O capelão das Comunidades portuguesas em França deslocou-se a Moulins, localidade onde, na quinta-feira, ocorreu um acidente no qual morreram 12 portugueses, tendo-se encontrado com familiares das vítimas, que viviam na Suíça.
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José Luís Monteiro contou à Lusa que os familiares, "que chegaram da Suíça, estão, naturalmente, muito consternados". O capelão acredita que, "em Portugal, haveria manifestações de maior emoção, mas como vivem na Suíça estão mais contidos".
Os 12 portugueses morreram na sequência de um choque frontal entre a carrinha em que seguiam e um veículo pesado, cerca das 23.45 horas de quinta-feira, na estrada nacional 79, perto de Lyon, na localidade de Moulins (centro).
O capelão José Luís Monteiro sublinhou o "acolhimento inexcedível da parte das autoridades francesas, bem como do atendimento psicológico".
O único sobrevivente dos 13 passageiros da carrinha é o condutor, um jovem de 19 anos, também português, que foi hospitalizado em estado de choque.
José Luís Monteiro e a cônsul portuguesa pretendiam visitar o jovem, mas foram informados que tal seria "impossível". "Disseram-nos que não é oportuno e que ele não está em condições, já que está totalmente chocado e sedado", referiu.
O procurador público de Moulins, Pierre Gagnoud, anunciou que as autoridades vão averiguar se a carrinha, com capacidade até seis passageiros, segunda a marca, tinha condições para transportar 13 pessoas.
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e os primeiros-ministros português, António Costa, e francês, Manuel Valls, expressaram condolências às famílias das vítimas, que viajavam da Suíça para passarem a Páscoa em Portugal.