Cultura

Black Coffee, ídolo do afrohouse, fechou em grande o Festival Nómadas

Black Coffee encerrou o Festival Nómadas Pedro Granadeiro

Casa cheia na Pedreira para receber Black Coffee, na noite deste domingo. Foram 7500 pessoas de braços no ar, "like that, like that", ao ritmo do sul-africano. Está explicado porque é que Black Coffee foi o primeiro artista africano a esgotar o Madison Square Garden (em outubro de 2023) - é um autêntico fenómeno de massas.

Sem ter um som simples, até porque as letras estão recheadas de conteúdo - "Now a man is born to go a lovin'/ A woman's born to weep and fret/ To stay at home and tend her oven/ And drown her past regrets/ In coffee and cigarettes" - Black Coffee consegue agradar às multidões. É provavelmente o fundo afro que está por trás de todas as músicas e que embala o corpo num movimento involuntário, ou outra forma de magia, o certo é que o nome mais esperado do Festival Nómadas não desiludiu.

Magali e as amigas mal conseguem parar de dançar. "Era mesmo isto que estávamos à espera, está a ser ainda melhor do que antecipamos", confessa a jovem de 19 que veio do Porto para dançar ao som do DJ e produtor sul-africano. " Também gostamos muito de Tiago Cruz, que não conhecíamos e que estava a tocar quando chegamos. Em vez de irmos jantar, até porque estava muita gente nas filas, viemos diretamente dançar", relata. "Now you´re just somebody that I used to know", Magali não pode falar mais, tem de saltar, como todos à sua volta.

Saldou-se por um sucesso a quarta edição do Festival Nómadas e fechou da melhor maneira possível, com uma noite de fim de verão perfeita, em que até a lua apareceu para dar luz à Pedreira.

Rui Dias