É um dos grupos que está em maior risco de pobreza, sabendo que nove em cada dez famílias monoparentais está nas mãos de mulheres. Pobreza em Portugal recua no geral, mas, ao detalhe, agrava para muitos
As famílias compostas por um elemento adulto e, pelo menos, uma criança "continuam a ser as que revelam maior vulnerabilidade", refere a Pordata no dia em que torna público o relatório que faz o retrato da pobreza em Portugal. De acordo com os dados apresentados esta sexta-feira, 17 de outubro, o documento faz as contas e indica que uma em cada três agregados monoparentais - que segundo o Instituto Nacional de Estatística estão sobretudo nas mãos de mulheres (nove em cada dez) - "vive com menos de 632 euros per capita".
O mesmo relatório alerta também para o facto de as pessoas que vivem sozinhas estarem a viver também o risco de pobreza, falando num "agravamento" na ordem dos "quase 4 pontos percentuais (de 24,9% em 2022 para 28,6% em 2023), uma subida só superada pela das famílias compostas por dois adultos com três ou mais crianças", lê-se no relatório.
Dados que são apresentados e que referem, ao mesmo tempo, que a taxa de risco de pobreza em Portugal baixou de 17% para 16,6% entre 2022 e 2023, o que equivale a 1,8 milhões de pessoas a viverem em famílias com rendimento mensal inferior a 632 euros por adulto.
Um em cada cinco idosos ou vive sozinho e tem um rendimento bruto inferior a 632 euros ou vive num agregado familiar pobre.
As famílias monoparentais com crianças continuam a ser "as que revelam maior vulnerabilidade", sublinha a Pordata.
Seguem-se as pessoas que vivem sozinhas, que registam um agravamento da taxa de risco de pobreza de quase quatro pontos percentuais (de 24,9% em 2022 para 28,6% em 2023).
Entre os desempregados, 44% vivem em agregados com rendimentos abaixo do limiar e "os reformados viram aumentar a taxa de risco de pobreza de 15,4% em 2022 para 19,6% em 2023", constata a Pordata.