A auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Romero, curada de uma infeção do vírus do ébola, vai sair do Hospital Carlos III, em Madrid, esta quarta-feira.
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"Não sabemos o que curou Teresa", disseram os médicos do Hospital Carlos III de Madrid que, no último mês, cuidaram da auxiliar de enfermagem infetada com o vírus ébola.
Teresa Romero tem alta hospitalar, esta quarta-feira, com a certeza de que "não há qualquer risco de contágio", garantiu José Ramón Arribas, responsável da unidade de doenças infecciosas, em conferência de imprensa.
"Pode fazer uma vida completamente normal", acrescentou, salientando, no entanto, que a auxiliar de enfermagem ainda não recuperou totalmente. "É preciso dar-lhe tempo para a recuperação integral de um evento dramático", como é uma infeção pelo vírus ébola.
José Ramón Arribas explicou que Teresa Romero foi tratada com o antiviral Savipiravir e o soro de uma paciente curada. Mas a médica Marta Arsuaga indicou que não é possível determinar ao certo que tratamento funcionou, destacando que o sistema imunitário da mulher, de 44 anos, foi seguramente "muito relevante" na sua recuperação.
O responsável da unidade de doenças infecciosas do Hospital Carlos III assegurou que não ocorreu nenhum contágio fora do meio hospitalar, uma vez que, o principal risco de infeção "é para os que atendem os pacientes" num momento em que a carga viral no organismo é muito alta, como foi o caso de Teresa Romero, quando assistiu os missionários transferidos de África e que falecerem naquele hospital em Madrid.
Teresa Romero estará presente, numa conferência de imprensa, para ler um comunicado, esta quarta-feira ao início da tarde.
Teresa Romero foi a primeira pessoa infetada com o vírus do ébola fora de África.
No passado sábado, a auxiliar de enfermagem saiu do isolamento, depois de conhecidos os resultados negativos das últimas análises aos fluidos corporais.