uma festa.
Barguan precisou a intensidade do confronto com a polícia e em que foram mortos os dois suspeitos, que se julga terem disparados 76 cartuchos de munições de espingardas em direção à polícia.
"Temos a certeza que as duas pessoas envolvidas no tiroteio são os dois mortos", acrescentou Barguan, que disse não possuir informações sobre a existência de uma "ameaça imediata" na zona, e excluiu que estejam a ser procurados mais suspeitos.
O Presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou hoje que as motivações dos autores do tiroteio ainda são desconhecidas, admitindo que a pista de terrorismo é uma possibilidade.