O bombeiro que foi detido, ao final da tarde desta terça-feira, por agredir a companheira na presença do filho de ambos, de nove anos, no domingo, na Madeira, foi esta manhã à esquadra de Machico da PSP com a intenção de apresentar uma queixa-crime, não sendo conhecido, até ao momento, o motivo exato da denúncia que pretendia formalizar.
No entanto, segundo disse ao JN uma fonte policial, o homem acabou por arrepender-se, desistindo da ideia, e abandonou as instalações policiais sem concretizar qualquer participação.
Horas mais tarde, pelas 19.30 horas, o bombeiro viria a ser detido, após o Ministério Público ter emitido e entregue à PSP os mandados de detenção fora de flagrante delito.
Desde que se tornou público o caso, o homem tem-se refugiado em casa de familiares, procurando manter-se afastado da exposição pública. E, segundo apurou o JN, tem sido alvo de várias ameaças, tanto por telefone como através das redes sociais.
A pressão levou-o a colocar uma sua conta profissional - além de bombeiro, é também barbeiro - em modo privado, numa tentativa de se proteger da onda de críticas e mensagens hostis que tem recebido nos últimos dois dias.
A situação continua a gerar forte indignação junto da comunidade, ao mesmo tempo que o suspeito aguarda, sob detenção, a apresentação a primeiro interrogatório judicial, no prazo de 48 horas.
Tal como o JN noticiou, a mulher foi brutalmente agredida pelo marido, por volta das 4.25 horas de domingo, numa residência na freguesia de Água de Pena. A agressão, ocorrida em contexto de alegada violência doméstica, teve lugar na presença de um menor de 9 anos, filho do casal, e foi captada pela câmara de vigilância da habitação.