Taxa de risco de pobreza ou exclusão social é a mais baixa desde 2015, mas o número continua elevado. É maior nas ilhas, Setúbal e Norte.
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Neide Conceição, 39 anos, trabalha num supermercado em Vila Real, onde reside com o filho. Ganha ligeiramente acima do ordenado mínimo. Tem uma doença neurológica e precisa de mais fisioterapia do que aquela que o Estado lhe oferece, por isso, "um terço" do parco rendimento vai para despesas de saúde. Leva marmita de casa para não gastar dinheiro. Poupa em tudo o que pode, mas mesmo assim quase todos os prazeres da vida lhe passam ao lado. Neide pertence ao grupo de 2,1 milhões de pessoas que vivem em risco de pobreza ou exclusão social em Portugal, revela a Rede Europeia Anti-Pobreza Portugal (EAPN), num estudo que vai ser divulgado esta sexta-feira, Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, e ao qual o JN teve acesso. Ilhas, Península de Setúbal e Norte são os territórios mais afetados.
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