Nacional

Um milhão e 800 mil pessoas vivem com menos de 632 euros por mês

Idosos são o grupo etário em que a taxa de pobreza mais aumenta Foto: Miguel Pereira/Arquivo

A Pordata reuniu dados da evolução da pobreza em Portugal, mas com incidência na pobreza monetária. Os números mais recentes (2023) apontam para uma taxa de risco de pobreza, em Portugal, de 16,6%, o equivalente a 1,8 milhões de pessoas a viverem em famílias com rendimento inferior a 632 euros mensais por adulto.

A ligeira redução da taxa de risco de pobreza, relativamente aos 17% do ano anterior, "resulta sobretudo de um desagravamento nas famílias com crianças", justifica a Fundação Francisco Manuel dos Santos.

De acordo com o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, em 2023, os idosos são o grupo etário em que a taxa de risco de pobreza mais aumenta, passando de 17,1%, em 2022, para 21,1% em 2023. Um em cada cinco idosos ou vive sozinho e tem um rendimento bruto inferior a 632 euros ou vive num agregado familiar pobre.

Famílias monoparentais

As famílias monoparentais com crianças continuam a ser as que revelam maior vulnerabilidade (quase uma em cada três vive com menos de 632 euros per capita), mas aparecem agora seguidas de perto pelas pessoas que vivem sozinhas, que registam um agravamento da taxa de risco de pobreza de quase 4% (de 24,9% em 2022 para 28,6% em 2023), uma subida só superada pela das famílias compostas por dois adultos com três ou mais crianças.

Metade das famílias tem um rendimento mensal per capita inferior a 1054 euros, mais 14% do que em 2009, se considerarmos o efeito da inflação.

João Paulo Costa