O bombeiro detido na terça-feira pela PSP por agredir a mulher na presença do filho de ambos, de nove anos, no domingo, na Madeira, vai aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva, determinou, esta quinta-feira, a juíza Sara Real Martins do Tribunal Judicial do Funchal. O homem ficou indiciado por dois crimes de violência doméstica agravados e ainda proibido de contactar com as vítimas.
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Em causa estão factos ocorridos, primeiro, em Santa Cruz, na residência comum e, posteriormente, na madrugada de dia 24 de agosto, na freguesia de Água de Pena, numa outra casa para a qual as vítimas se tinham mudado entretanto.
Segundo o Ministério Público, encontra-se indicado que, nesta última ocasião, o arguido, de 35 anos, agrediu violentamente a mulher, de 34, na presença do filho, o qual não só pediu repetidamente ao pai para cessar a conduta como chegou a pôr-se entre este e a mãe para a proteger. Esta agressão foi, aliás, captada por uma câmara de vigilância da habitação e, posteriormente, amplamente difundida na Internet e por alguns órgãos de comunicação social.
Realizado o primeiro interrogatório judicial, a juíza de instrução criminal decidiu aplicar ao arguido, além do termo de identidade e residência, as medidas de coação de prisão preventiva e de proibição de contactos com as vítimas. Foi ainda decidido efetuar uma comunicação ao Tribunal de Família e Menores do Funchal.
A detenção do bombeiro, que também é barbeiro de profissão, ocorreu, tal como o JN noticiou na altura, após a emissão e a entrega de mandados de detenção fora de flagrante delito por parte do Ministério Público à PSP pelas 17 horas de terça-feira, tendo o suspeito sido intercetado pelas 19.28 horas do mesmo dia.